Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Últimas Notícias!


27/04/2012

- Moradores de Tatuí, SP, estão chocados com morte de cabeleireira
A mulher foi assassinada em Ilhéus (BA) na quinta-feira (26).

Ela ganhou a viagem em promoção de uma empresa de cosméticos.

Tristeza. Assim é o clima na rua onde morava a cabeleireira Maria Cecília de Abreu, de 58 anos, no Centro de Tatuí (SP). Ela foi assassinada na quinta-feira (26) durante um assalto no hotel onde estava hospedada em Ilhéus (BA).

Segundo os vizinhos dela em Tatuí, a mulher era bastante conhecida na região, além de querida pelos moradores. “Estava sempre de bom humor”, garante o comerciante Antônio Bernardo de Moraes, amigo e cliente de Maria Cecília havia 25 anos. Assim que soube da tragédia, ele foi até a casa da família para prestar apoio. Para a reportagem do G1, o homem disse que está comovido e não acredita ainda em tudo o que aconteceu. “Maria Cecília era como uma irmã para mim. Estávamos sempre juntos e conversávamos sobre tudo”, desabafou o comerciante.

Sueli de Moura Soares, também amiga de Maria Cecília, conta que ambas estiveram juntas antes do embarque da turista. “Dois dias antes dela viajar, conversamos um tempão e ela estava super feliz. Era um sonho que estava se tornando realidade”, contou Sueli que também é comerciante em Tatuí. A mulher explicou que Sueli havia ganhado a viagem na promoção de uma empresa de cosméticos. “Ela tinha quatro opções e escolheu Ilhéus, no Sul da Bahia, para passear e descansar da rotina. Foi uma sensação de perda tão grande, que não dá para acreditar”, concluiu.


Por telefone, a família conversou com o G1 e disse que está bastante abalada. Os filhos se reuniram e decidiram viajar na madrugada desta sexta-feira (27) com destino ao Instituto Médico Legal (IML) da Bahia para fazer o reconhecimento do corpo.

Em nota, a operadora de viagens, responsável pelo embarque, informou que lamenta o ocorrido e informa que está prestando toda a assistência necessária à família da passageira.
Fonte: G1 Itapetininga e Região



- Preso suspeito de atirar em mulher no terminal em Sorocaba, SP
Polícia chegou ao suspeito após rastrear telefonemas para a vítima.

Vítima levou um tiro no abdômen e passa bem.

A Polícia Civil de Sorocaba (SP) apresentou na manhã desta sexta-feira (27) o suspeito de tentar matar a ex-mulher com um tiro, em fevereiro deste ano. O homem foi preso em Foz do Iguaçu (PR) nesta quarta-feira (25) e chegou nesta sexta-feira a Sorocaba para ser interrogado.

A polícia chegou até ele após rastrear as ligações para a vítima. O crime foi em um terminal de ônibus da cidade. Segundo o depoimento da mulher de 26 anos, ele não aceitava o fim do relacionamento e após uma discussão ele acabou dando um tiro no abdômen dela.

De acordo com o delegado que cuida do caso, Marcelo Carriel, o suspeito está com prisão temporária decretada e responder pelos crimes de tentativa de homicídio e coação, por conta das ameaças que a vítima relatou ter sofrido. Ainda nesta sexta-feira, o suspeito deve ser transferido para a cadeia de São Roque. A ex-mulher já recebeu alta do hospital e passa bem.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí



- Preso suspeito de ter sequestrado sobrinha em Sorocaba, SP
Ele e a vítima estavam no Mato Grosso do Sul, divisa com o Paraguai.
Homem também vai responder por estupro de vulnerável.


Foi apresentado nesta sexta-feira (27), na sede do Grupo Antissequestro (GAS) de Sorocaba (SP), um homem de 32 anos que fugiu para o Paraguai com uma menina de 11, no início de março. Segundo a polícia, ele era casado com a tia da menina e já mantinha um relacionamento com a menor dentro da casa onde moravam juntamente com toda a família, em Votorantim (SP).
Para  Adriana de Sousa Pinto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher da cidade (DDM), a relação teria começado durante uma suposta doença do homem. "Ainda estamos apurando a veracidade da história, mas ele disse que teve leucemia e que foi a menor quem cuidou dele durante o período em que esteve doente", afirma a delegada.
O caso entre os dois durou nove meses e mãe da criança já havia feito um boletim de ocorrência em fevereiro, quando o relacionamento foi descoberto. Dias depois, tio e sobrinha sumiram e a família registrou um novo B.O., dessa vez por desaparecimento.
O suspeito foi preso em Deodápolis (MS), divisa com o Paraguai, em uma ação conjunta da polícia local com o GAS de Sorocaba e a DDM de Votorantim. De acordo com a delegada, o serviço de inteligência da Polícia Civil já havia descoberto o paradeiro dos dois.

Onde moravam
Ele e a menina moraram durante alguns dias na cidade de Pedro Juan Caballero, no país vizinho, e, depois, passaram o resto do tempo migrando de uma cidade a outra dentro de um carro equipado com eletrodomésticos. Na semana passada, o homem recebeu uma proposta de emprego no Brasil e foi preso assim que cruzou a fronteira.
Por precaução, a menina foi entregue a familiares que vivem no Mato Grosso do Sul e só voltará para a casa da mãe na semana que vem, na companhia do Conselho Tutelar. Ela ainda não foi ouvida pela polícia e deve prestar depoimento depois de passar por exames de corpo de delito e avaliação psicológica.
O homem responderá por sequestro e estupro de vulnerável, já que a menina é menor de 14 anos e, para a polícia, não tem discernimento para entender a situação. Ele teve a prisão temporária decretada e será levado para a cadeia de Pilar do Sul, que abriga os acusados de cometerem crimes sexuais.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí



- Garota que teria sido espancada pela mãe em Cuiabá aguarda vaga em UTI
Estado de saúde de garota de 15 anos é gravíssimo, segundo hospital.
Ela teve traumatismo craniano e respira por ventilação mecânica.


É gravíssimo o estado de saúde da adolescente de 15 anos que foi vítima de um possível espancamento na madrugada desta sexta-feira (27), no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá. Conforme a assessoria do Pronto-Socorro da capital, onde ela está internada, a vítima aguarda uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde para ser transferida.
A principal suspeita do crime é a própria mãe da adolescente, uma dona de casa de 36 anos, que encontra-se detida na Delegacia Metropolitana de Cuiabá junto com o ex-marido dela, de 50 anos, que, segundo a Polícia Civil, teria ajudado a limpar o local antes da chegada da polícia na tentativa de não levantar suspeita. Os dois ainda devem prestar depoimento à polícia.

A unidade de saúde informou ainda que a vítima sofreu traumatismo craniano e respira por ventilação mecânica. Além disso, de acordo com a polícia, a garota teve parte da orelha cortada e o crânio quebrado devido às agressões. Como a suspeita de espancar a menor é a mãe, o Conselho Tutelar foi até o hospital para acompanhar o caso.
A delegada Juliana Chiquito Palhares, plantonista da Delegacia Metropolitana de Cuiabá, que analisou o caso no início, disse que existem fortes indícios de que a mãe tenha cometido o crime. Já o padrasto, que estava na casa quando a Polícia Militar chegou para atender a ocorrência, é suspeito de ter ajudado a limpar o local. Vizinhos relataram, conforme a delegada, que a suspeita era depressiva e que há algum tempo não saía de casa.
A PM e a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram até a residência após serem acionados por um vizinho da família, que foi procurado pela suspeita. A mãe alegou, de acordo com a Polícia Militar, que encontrou a filha toda ensanguentada na cama e pediu ajuda ao vizinho e ao ex-marido. A vítima foi conduzida ao hospital por volta das 4h desta sexta-feira, enquanto a mãe e o ex-padrasto foram conduzidos para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto, na capital, e poderão responder por tentativa de homicídio.
Fonte: G1/MT

Últimas Novidades!


27/04/2012


- Debate Online Atuação de Psicólogos em Programas de medidas Socioeducativas em Meio Aberto.O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de Psicologia realizará, no dia 03 de maio de 2012, às 10h, o #DebateOnlineCFP sobre a Atuação dos Psicólogos em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, discutindo sobre os “Desafios e Paradoxos da Atuação em Medidas Socioeducativas em Meio Aberto: a Articulação entre o ECA e o SINASE”.

A conselheira Flávia Lemos participará do debate como mediadora. Participam do debate Gislei Domingas Romanzini Lazzaroto, Psicóloga e Professora do Departamento de Psicologia Social e Institucional do Instituto de Psicologia da UFRGS que contribuiu na elaboração do texto do CREPOP que está em consulta pública. Thelma Alves de Oliveira, Coordenadora do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SDH/PR). Perla Ribeiro, Cientista Política e Coordenadora Executiva do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Neste debate on line, os especialistas contribuirão para que possamos qualificar e aprofundar as diretrizes e referências para a atuação.

S E R V I Ç O
Evento: Debate Online Atuação de Psicólogos em Programas de medidas Socioeducativas em Meio Aberto.
Quando: 03 de maio
Horário: 10h
Onde:
http://www.cfp.org.br


- PMs e agentes retiram celulares e armas de presídio em Cajazeiras, PB
Revista dentro de celas foi feita das 8h às 12h desta sexta-feira (27).
Secretaria de Administração Penitenciária faz visita de rotina em unidades.


O Presídio Regional de Cajazeiras, no Sertão paraibano, foi alvo de uma inspeção na manhã desta sexta-feira (27). Mais de 70 policiais militares, bombeiros e agentes penintenciários participaram das revistas dentro das celas das 8h às 12h. De acordo com o 6º Batalhão da Policia Militar, foram apreendidos 19 telefones celulares, carregadores, 277 gramas de maconha, facas e espetos artesanais.

O material foi encaminhado à sede do batalhão e deve ser apresentado à Vara de Execuções Penais, que emitiu um mandado determinando a realização da operação "pente fino".

De acordo com o secretário estadual de Administração Penitenciária da Paraíba, Washington França, as revistas agora são realizadas com frequência. O objetivo do governo é em dois eixos para melhoria dos presídios, com programa de ressocialização e outro de contenção qualificada e operação.

Atualmente, diretores e agentes de nove e cadeias presídios da Paraíba estão sob investigação. Segundo o tenente coronel Arnaldo Sobrinho, gerente do sistema penitenciário, as sindicâncias administrativas apuram infrações e possíveis desvios de conduta de servidores
Fonte: G1/PB


- Número de homicídios sobe 65% no primeiro trimestre em CampinasLevantamento da SSP-SP revela aumento dos casos de latrocínio.
Lesão corporal contra mulheres passou de 753 para 868 este ano.


O número de homicídios aumentou 65% no primeiro trimestre em Campinas, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). O levantamento mostra que, nos primeiros três meses deste ano foram registrados 38 homicídios dolosos (com intenção de matar), contra 23 no mesmo período de 2011.

Na comparação entre março de 2012, com 16 mortes, e o mesmo mês de 2011, com cinco casos, o índice chega a 220%.

Nos casos de latrocínio na cidade, o aumento foi de 400% na comparação entre os dois períodos, com um registro nos primeiros três meses de 2011 e quatro este ano. Os estupros em Campinas também aumentaram este ano, com 67 registros, ante 56 no primeiro trimestre do ano passado.

O tráfico de entorpecentes também subiu, passando de 213 no primeiro trimestre de 2011 para 287 em 2012.



A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) também registrou aumento nos casos de lesão corporal dolosa, que passou de 753 de janeiro a março do ano passado, para 868 no período este ano.

Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) no estado de São Paulo registraram queda no primeiro trimestre deste ano, segundo a SSP-SP, recuando 2,4%, de 83 casos nos três primeiros meses de 2011 para 81 no mesmo período deste ano. Os sequestros também caíram de 18 para 16 de 2011 para 2012.

Os furtos permaneceram estáveis no estado, segundo levantamento, com variação de 0,3% no trimestre, que teve 131.970 casos. Os primeiros três meses de 2011 tiveram 131.466 casos.
O primeiro trimestre também registrou aumento de 7% nos homicídios dolosos, com 1.073 assassinatos este ano contra 1.002 no ano passado.
Fonte: Os dados estão disponíveis no site da
SSP-SP.



- Associação que cuida de crianças vítimas de maus-tratos pode fecharAmamos atende crianças em Osasco, na Grande SP.
Para manter as crianças são necessários R$ 67 mil por mês.


A Associação de Munícipes para Amparo ao Menor Osasquenses (Amamos), em Osasco, na Grande São Paulo, que cuida de crianças que sofreram maus-tratos ou foram abandonadas pelos pais, pode fechar por falta de dinheiro. Os Parceiros do SP Gabriele e Thiago mostraram o problema da entidade no SPTV desta sexta-feira (27).

A instituição, fundada em 1991, abriga 59 crianças com idades de 0 a 12 anos e oferece reforço escolar, atendimento psicopedagógico e assistência social para as famílias que reintegram os filhos.

“Nos encontramos hoje em uma situação extremamente difícil. O nosso custo real per capta é de R$ 1.206, mas a Prefeitura nos paga através de seu convênio um valor em torno de R$ 360”, diz Milton Takeshi, presidente da Amamos.

O bazar da entidade fatura uma média de R$ 8 mil por mês, mas para manter as crianças são necessários R$ 67 mil. Caso não tenham mais ajuda, a partir do dia 5 maio as crianças irão para o Centro de Referência da Prefeitura, que já está lotado.

A Prefeitura de Osasco diz que pode pagar R$ 756 para cada criança. No dia 3 de maio, haverá uma reunião entre representantes da Amamos e da Prefeitura de Osasco para continuar as negociações.

ServiçoAssociação de Munícipes para Amparo ao Menor Osasquenses
Avenida Presidente Médice, 1303 – Parque Bandeirantes
Telefone: (11) 3601-3658 e 3601-1031
Site:
www.amamos.org.br
Fonte: G1/SP



25/04/2012

- Em Porto Alegre, ministra defende articulação federativa para garantir direitos de crianças e adolescentes


A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), abriu nesta quarta-feira (25), em Porto Alegre, a Conferência Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente do Rio Grande do Sul.

Falando para cerca de 500 pessoas, entre gestores de políticas públicas, conselheiros tutelares, assistentes sociais, representantes da sociedade civil, e também crianças e adolescentes, Maria do Rosário ressaltou a importância do plano decenal, que definirá as prioridades da área durante a Conferência Nacional, em julho. “O plano é uma construção coletiva, a partir do debate com a sociedade brasileira, especialmente os movimentos da infância”, avalia a ministra. “Para que ele dê certo é preciso uma forte articulação federativa, com as três esferas de governo trabalhando juntas”, complementou.

A ministra citou a Rio+20, conferência das Nações Unidas que será realizada em junho, no Brasil, e fez uma comparação da urgência das discussões sobre meio ambiente e da garantia dos direitos de crianças e adolescentes. “Muitas vezes escutamos da sociedade mundial a responsabilidade que temos em relação ao meio ambiente, questões essenciais e que projetam a qualidade de vida que queremos para todos. Mobilizada pelo espírito da Rio+20 quero dizer que o nome da criança é hoje. É hoje que seus ossos estão sendo formados, é hoje que seu corpo existe enquanto criança. É hoje que temos que agir”, disse Maria do Rosário.

Em sua fala, Rosário ressaltou o protagonismo juvenil nas conferências, o que para a ministra é bastante positivo, uma vez que as políticas públicas que serão planejadas a partir das conferências são voltadas para crianças e adolescentes.

A ministra ressaltou ainda o empenho dos operadores da rede de direitos de crianças e adolescentes, destacou a necessidade de fortalecer os conselhos tutelares e a importância da convivência familiar e comunitária.

Conferência - A conferência estadual do Rio Grande do Sul é preparatória à 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que ocorre em Brasília entre os dias 11 e 14 do mês de julho. As etapas estaduais da Conferência tiveram início no estado do Pará e já passaram pelos estados de Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.
Fonte: SDH - Pró-Menino




24/04/2012

- CCJ aprova banco de DNA para investigação de crimes violento


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta terça-feira (24) proposta que regulamenta a criação de um banco nacional de DNA para auxiliar nas investigações de crimes violentos. A medida está prevista no Projeto de Lei 2458/11, já aprovado pelo Senado. Conforme o texto, o material desse banco será gerenciado por uma unidade oficial de perícia criminal e será sigiloso.

O relator da proposta, deputado Vicente Candido (PT-SP), recomendou a aprovação do texto. Ele citou especialistas no assunto e concluiu que a medida vai favorecer o combate ao crime. O objetivo do projeto é estabelecer uma unidade central gerenciadora de vestígios genéticos deixados em locais de crimes, como sangue, sêmen, unhas, fios de cabelo ou pele. Também constará do banco o material genético de criminosos condenados por violência dolosa, ou seja, intencional.

O autor, senador Ciro Nogueira (PP-PI), esteve presente na reunião da CCJ e argumentou que o projeto apenas formaliza a instituição de um banco de material genético que já vem sendo testado no Brasil, denominado Sistema de Indexação de DNA Combinado (Codis, na sigla em inglês), que é o mesmo empregado nos Estados Unidos e em outros 30 países.

Sigilo
Pela proposta, os dados do banco de DNA serão sigilosos e as pessoas que os utilizarem para qualquer fim diferente daquele determinado pela Justiça responderão civil, penal e administrativamente.

Além disso, os perfis genéticos deverão seguir normas constitucionais e internacionais de direitos humanos. Ou seja, não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais, apenas o gênero do investigado ou do condenado.

TramitaçãoA proposta, que tramita em regime de prioridade, ainda será analisada pelo Plenário.

Íntegra da proposta:
PL-2458/2011
Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcelo Oliveira
Fonte:
Agência Câmara de Notícia

Artigos do mês!

Especialista alerta que atendimento às vítimas de abuso sexual deve ser mais cuidadoso


Quando começou sua carreira como terapeuta e pesquisador em abuso sexual de crianças e adolescentes, o norte-americano Chris Newlin não imaginava que as vítimas eram tão mal tratadas pelo próprio sistema de Saúde e Judiciário do país, ao ponto de se arrependerem de terem feito a denúncia. Esta experiência o motivou a trabalhar por um melhor atendimento de crianças e adolescentes e seus familiares, a partir da denúncia. Há seis anos trabalhando como diretor-executivo do Centro Nacional de Defesa da Infância nos Estados Unidos (National Children’s Advocacy Center’s Forensic Interviewing of Children – NCAC), ele promove treinamentos para os profissionais que colhem o depoimento especial de vítimas ou testemunhas de violência sexual infantil. Em sua avaliação, é fundamental que o governo ofereça todo tipo de assistência multidisciplinar de forma amigável para não provocar novos traumas.

Recentemente, Chris esteve no Brasil onde ofereceu treinamento para profissionais que trabalham com casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, em um evento promovido pela Childhood Brasil, com apoio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, como abordado aqui.

Quando você começou a trabalhar com crianças vítimas de abuso sexual e qual seu interesse neste tema?Comecei minha carreira como terapeuta e pesquisador em abuso sexual de crianças, mas fui particularmente impactado com o que ouvia dos meus pacientes naqueles primeiros dias. Quase todos relataram que o sistema não os atendia de forma amigável nos casos de suspeita de abuso, e, frequentemente causava um trauma adicional. Muitas vezes, isso os levou a dizer que eles desejariam nunca ter revelado o abuso. Como resultado destas experiências, eu fiquei motivado a trabalhar nos estágios iniciais dos relatos de casos de suspeita e o modelo de funcionamento do CAC foi o lugar perfeito para realizar esta mudança.

A instituição foi criada em 1985, quando o promotor Bud Cramer, que também foi congressista nos Estados Unidos, organizou um efetivo para desenvolver um sistema mais eficiente para ajudar as crianças vítimas de abuso sexual. Aqui, no Centro de Defesa da Criança, os profissionais se concentram na investigação do abuso sexual de crianças e adolescentes e na intervenção, com uma equipe que gerencia supostos casos por meio do processo penal e que oferece apoio médico, terapêutico e outros serviços para a vítima e seus familiares.

Como nós podemos proteger nossas crianças contra os maus tratos e a violência doméstica e erradicar o abuso sexual para termos um futuro próspero?
Esta é uma questão muito complexa e exige resposta ainda mais sofisticada. Nós ainda estamos trabalhando para identificar tudo que for necessário para alcançar esta meta, mas tenho a firme convicção de que o trabalho dos Centros de Defesa da Criança é um componente-chave para atingir este objetivo. Dentro do modelo do CAC, nós fornecemos uma resposta favorável à criança ou adolescente vítima de abuso, ao cobrir integralmente o apoio, com exames médicos e serviços, proporcionando a defesa da criança e seus familiares, além de acompanhamento na área da saúde mental para ajudar na recuperação das crianças.

Nós também devemos continuar a educar o público em geral para compreender a significativa predominância de casos de abuso sexual na sociedade e nos tornarmos motivados a agir em nome de nossas crianças e adolescentes. Quando alguém pensa em defender o seu país, deveria começar por proteger as crianças.

O senhor considera que as crianças representam um recurso potencial e esperança para o futuro; como explica que elas continuam sem voz?
O bem estar e a proteção de nossas crianças não são apenas sinais de uma sociedade civil, mas também indicadores importantes para o futuro do nosso País. Os últimos 40 anos nos levaram a uma mudança de como as crianças são vistas em todo o mundo, porque reconhecemos que elas possuem os direitos humanos fundamentais, incluindo o de viverem livres de qualquer abuso. Como ainda estamos em uma fase de transição, todos os países são desafiados a ajudar no desenvolvimento de sistemas de cuidados para a plena realização deste sonho, com a competência profissional necessária para apoiar este sistema. Nós devemos continuar a educar a sociedade sobre isso, porque a proteção das crianças e adolescentes é responsabilidade de todos nós.
Fonte: Childhood Brasil - 25/04/2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Últimas Novidades!


05/04/2012
- Menor de idade deve receber tratamento especial

O tema infância e juventude, entendendo-se, o adolescente, porque o constituinte derivado criou posteriormente a pessoa do jovem, tem especialidade ímpar, não somente por se tratar de pessoas em desenvolvimento, mas também pela ordem constitucional, que faz determinações a todos.

Dispõe o artigo 227 que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

No § 3º prevê uma lista, não numerus clausulus, que abrange a proteção, que é adjetivada de especial. Desse modo, a ordem constitucional é que todos dispensem proteção especial à criança e ao adolescente, de modo que, os direitos previstos no caput e os previstos na lista tenham tratamento prioritário.

A partir da ordem suprema, o legislador ordinário criou a teoria da proteção integral que está prevista no artigo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que em síntese determina que as regras estatutárias, sem exceção, sejam aplicadas, sempre voltadas, ao melhor interesse da criança e do adolescente, observando-se as particularidades de cada situação real.

Para possibilitar o cumprimento da ordem constitucional e o respeito absoluto da teoria de proteção integral, o artigo 145, do Estatuto, possibilita aos Estados e ao Distrito Federal a criação de varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude.

No caso do Estado de São Paulo muitas varas especializadas e exclusivas foram instaladas, isto nas comarcas com movimento que as justificam, e em outras a seção da infância e juventude continuou atrelada a uma determinada Vara.

São Paulo foi além, mantendo em grau recursal a denominada Câmara Especial, que por previsão do Regimento Interno do Tribunal de Justiça não integra nenhuma das Seções do Tribunal, quais sejam, de Direito Público, de Direito Privado e de Direito Criminal.

Não obstante a disposição do Regimento Interno, data venia, a Câmara Especial se enquadra no Direito Público, isto porque, julga direitos das crianças e dos adolescentes quando há omissão do Estado, no tocante a medicamentos, escola, transporte escolar e outros. Interfere no poder familiar dos pais, quando suspende ou destitui maus pais deste poder/dever. Determina registros de nascimento e correções necessárias. Determina, ainda, o cancelamento do registro de nascimento original no caso de adoção. Aplica sanções a entidades públicas quando descumprem as normas estatutárias e regulamenta festas populares.

É certo que julga atos infracionais praticados por adolescentes, mas julga não para punir, mas sim para proteger, para possibilitar que o adolescente mantenha uma vida digna na sociedade e no Estado.

Em exposição do Desembargador Samuel Alves de Melo Junior, Presidente da Seção de Direito Público, datado de 9 de janeiro de 2012, dirigido ao Desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori, Presidente do Tribunal de Justiça, consta no item 7 que “com efeito, de se ver que o ECA está constituído por inúmeras regras de Direito Público, as quais consubstanciam autênticas políticas públicas relacionadas com o direito de crianças e adolescentes. Assim o denunciam os singulares princípios...”. Relacionando em seguida, os princípios da prevenção geral; prevenção especial; atendimento integral; garantia prioritária; proteção estatal; prevalência dos interesses do menor; sigilosidade e gratuidade.

Continua o nobre Desembargador concluindo que “esse arcabouço principiológico desnuda o dever do Estado de assegurar à criança e ao adolescente o necessário para o seu desenvolvimento como pessoa...”.

Ao final da exposição, a conclusão que chega o Desembargador, é que no plantão judicial todas as seções são competentes para apreciarem os casos postos sobre infância e juventude, e isto também por outros fortíssimos argumentos que expressa no documento.

Importante também lembrar que os juízes de direito substitutos de 2º Grau que integram a Câmara Especial quando atuam no plantão judicial o fazem na Seção de Direito Público, o que demonstra que o próprio Tribunal de Justiça de São Paulo enxerga a vinculação da Câmara Especial ao Direito Público.

No nosso pensar, o tratamento especial exige uma estrutura especial tendo como ponto de partida as decisões de Primeiro Grau, depois as de Segundo Grau, incluída aqui um plantão especial.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo vem cumprindo fielmente o entendimento de que a questão criança e adolescente deve receber tratamento diferenciado, deve ter proteção especial e integral, também por parte do Estado, mas como tudo que existe, é possível haver um aperfeiçoamento.

O juiz da infância e da juventudeNos parece que não basta criar varas especializadas ou manter a seção infância juventude em uma vara estruturada para que as causas envolvendo estas pessoas recebam o tratamento que merece.

O juiz da infância e juventude não pode fazer prevalecer em sua conduta o lado do juiz de família ou juiz cível, como também não pode, e muito menos, fazer prevalecer o juiz criminal.

O perfil do juiz da infância e da juventude é outro, deve ser de um juiz que está decidindo uma causa, procurando encontrar nas regras estatutárias qual ou quais as disposições legais que melhor protegem a criança e o adolescente no caso concreto.

Não importa se a ação que está em julgamento se trata de uma adoção, uma guarda ou a apuração de um ato infracional praticado por um adolescente, isto porque, é dever constitucional e legal, aplicar as disposições do Estatuto orientadas pela teoria da proteção integral.

Interna-se um adolescente, em razão da prática de um grave ato infracional, não com o pensamento punitivo, mas sim com a ideia de ressocializar este adolescente, para que ele possa conviver em sociedade de acordo com as regras sociais e legais. A internação é, sem dúvida, uma medida que tem por fim proteger o adolescente.

Com esta ideia extraída das normas em vigor, o juiz da infância e da juventude deve ser aquela pessoa que tenha um perfil próprio, isto é, um perfil de aplicar a lei com fim único de dar proteção às pessoas em desenvolvimento que necessitem de uma atuação do Poder Judiciário, para ser conformar com a vida em sociedade.

Alguns juízes demonstram o perfil de atuarem na esfera criminal, outros especificamente no Tribunal do Júri, alguns na área cível ou de família, na área da fazenda pública, mas, também há juízes que apresentam o perfil adequado para judicarem na área da infância e juventude, assim, somente estes é que devem atuar nas varas especializadas ou naquelas responsáveis pela matéria.

A Câmara EspecialA Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo é integrada pelo Vice-Presidente do Tribunal, pelo Decano, pelos Presidentes das Seções de Direito Público, Direito Privado e Direito Criminal, atuando também na Câmara vários Juízes de Direito Substitutos de Segundo Grau.

Os desembargadores integram a Câmara por previsão do Regimento do Interno do Tribunal, mas os juízes substitutos são selecionados, o que nos faz pensar que possibilita ao Presidente da Câmara, que é o Vice-Presidente do Tribunal, selecionar aqueles magistrados que tenham compromisso com a causa infância e juventude, aqueles magistrados que já tiverem experiência, quando em Primeiro Grau de atuar com a matéria especialíssima.

Na composição da própria assessoria dos desembargadores, deve haver o cuidado de ter algum magistrado que tenha afeição a matéria, para que os processos recebam o tratamento mais adequado possível, fazendo com que se prevaleça a teoria da proteção integral.

Esta Câmara é fundamental para o Tribunal de Justiça, na medida em que é competente para decidir, entre outras matérias, uma que tem relevância especial, porque trata de pessoas que serão os adultos no futuro, ocupando cargos e atuando nas mais diversas áreas na sociedade de nosso Estado. A criação e a instalação desta Câmara demonstra uma sadia preocupação não só com o presente, mas também com o futuro.

A exemplo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, penso ser extremamente útil que todos os Tribunais de Justiça criassem e instalassem uma Câmara, independente da denominação, para julgamento de todos os recursos afetos aos processos que tramitam nas varas da infância e da juventude.

Certamente com uma composição de desembargadores e juízes que de fato queiram judicar com esta matéria, a especialização obrigatória, muito vai contribuir para a jurisprudência nacional.

Plantão judicial
O plantão judicial é um direito da população para fim de ter apreciado pelo Poder Judiciário as questões que são urgentes e não podem esperar o passar do final de semana ou o feriado, e também o período de recesso de final de ano.

Ideal, pelo menos em Segundo Grau, que haja um plantão específico para atendimento da matéria infância e juventude, de modo que, os pedidos postos, sejam desde o início apreciados por magistrados já envolvidos com o tema, já experientes com a matéria.

Evidente que há enorme dificuldade para se compor um plantão deste, em todos os que ocorrem no decorrer do ano, mas cabe ao Tribunal de Justiça encontrar a forma de resolver a questão.

No caso específico do Estado de São Paulo, como o Tribunal de Justiça tem instalada a Câmara Especial que distribui justiça com a presteza necessária, talvez estabelecer um plantão judicial especializado seja uma tarefa menos complexa, ao contrário dos Estados nos quais os Tribunais não criaram câmaras especializadas.

A dificuldade reside no encontro do número suficiente de magistrados que atuem no plantão, de modo que se respeite o sagrado direito de descanso e de lazer dos magistrados, direito assegurado a todas pessoas que trabalham, independente da profissão, sejam jornalistas, sejam operários, ou magistrados.

A tarefa de estabelecer um plantão judicial especializado não é das mais simples, mas é responsabilidade dos Tribunais de Justiça estudar e encontrar uma fórmula eficaz para o plantão, fórmula essa que atenda os recursos pertinentes. Cabe a cada Tribunal encontrar o melhor tipo de plantão.

Crianças e adolescentes devem receber tratamento especial e prioritário, e para isto a teoria da proteção integral deve ser prestigiada em todas as ações da administração pública. No tocante ao Poder Judiciário a forma de prestigiar a proteção integral é, entre outras medidas, dar prioridade nos julgamentos relativos a crianças e adolescentes, e isto se consegue, dando estrutura para as varas competentes e mantendo uma Câmara especializada em Segundo Grau, com o consequente plantão judicial especializado.
Jeferson Moreira de Carvalho é desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 5 de abril de 2012




04/04/02012
- Sancionada a lei que garante aumento da gratificação de conselheiros tutelares

A partir deste mês, os conselheiros tutelares do Rio de Janeiro receberão a gratificação da categoria com reajuste. Ao todo, 60 conselheiros tutelares do Município serão beneficiados com a medida, sancionada na Lei 1.260/2012, em 27 de março. Agora, cada conselheiro passará a receber R$ 2.767,30.

Esses profissionais não são do quadro efetivo de funcionários da Prefeitura, mas precisam ter dedicação exclusiva ao trabalho. Eles são responsáveis pela fiscalização do cumprimento de leis criadas para crianças e adolescentes em situações de exploração, negligência, violência e crueldade, entre outras, previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Deise Gravina, agradeceu a abertura de diálogo com as redes de garantias de direitos: “em nome das crianças e adolescentes da nossa cidade, eu quero dizer muito obrigada pelo comprometimento dessa gestão com elas. Foram muitos anos de luta buscando melhorias de condições para o trabalho dos conselheiros tutelares”, finalizou.

O prefeito Eduardo Paes se colocou a disposição dos conselheiros tutelares e também aos conselheiros municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, “o diálogo é o melhor caminho, não podemos pensar em uma política que garanta direitos se não soubermos das necessidades de quem está diariamente trabalhando nela".

O secretário Municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, destacou a importância de priorizar as crianças e os adolescentes do Rio: “ao dar prioridade a esse público, podemos melhorar as condições de trabalho daqueles que são envolvidos com essa causa”, finalizou.

A conselheira tutelar Liliane Gomes agradeceu a criação de dois novos Conselhos para o sistema de garantia de direitos e destacou a perspectiva de criação de outros cinco ainda esse ano. “Agradecemos a essa gestão o reconhecimento do agente público e da criança e do adolescente que são o foco do nosso trabalho, além do fortalecimento do órgão com esse aumento da gratificação, é um momento muito esperado por todos nós”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social e Imprensa do Rio de Janeiro - 03/04/2012

- 80% (?) dos condenados a pena de prisão são reincidentes

Superlotação, insalubridade, condições de vida desumanas e a própria convivência com criminosos mais perigosos tornam os presídios e as penitenciárias brasileiras verdadeiras escolas de aprimoramento no universo da criminalidade. A primeira função real da prisão consiste na “Universidade do Crime”.

Prova disso são os dados anunciados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) referentes a 2010, vez que 80% dos condenados a pena de prisão reincidem, ou seja, cometem novos delitos. Nunca esse número foi comprovado com segurança. De qualquer modo, sabe-se que o índice não é pequeno.

O mesmo não ocorre com os condenados a penas alternativas, já que a taxa de reincidência é de apenas 5%.

Do total de 513.802 presos existentes no Brasil, conforme números divulgados em junho de 2011, pelo InfoPen (Sistema Integrado de Informações Penitenciárias), ao menos 34.794 detentos respondem por furto simples.

Presos que poderiam ter suas penas substituídas por penas restritivas de direitos (ou alternativas), desde que presentes os critérios subjetivos (antecedentes, personalidade e conduta social) favoráveis e não fossem reincidentes em crimes dolosos. Porém, na prática, são mantidos em meio a condenados por crimes violentos ou mais graves.

Ao mesmo tempo, o Brasil possui, atualmente, um déficit de 209.100 vagas em seus estabelecimentos penais; havendo 69% mais presos do que vagas. O resultado é um ambiente carcerário superlotado e insalubre.

Um dos mutirões carcerários realizados pelo Conselho Nacional de Justiça em Sergipe, por exemplo, constatou que a maioria dos presos que são mantidos em uma delegacia de Aracaju dormem sobre toalhas (em razão da falta de camas), não tem água para tomar banho, vivem em celas escuras e não têm banho de sol nos fins de semana.

Tais condições de vida propiciam ainda mais revolta e agressividade entre os detentos, contribuindo para o desenvolvimento de personalidades violentas e egressos que poderão voltar a delinquir. Quem é tratado sem nenhum respeito à dignidade, tende a se comportar dessa forma quando passa a viver em sociedade. Quem trata os presos (ou qualquer outra pessoa, inclusive as vítimas dos crimes) como sub-gente está plantando mais violência.

Fonte:
http://jus.com.br/revista/texto/21439/80-dos-condenados-a-pena-de-prisao-sao-reincidentes#ixzz0sdfSdTlz
- Câmara instala CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Foi instalada nesta terça-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A CPI é baseada em denúncias e matérias veiculadas pela imprensa sobre turismo sexual e exploração sexual de meninos e meninas. O prazo de funcionamento da comissão é de 120 dias.

Foram eleitos: a deputada Erika Kokay (PT-DF) para presidente da comissão; o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) para primeiro vice-presidente; e o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) para segundo vice. A deputada Liliam Sá (PSD-RJ), autora do requerimento de criação da CPI, foi indicada relatora do colegiado.

Aumento de casosSegundo Liliam Sá, o número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes só aumenta no Brasil. “São 937 municípios com casos de exploração sexual de menores comprovada, o que representa 17% de todas as cidades do País”, ressaltou. Ela afirmou que o problema atinge especialmente meninas, mas também meninos.

De acordo com a parlamentar, somente o serviço telefônico Disque 100, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, registrou, entre 2003 e março de 2011, 52 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o País. “O Nordeste está em primeiro lugar no número de casos e, em seguida, o Sudeste”, relatou.

O deputado Luiz Pitiman lembrou que o problema também atinge o Distrito Federal. Matérias da Agência Brasil e do jornal Correio Brazilense mostraram, nesta terça-feira, agressão física e sexual, por parte de policiais militares, de meninos e meninas que vivem nas ruas do DF. As matérias mostram o conteúdo de vídeo produzido pela deputada Erika Kokay, no qual crianças e adolescentes não identificados acusam policiais de humilhação, espancamento e apropriação de pequenas quantias de dinheiro.

Kokay destacou que a exploração sexual de meninos e meninas envolve não apenas a discriminação de gênero, como a discriminação étnica e a desigualdade social. “O problema é sintoma de uma série de outras violências da nossa sociedade”, disse.

Decisão do STJNa reunião, diversos deputados, como Erika Kokay, Jean Wyllys e Mandetta (DEM-MS), manifestaram repúdio contra a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de inocentar homem acusado de ter estuprado três crianças, todas de 12 anos, pelo fato de elas se prostituírem. “A decisão colabora com a violência contra as mulheres”, afirmou Wyllys. Erika sugeriu que a CPI se reúna com o presidente do STJ para abordar o problema.

Roteiro de trabalhoNa próxima reunião da comissão, marcada para a terça-feira (10), será definido o roteiro de trabalho e será eleito o terceiro vice-presidente do colegiado.

Para Jean Willys, o foco principal da CPI deve ser a formulação de políticas públicas para enfrentamento do problema. O deputado Mandetta pediu que a exploração sexual na internet seja abordada nas investigações.

Conforme a relatora, a CPI deve trabalhar de forma articulada com a também recém-criada CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil.
Fonte: Agência Camara

03/04/2012
- Policial é o principal agressor de jovens moradores de rua
Brasília – Levantamento financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) aponta os policiais como os principais agressores de adolescentes que vivem nas ruas. Dos 127 jovens entrevistados, 47,1% disseram já ter sido alvo de violência. Em 26,3% dos casos, o agressor era um policial. Em seguida, aparecem outros moradores de rua (17,5%). O estudo sobre a população de rua da capital federal está disponível no site do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Política Social (Neppos), da Universidade de Brasília (UnB).

Ao identificar a violência entre os próprios moradores de rua, a exposição à chuva e ao frio, a discriminação e a vigilância e violência policial como os principais problemas relatados por quem vive nas ruas, o levantamento aponta que meninos e meninas sem casa são muito mais vítimas que autores de atos violentos. Entre os agressores estão parentes, desconhecidos e agentes públicos, inclusive policiais, contra os quais quase 5% dos jovens admitem já ter reagido violentamente.

Entre os adolescentes entrevistados, apenas 23,5% disseram ter sido obrigados a deixar a convivência familiar por quebra dos vínculos (maus-tratos na família, não se sentir bem com os parentes, expulsão de casa ou separação e morte de algum parente). Os pesquisadores destacam que isso também contraria o senso comum, já que, mesmo vivendo nas ruas, a maioria dos jovens mantém os vínculos familiares.

A maioria desses jovens (39%) vive na região central da capital. Em seguida vêm as regiões administrativas de Águas Claras (23%) e Ceilândia (9%). Quase 38% das famílias desses adolescentes têm casas alugadas. Dos entrevistados, 49% são do Distrito Federal, 16% da Bahia e 13% de Goiás.

A maioria (86%) não concluiu o ensino fundamental, mas 60% continuam matriculados na escola.

Entre os adolescentes que vivem nas ruas, 63% não trabalham. Dos que têm alguma atividade econômica, 34% recolhem ou reciclam material e 29% guardam ou lavam carros. Em 43% dos casos, o ingresso no mundo do trabalho se deu antes de a criança ter completado 12 anos. Apenas 2% pedem esmolas e pouco menos da metade (49%) dos adolescentes trabalham mais de 7 horas diárias por dia.

Pouco mais de 45% dos adolescentes moradores de rua admitiram usar ou já ter usado drogas. Desses, 8,7% fazem uso apenas de drogas lícitas (cigarro e bebidas alcoólicas) e 36,5% consomem drogas ilícitas. As drogas mais consumidas são cigarro (31,1%), maconha (23,4%), bebida alcoólica (14,4%) e crack (10,8%).
Fonte: Agência Brasil
02/04/2012

- PM já conhecia denúncias de abusos sexuais contra adolescentes que vivem na rua, diz corregedor



Há pouco mais de um mês no cargo, o corregedor-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Francisco Carlos da Silva Niño, disse que já conhecia as denúncias de agressões físicas e sexuais a jovens moradores de rua investigadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em 2008.

“Fui corregedor em 2009 e já tinha ouvido esse tipo de denúncia. Elas estavam sendo investigadas, mas, como me afastei do cargo [durante a apuração], não sei dizer o resultado [das investigações]. Neste pouco mais de um mês em que estou no cargo, não havia recebido nenhum novo relato sobre fatos semelhantes”, disse Niño, garantindo que se reunirá com a sua equipe para verificar se há algum procedimento administrativo ou inquérito policial militar instaurado para apurar os casos. Ele disse que não recebeu qualquer cobrança do Ministério Público do Distrito Federal ou de outro órgão, além da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, para investigar o assunto.

O coronel disse estranhar as novas denúncias de que policiais militares estejam abusando física e sexualmente de meninos e meninas que vivem nas ruas da capital federal.

Segundo o corregedor, apenas uma queixa sobre agressões policiais contra jovens moradores de rua foi apresentada desde que ele assumiu o cargo, em 24 de fevereiro, mas diz respeito a fatos supostamente ocorridos no início de novembro de 2011, na Rodoviária do Plano Piloto, região central da cidade, a poucos quilômetros das sedes dos Três Poderes federais e do governo distrital.

Assinado pelo ouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, o pedido de informações foi protocolado na Ouvidoria da Polícia Militar do Distrito Federal no último dia 16. Além de mencionar o nome de um policial suspeito, o documento relata que, de acordo com a denúncia feita ao Disque 100, o agente agia com extrema violência contra os jovens, que disseram que os abusos ocorrem "com a consumação do ato sexual”. Segundo o corregedor, as informações estão sendo apuradas.

O coronel também revelou ter recebido uma denúncia de abuso cometido contra um morador de rua adulto. Ele garantiu que a corporação está investigando o caso. “Os policiais teriam usado gás de pimenta contra essa pessoa e ameaçado retirar algum tipo de pertence do denunciante, talvez algo que pudesse causar algum dano à sociedade ou à própria pessoa. Estamos apurando, mas ainda estamos tentando localizar o cidadão que fez a denúncia. Chegamos a seus parentes, mas eles não souberam dar o paradeiro”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Niño garantiu que a corporação não aceita qualquer tipo de abuso por parte de seus integrantes e que qualquer denúncia é investigada. Ele destacou que, apesar disso, muitas vezes, as próprias características da população de rua, como a falta de residência fixa ou de hábitos rotineiros, dificultam a apuração policial. O coronel ressaltou que esse trabalho precisa ser rigoroso para evitar que um agente seja punido equivocadamente.

"Não dá para simplesmente sairmos correndo e tomarmos uma atitude precipitada. Antes, precisamos verificar a coerência da denúncia. Procuramos ouvir outras pessoas e encontrar alguma prova concreta que sirva para comprovar ou rebater as acusações. Denúncias envolvendo moradores de rua são muito difíceis de ser apuradas, pois nem sempre eles permanecem no mesmo local e temos dificuldades para localizá-los. Temos que encontrá-los para checarmos as informações, nem sempre isso é fácil", disse o coronel. "Além do mais, às vezes, essas pessoas estão sob a influência de drogas lícitas ou ilícitas e não conseguem fornecer informações precisas que nos ajudem a identificar os supostos agressores”, completou.

Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal informou, há pouco, que o comando da corporação deve se manifestar sobre as denúncias.
Fonte: Agência Brasil

RECOMENDAÇÕES!

Profiling, Vitimologia & Ciências Forenses-
Perspetivas atuais
Autor:
 
Mauro Paulino, Fátima Almeida
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 520
Editora: Pactor


SinopseEste livro, mais do que um manual de ensino, procura ser uma obra de referência que abra linhas futuras de investigação e intervenção nos vários domínios das ciências forenses em Portugal. A publicação nasceu da ideia de assinalar os dois primeiros anos de existência da Peritia | Revista Portuguesa de Psicologia e apresenta-se como um livro de excelência construído a partir da experiência teórico-prática dos principais investigadores das várias academias nacionais, contando ainda com a participação de nomes internacionais relevantes.

Ao longo do livro são abordados, entre outros, os seguintes temas:
- Sistema médico-legal e forense português
- Investigação de homicídio e suicídio
- Autópsia psicológica
- Neuropsicologia forense
- Violência doméstica
- Reconstrução do crime
- Perfis homicidas
- Abusadores sexuais de crianças
- O criminoso português - violador, terrorista, assaltante, incendiário

Com Prefácio de Telmo Mourinho Baptista, Bastonário da Ordem dos Psicólogos

Participação de:Ray Bull (Escola de Psicologia da Universidade de Leicester)
Carlos Farinha (Diretor do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária)

Autores:Alice Mendonça - Beatriz Oliveira - Brent E. Turvey - Carlos Casimiro - Carlos F. Silva - Claire Ferguson - Cristiana Palmela Pereira - Daniela Carvalho - Diana Balaias - Duarte Nuno Vieira - Fátima Almeida - Fernando Almeida - Fernando Viegas - Inês Lima - Isabel Santos - João Franco Costa - José Martins Barra da Costa - João Triães - Joaquim Quintino-Aires - Jorge Costa Santos - Jorge Jiménez Serrano - Julieta Azevedo - Laura Alho - Luís de Sousa - Luis Maia - Mariana Bola - Mário R. Simões - Marlene Matos - Matilde Sirgado - Mauro Paulino - Neide Almeida - Paula Paçó - Paulo Rodrigues - Pedro Bem-haja Ferreira - Pedro Hubert - Rute Agulhas - Sandra C. Soares - Vânia Oliveira - Wayne Petherick



Mentes Criminosas e Crimes Assustadores

Autor: John E. Douglas e Mark Olshaker
Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 465
Editora: Ediouro

Sinopse:Com uma abordagem nova e penetrante de cada caso, os autores reexaminam e reinterpretam os fatos e o histórico das vítimas, usando as técnicas de análise criminal e de perfis, desenvolvidas por John Douglas no FBI. Este livro desmonta crenças e fatos, tidos como verdadeiros, e os arruma novamente, com resultados fascinantes e assombrosos. Cada um dos casos examinados neste livro é extremamente controverso. E cada um contém, no fundo, alguma verdade universal, que todos nós podemos vislumbrar. Juntos formam um quadro bastante representativo do comportamento humano em condições extremas e nos levam a inevitáveis considerações sobre o bem e o mal, a inocência e a culpa.