Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

CRIMES DA SEMANA 17/12/2016 - 23/12/2016



- 21/12/2016

Denunciado por pedofilia, Corey Deans era conhecido em sua comunidade por ter sobrevivido a um tumor no cérebro diagnosticado aos sete anos

Corey Deans, 22 anos, pretendia marcar encontro sexual com uma garota de 15 anos, mas foi pego no flagra
Reprodução/Twitter- 
Corey Deans, 22 anos, pretendia marcar encontro sexual com uma garota de 15 anos, mas foi pego no flagra
Um caso de pedofilia chamou a atenção da Inglaterra nos últimos dias, já que o criminoso se aproveitou de sua aparência quase infantil para conseguir marcar encontros com meninas menores de idade pela internet. A história de Corey Deans, de 22 anos, acabou sendo descoberta por oficiais de combate ao crime de pedofilia depois de ele ter conversado com um perfil falso de uma suposta adolescente de 15 anos. 

Segundo o site "The Mirror", após trocar mensagens de cunho sexual com "Katie", o perfil falso criado pelos agentes, o inglês acabou sendo surpreendido ao chegar ao local onde havia marcado de se encontrar com ela, e, ao invés disso, dar de cara com o grupo de combate ao crime de assédio e abuso contra menores. 

Corey havia trocado mensagens com Katie por meio do site adulto "Badoo". Em suas conversas, ele deixou claro que pretendia tirar a virgindade da menina. Afinal, eles discutiam atividades sexuais que, supostamente, reproduziriam no dia que se encontrassem. De acordo com os agentes, o modo com que o inglês falava se caracteriza, claramente, como crime de pedofilia.

“Ficou bem claro que você pretendia encontrar ela no momento combinado para propósitos sexuais. Mesmo sabendo que ela tinha apenas 15 anos. Suas conversas tinham tom sexual, com discussões sobre atividades sexuais”, disse o juiz a Corey.

Corey Deans já era uma figura conhecida na cidade depois de ter lutado contra um tumor cerebral durante a infância. Ele recebeu apoio de toda a comunidade durante seu tratamento, que durou 11 anos. Há questionamento quanto a possibilidade de o tumor ter afetado seu discernimento, levando ao comportamento predatório.

Durante o julgamento, o juiz fez referência à doença enfrentada por Deans. “Infelizmente, você sofreu com o câncer desde os sete anos, você teve um tumor cerebral e passou dois anos no hospital. Você recebeu tratamento até os 18 anos, foi um tratamento de longo prazo. Se esta lesão ao seu cérebro resultou ou não nesse tipo de comportamento, eu não sei.”

Deans foi condenado a seis meses de prisão, que devem ser cumpridos em 2018. Caso demonstre bom comportamento até lá, o juiz pode retirar a pena. Nesse tempo, ele precisará passar por reabilitação e por um programa para agressores sexuais. Além disso, foi obrigado a assinar o registro de agressores sexuais.

O jornal britânico "The Mirror" alega que desde a denúncia de pedofilia, Corey Deans perdeu seu emprego e a maior parte de seus amigos como consequência de seus atos, mas já encontrou um novo trabalho. Ele e sua família, inclusive seus pais e avós, receberam ofensas e ameaças de morte. “Ele sofreu”, afirmou seu advogado de defesa.



Suspeito detalhou chacina na Espanha para amigo pelo WhatsApp
'Abrir alguém no meio dá trabalho', disse Patrick por mensagem.
Conversa no WhatsApp entre Patrick e Marvin consta no processo judicial.

Patrick detalha o crime para o amigo Marvin na conversa, enquanto esperava o tio chegar na casa (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
Patrick detalha o crime para o amigo Marvin na conversa, enquanto esperava o tio chegar na casa (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
Novos detalhes da conversa via WhatsApp entre François Patrick Gouveia e Marvin Henriques Correia, suspeitos de participação na chacina da família brasileira em Pioz, na Espanha, revelam o desprezo de Patrick pelas vítimas. Em um dos trechos, após esquartejar Janaína Américo e as duas crianças de 1 e 3 anos, Patrick comenta com Marvin - amigo que teria "dado dicas" ao assassino -, que “para abrir alguém no meio dá trabalho demais”. Ao que Marvin responde "eu imagino, deve ser duro". 

O jovem confessou o crime à polícia espanhola. Depois ele também matou o marido de Janaína, Marcos Campos Nogueira.

A conversa entre os dois acusados registrada pela polícia espanhola entre as 15h55 do dia 17 de agosto até as 6h57 do dia 18 do mesmo mês, ambos horários da Espanha, consta tanto no processo judicial que tramita no Brasil, referente à atuação de Marvin Henriques como partícipe, quanto no processo na Espanha contra Patrick Gouveia, assassino confesso. O G1 teve acesso aos registros entre a morte da terceira vítima até a morte do quarto integrante da família , o tio de Patrick.

No conteúdo, Patrick relata com detalhes como matou a tia e dois primos. Marvin pergunta qual das três vítimas ele matou primeiro e Patrick responde que “na mulher, depois a mais velha [a prima de três anos] e depois no moleque de um ano”.

Com frieza, Patrick Gouveia conta que cortou a garganta de Janaína e que seus primos ficaram gritando nesse momento. “As crianças ficaram gritando. Massa que os pirralhos nem correm, só ficam ‘travadão’. O pirralho de um ano falava algumas coisas, mas na hora falava nada, não”, detalhou Patrick.

Durante a conversa, Marvin se mostra compreensivo com o amigo e chega a dar dicas, como o fato de Patrick tentar enterrar os corpos e na forma de abandonar o casa onde a família foi assassinada. “Sai pela frente mesmo, de manhã, como se fosse caminhar ou algo do tipo. Sei lá. De madrugada pode parecer suspeito. Mas eles não vão descobrir nem tão cedo as mortes”, comentou Marvin.

De João Pessoa, por meio do aplicativo de mensagens, Marvin alerta Patrick em não deixar rastros na cena do crime. “Ajeita essas luvas direito. Deixa eu ver aqui o que mais [tem a ser feito]. Tem alguma coisa por aí? Ou alguma coisa que ligue a você?”, após a resposta negativa de Patrick, o amigo acusado de participação no crime de Marcos Campos Nogueira responde.

“Beleza. Então está tranquilo, mas tem que ficar pensando minuciosamente, para não dar merda”, conclui Marvin. Em um outro momento, enquanto espera o Marcos retornar do trabalho, após matar a tia e os primos, esquartejá-los e limpar o local dos assassinatos, Patrick comenta que achou que fosse vomitar, mas que não sentiu nojo e chegou até a rir no início do esquartejamento e, por fim, a ter raiva pelo esforço de esquartejar as vítimas.

O assassino confesso explica que precisou cortar os corpos ao meio e separar os órgãos em outras sacolas. Por fim, após isolar em sacos plásticos, isolou as partes com fita adesiva, para que o odor demorasse a espalhar. “A mulher e as duas crianças foram para o saco. Estão guardados e a casa está limpa, me limpei. Estou só esperando o quarto integrante”, comentou Patrick a Marvin.
O assassino confesso brinca com o amigo sobre a morte do tio, Marcos Campos Nogueira (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
O assassino confesso brinca com o amigo sobre a morte do tio, Marcos Campos Nogueira (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
Psicopatia
Na conversa dos dois, Patrick chegar a questionar se é de fato psicopata. “Eu acho que não sou psicopata, não. Apenas não ligo para as coisas”. Em um outro momento, Patrick brinca com Marvin, criando hipóteses de como o amigo reagiria se estivesse no lugar dele. “Eu fico me perguntando como tu reagiria, o que tu ia dizer, fazer e depois dar uma gaitada”. Marvin responde que iria rir e Patrick complementa “tu deve ser doente feito eu mesmo”.

No dia 12 de dezembro psiquiatras espanhóis concluíram que Patrick Gouveia é um psicopata, que não demonstra remorso nem compaixão com suas vítimas. O laudo pericial acrescentado do processo judicial que tramita na Espanha ainda evidenciou que o autor confesso da chacina como uma pessoa consciente do que faz, muito inteligente e com total carência de sentimentos.

Ficção e realidade
A troca de mensagens entre os dois acusados chega em alguns momentos a relacionar as mortes das três primeiras vítimas com séries e jogos, um universo comum entre os dois jovens. Sobre o fato de ter usado uma faca para matar a tia e os primos, Patrick brinca afirmando que “só matava com faquinha no Call of Duty”. E em dois outros instantes, o acusado de executar a família brasileira comenta que costumava assistir a uma série onde o protagonista, um assassino em série, se sentia mais calmo quando matava. “Sabe, eu assistia Dexter (sic). O bicho matava, aí sentia um tesão e ficava todo tranquilo. Relaxava tipo uma semana”, comentou.
Marvin alerta Patrick sobre a saída dele do local do crime durante a conversa (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
Marvin alerta Patrick sobre a saída dele do local do crime durante a conversa (Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba)
Relação de afeto
Os dois acusados, na correspondência, se declaram um ao outro. Patrick comenta que precisava compartilhar o fato com alguém, mas que tinha medo de perder o amigo caso relatasse algo sobre os três primeiros homicídios. “Eu estou feliz que tu está de boa (sic). Eu fiquei com medo de tu dizer ‘boy, acabou’. Eu tenho medo de te perder, mas eu não podia não compartilhar contigo”, desabafou Patrick.

Marvin então envia uma mensagem rindo e chama o amigo de assassino. Patrick responde com uma reflexão. “Eu pensei que ia mudar algo na minha vida [matar alguém]. Eu pensei que ia me sentir mais vivo”. O amigo responde explicando que não podia fazer nada, que ele era doente mesmo. Em outra troca de mensagens, os dois afirmam que amam um ao outro.

Laudo psiquiátrico
François Patrick Gouveia, assassino confesso da família paraibana em Pioz, na Espanha, foi enquadrado por psiquiatras espanhóis como uma "pessoa desprovida de empatia", um psicopata com risco de reincidência e criminoso com alto grau de periculosidade. A revelação foi feita pela TVE, emissora do país europeu, na segunda-feira (12), após ter acesso ao laudo psiquiátrico de Patrick Gouveia, anexado ao processo que tramita na Justiça.

O exame psiquiátrico também classifica Patrick como uma pessoa consciente do que faz, muito inteligente e com total carência de sentimentos. Segundo os psiquiatras, o jovem possui uma absoluta falta de empatia e se mostrou incapaz de se colocar no lugar das suas vítimas. A análise de sanidade mental de Patrick foi solicitada pelo Ministério Público espanhol.

Os psiquiatras forenses estiveram com ele durante três sessões. O exame será uma das provas periciais para decidir a plena responsabilidade penal de Patrick Gouveia nos assassinatos do tio Marcos Campos Nogueira, da esposa dele, Janaína Santos Américo, e dos dois filhos pequenos do casal.

O brasileiro, que estava preso desde o dia 21 de outubro em Alcalá Meco, foi transferido para o presídio de Estremera, na província de Madri, no final do mês de novembro, após receber ameaças de morte. Ele segue preso preventivamente na Espanha.

Matar só o tio era 'cruel'
O jovem admitiu em depoimento à Justiça espanhola que planejou o crime e que decidiu matar toda a família porque matar apenas o tio dele "parecia cruel". “Matei os quatro porque matar apenas Marcos me parecia cruel. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Não sofreram, não gritaram, foi muito rápido”, disse o jovem em depoimento.

Ele afirmou ainda que sentiu "necessidade de matar". A declaração foi dada à Justiça de Guadalajara e a emissora de TV espanhola Antena3 teve acesso a trechos do depoimento.

De acordo com a imprensa, Patrick negou que havia agido por impulso e disse que foi até a casa da família do tio com a intenção de matar todos os parentes.

Os corpos de Janaína Diniz, Marcos Nogueira e das duas crianças foram achados esquartejados em casa em setembro, depois que um vizinho alertou sobre o mau cheiro perto da residência.

Também pela primeira vez, Patrick falou que sabia que seria preso na Espanha e diz ter voltado ao Brasil após o crime para se despedir da família. Ele também falou em arrependimento. “Sim, eu me arrependo de ter matado. É tudo minha culpa”, comentou.

Patrick Gouveia explicou, neste segundo depoimento, como surgiu a ideia de realizar os assassinatos e chegou a dizer que pensou muito antes de executá-los.

Segundo o jovem, não foi a primeira vez que ele sentiu vontade de matar alguém. “Três dias antes [do crime], senti a necessidade de matar. Isso acontece muitas vezes, desde os 12 anos. Quando isso acontece, eu bebo muito”, declarou o jovem, segundo a emissora.

Em 2013, quando Patrick tinha 16 anos, ele foi detido em Altamira, no Pará , após esfaquear um professor dentro da sala de aula.

Ainda segundo a imprensa espanhola, Patrick também comentou sobre a relação dele com Marvin Henriques, jovem que foi preso em João Pessoa suspeito de participar do crime. Marvin é amigo de Patrick e teria dado dicas ao suspeito por meio de mensagens no WhatsApp enquanto o jovem cometia os crimes na Espanha.

Ele foi indiciado pela Polícia Civil paraibana por participar diretamente na morte de Marcos Campos, uma vez que o contato entre os dois começou depois da morte da mulher e das duas crianças.

No depoimento, Patrick Gouveia afirmou que o amigo não sabia do plano de assassinar a família. “É como se fosse um irmão mais novo. Ele é muito bom. Sua mãe era psiquiatra e me ajudou muito. Somos inseparáveis”, afirmou.

Suspeito de ser partícipe no homicídio da família na Espanha foi preso pela Polícia Civil em João Pessoa (Foto: Diogo Almeida/G1)
Marvin Henriques, amigo de Patrick, foi preso em João Pessoa (Foto: Diogo Almeida/G1/Arquivo)
Fonte: Do G1 PB


Homem é morto em casa e amigos são suspeitos de crime na Paraíba
Lavador de carros morava com colegas no Varadouro, em João Pessoa.
Dívida de amigos com vítima pode ter sido uma das motivações.

Um homem de 36 anos foi morto em uma casa na ladeira da Borborema, no bairro do Varadouro, em João Pessoa, no início da noite de terça-feira (20). Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi encontrada morta dentro da casa que dividia com três amigos. De acordo com a polícia, os amigos e a companheira da vítima são suspeitos no caso.

O delegado que registrou o crime, Paulo Josafá, explicou que os amigos que dividem a casa e a companheira do homem não foram encontrados no local e não atendem telefonemas. “Esse pessoal está desaparecido, não atende o telefone celular. Ao que parece, saíram feridos, o interior da residência está bastante danificado, indicado que deve ter havido luta corporal. Até que prove o contrário eles são os principais suspeitos”, comentou.

Ainda de acordo com Josafá, o homem assassinado trabalhava como lavador de carros e também emprestava dinheiro a juros. Os suspeito tinham dívidas com a vítima, pelo que foi repassado à polícia por parentes da vítima.

O corpo, que foi encontrado pelos vizinhos do lavador de carros, passou por exames da equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) e encaminhado para a Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol). Até o início da manhã desta quarta-feira (21), nenhum suspeito de envolvimento tinha sido localizado.
Fonte: Do G1 PB

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

NOTÍCIAS DA SEMANA 17/12/2016 - 23/12/2016


- 21/12/2016

ONU pede investigação sobre supostos assassinatos de Duterte
Presidente das Filipinas disse ter matado três pessoas quando era prefeito de Davao. Mortes por causa de política contra drogas também serão investigadas.
O presidente Filipino Rodrigo Duterte discursa durante inauguração de centro de reabilitação e tratamento de abuso de fdrogas em Fort Magsaysay, ao norte de Manilla, em 29 de novembro (Foto: Reuters/Romeo Ranoco)
O presidente Filipino Rodrigo Duterte discursa durante inauguração de centro de reabilitação e tratamento de abuso de drogas em Fort Magsaysay, ao norte de Manilla, em 29 de novembro (Foto: Reuters/Romeo Ranoco)
Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) exortou as Filipinas a iniciarem uma investigação sobre as declarações do presidente filipino, Rodrigo Duterte, a respeito de três pessoas que teria matado quando era prefeito da cidade de Davao e de todas as mortes decorrentes de sua guerra às drogas.

Desde julho, quando Duterte assumiu a Presidência, 6 mil pessoas morreram na guerra às drogas do governo, cerca de um terço em operações da polícia e o resto por homens mascarados em motos ou por grupos de vigilantes.

Em uma reunião com empresários ocorrida na semana passada, Duterte disse que quando era prefeito de Davao patrulhou as ruas e matou criminosos "pessoalmente".

Mais tarde ele admitiu ter matado três homens envolvidos em um caso de sequestro durante uma troca de tiros da polícia no final dos anos 1980.

"As autoridades judiciais das Filipinas precisam demonstrar seu compromisso com a aplicação da lei e sua independência do Executivo iniciando uma investigação de assassinato", disse Zeid Ra'ad Al Hussein, alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, em referência às afirmações de Duterte.

"O assassinato descrito pelo presidente Duterte também viola a lei internacional, inclusive o direito à vida, a liberdade da violência e da força, o devido processo e um julgamento justo, a proteção igual perante a lei e a inocência até prova em contrário", disse Zeid em um comunicado.

Os aliados de Duterte no Congresso afirmaram que ele é imune a qualquer ação civil e não pode ser investigado por ações cometidas antes de assumir seu cargo atual. Ele só pode ser submetido a um inquérito depois de ser retirado da função, acrescentaram.
Fonte: Reuters




- 20/12/2016

Vara de Infância e Juventude pode julgar crimes sexuais contra menores, diz STJ

O Juizado da Infância e Juventude é competente para processar e julgar crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes. Esse entendimento do Superior Tribunal de Justiça é um dos novos tema da ferramenta Pesquisa Pronta.

A Secretaria de Jurisprudência do STJ também disponibilizou outras duas novas pesquisas prontas para consulta. Uma é relativa à análise do interrogatório do réu feito antes da vigência da Lei 11.719/08; a outra trata da legitimidade do Ministério Público para propor ação coletiva objetivando proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente.

Com relação ao primeiro tema, a jurisprudência do STJ e do Supremo Tribunal Federal avalia ser válido o interrogatório do réu feito antes da vigência da Lei 11.719/2008, que alterou o artigo 400 do Código de Processo Penal, e a falta de renovação da inquirição como último ato de instrução processual não implica nulidade do processo, pois houve o cumprimento da legislação anterior, à luz da regra tempus regit actum.

Quanto ao segundo, o STJ entende que o Ministério Público detém legitimidade para propor ação civil pública visando o fornecimento de medicamentos ou tratamento de saúde de pessoa hipossuficiente, por se tratar de direito fundamental e indisponível. 
Fonte: Assessoria de Imprensa do STJ.

TJ-SP nega indenização para família de Eloá


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou indenização do Estado para a família de Eloá Cristina Pimentel da Silva, morta a tiros aos 15 anos de idade em Santo Andre, em 2008, pelo ex-namorado Lindemberg Alves, após dias de negociação com policiais militares. 

O advogado da família, Ademar Gomes, informou que vai recorrer da decisão do tribunal. A decisão foi da 11ª Câmara de Direito Público. 
Fonte: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



- 17/12/2016

Menos da metade dos casos investigados de feminicídio virou processo na Justiça

 Desde que foi tipificado como crime hediondo em março de 2015, até 30 de novembro de 2016, o feminicídio teve 3.213 inquéritos de investigação registrados no país. Desse total, 1.540 tiveram a denúncia oferecida à Justiça (47,93%), 192 foram arquivados, 86 foram desclassificados como feminicídio e 1.395 estão com a investigação em curso. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público. 

O tema voltou a ser debatido na última semana no Senado, durante o seminário Mulheres no Poder: Diálogos sobre Empoderamento Político, Econômico e Social e Enfrentamento à Violência. Segundo sua tipificação, o crime de feminicídio é o assassinato da mulher pelo fato de ela ser mulher. É caracterizado quanto houver uma das situações de violência doméstica previstas na Lei Maria da Penha ou se for em decorrência de menosprezo à condição da mulher. Dados da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), do CNMP, de 2013 mostram que as denúncias de homicídios em geral no país ficam muito abaixo desse percentual.

Dos 136,8 mil inquéritos abertos até 2007, em 2012 apenas 10.168 viraram denúncias, o que corresponde a 7,32%. Outros 39.794 foram arquivados. A coordenadora do Grupo Especial de Combate a Homicídios de Mulheres (Gecohm), promotora de Justiça Lúcia Iloizio, explica que o objetivo da reunião foi discutir a meta do Ministério Público de combate ao feminicídio, instituída quando a tipificação do crime foi criada. O objetivo é oferecer a denúncia de todos os inquéritos à Justiça, para reduzir o número desse tipo de crime, meta da Enasp para 2016.

 “A meta [de combate] do feminicídio previa concluir o oferecimento de denúncias pelo Ministério Público dos inquéritos policiais que apurassem a conduta, lembrando que a Lei do Feminicídio entrou em vigor no dia 10 de março de 2015. Então, a meta era, no primeiro ano de vigência da lei, concluir o máximo possível de inquéritos”. Até o momento, 47,93% dos casos viraram processos na Justiça. De acordo com a promotora, para 2017 a meta de 100% continua a ser perseguida, já que muitos inquéritos ainda estão em andamento. “Pode acontecer de não ter uma linha de investigação definida, podem faltar os elementos ou provas para oferecer a denúncias e o laudo demorar a chegar.

 A gente só pode oferecer a denúncia se houver elementos suficientes para isso. Muitos casos ainda podem ter oferecida a denúncia, não foram arquivados. Vamos perseguir essa meta para zerar as investigações”. Lúcia Iloizio acrescenta que outro objetivo é dar visibilidade ao problema do feminicídio no país e gerar dados estatísticos sobre a violência doméstica e as mortes de mulheres. “É efetivamente em situações de violência doméstica? É em situação de menosprezo? Qual é esse índice, qual esse percentual, qual esse montante? Ela chama a atenção para a questão da violência contra a mulher. O feminicídio é uma das formas extremamente graves da violência doméstica e familiar”.

Diagnóstico Dados divulgados em outubro pela Enasp mostram que, na ocasião, eram 3.673 casos registrados em todo o país. Minas Gerais aparece com o maior número, 576, seguido de Rio de Janeiro, com 553, e da Bahia, com 395. Na outra ponta, o Rio Grande do Norte registrou 12 casos de feminicídio desde que a lei foi criada, Roraima, 16, e o Maranhão e Sergipe tiveram 20 casos cada. Alagoas e o Piauí não haviam enviado dados para o balanço. Uma das coordenadoras da iniciativa Dossiê Feminicídio, Marisa Sanematsu considera positivo o engajamento do Ministério Público na questão e destaca que o órgão é um dos parceiros da campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha. Mas, para ela, é preciso avançar muito a partir do diagnóstico apresentado.

“Acho importante, porque nós precisamos de dados. Mas a meta é muito mais do que contar número de inquéritos. A meta de redução quer dizer que o Ministério Público está comprometido em apurar os crimes de homicídio, acompanhar as investigações, olhar os assassinatos para ver se são feminicídios, o que quer dizer ter visão de gênero para fazer o trabalho. A meta é implementar estratégias para que de fato se investigue e puna os culpados”. 

O Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil, lançado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) Brasil, mostra que entre 1980 e 2013 o homicídio de mulheres cresceu, passando de 1.353 em 1980 para 4.762 em 2013, com aumento de 252%. Em 1980, a taxa era de 2,3 vítimas por 100 mil mulheres e passou para 4,8 em 2013, um aumento de 111,1%. Antes da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, o crescimento da taxa de assassinato de mulheres foi de 2,5% ao ano. Depois da lei, caiu para 1,7% ao ano. 

O levantamento revela que o Brasil está em quinto lugar no ranking de países que mais matam mulheres, atrás apenas de El Salvador, da Colômbia, Guatemala e Rússia. Marisa, que é diretora de conteúdo do Instituto Patrícia Galvão, instituição que trabalha com informação e direitos das mulheres, ressalta que boa parte desses assassinatos de mulheres ocorre dentro de casa (27,1%) e é cometida por pessoa conhecida da vítima, o que indica o problema da violência doméstica como fator importante no desfecho trágico. Para ela, é importante que sejam feitas campanhas de esclarecimento sobre o tema e de capacitação dos investigadores para lidar com a questão. 

A diretora lembra que nem todo assassinato de mulher é caracterizado como feminicídio. “A gente precisa ver que em todo o processo, desde a investigação até o julgamento, é preciso ter uma visão de gênero. Tentar identificar o que o fato de a vítima ser mulher alterou no sentido dos acontecimentos. No feminicídio íntimo, que ocorre dentro de casa, não é apenas olhar para uma cena de crime e falar que matou por ciúmes. Ninguém está olhando o contexto de violência que precedeu aquele desfecho. 

Se os investigadores começarem a olhar para as denúncias de violência doméstica com mais atenção, com mais sensibilidade, podemos conseguir evitar muitas mortes, muitos desfechos trágicos”. De acordo com ela, o coordenador da Enasp, conselheiro Valter Schuenquener, informou no seminário em Brasília que o Cadastro Nacional do CMNP deve ser lançado em março, para fazer o registro dos casos de violência doméstica por estado. 
Fonte: Com informações da Agência Brasi/ Revista Consultor Jurídico


TJ-SP proíbe audiências de custódia durante recesso de fim de ano

 Propagadas como uma iniciativa relevante para cumprir tratado internacional e o direito de defesa, as audiências de custódia vão tirar “férias” entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro. Em norma administrativa publicada nesta sexta-feira (16/12), o Tribunal de Justiça de São Paulo determina que fica “vedada a realização de audiências de custódia no plantão especial (recesso de final de ano) e nos plantões ordinários (finais de semana e feriados)”. 

As audiências foram criadas para garantir que juízes ouçam presos em flagrante em até 24 horas, na presença de um promotor de Justiça e de um advogado ou defensor público, inclusive para registrar relatos de eventuais torturas durante a abordagem policial. Para o vice-presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, Hugo Leonardo, não faz sentido que o Estado tire férias da fiscalização de seus próprios atos. Ele considera que vai “para além do absurdo” a proibição de que as audiências aconteçam, mesmo se juízes tiverem interesse em seguir a iniciativa durante o recesso. 

Segundo Hugo Leonardo, as audiências de custódia ainda funcionam de forma “capenga” em períodos normais de atividade do Judiciário, pois não acontecem nos fins de semana, tratando de forma diferente pessoas presas aos sábados e domingos daquelas detidas durante a semana. O tribunal confirma a suspensão das audiências, mas não se manifestou sobre a possibilidade de prejuízo à defesa. Segundo a Assessoria de Imprensa da corte, já há cronograma para implantar de forma gradativa a iniciativa aos finais de semana. 

Implantação gradual 

O Supremo Tribunal Federal considerou, em 2015, “obrigatória [...] a realização da audiência de apresentação desde logo e em todo o território nacional”, mesmo tendo sido regulamentada em São Paulo por norma administrativa, pois ainda não há lei específica sobre o tema. Para a corte, a iniciativa segue a Convenção Americana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, que entrou no ordenamento jurídico brasileiro em 1992 — tendo, portanto, ordem supralegal. Em seu artigo 7º, inciso 5º, o documento estabelece que “toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz”.

O Judiciário paulista foi o primeiro a adotar o modelo do CNJ, a princípio na capital e chegou à Grande São Paulo em abril, dentro de um cronograma de expansão pelo interior. No fim de novembro, o Senado aprovou projeto de lei que regulamenta as audiências de custódia, em tramitação desde 2011. O texto ainda será analisado na Câmara dos Deputados. Clique aqui para ler a norma do TJ-SP. 
fONTE: Revista Consultor Jurídico


Grávida de 8 meses tem direito a cumprir prisão domiciliar

Gestantes e mães com filhos de até 12 anos têm direito a cumprirem prisão domiciliar, pois, o Estatuto da Primeira Infância considera imprescindível o cuidado destinado a crianças. Com esse entendimento, o ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, converteu em domiciliar a prisão preventiva de uma mulher presa no oitavo mês de gravidez acusada de tráfico de drogas.

Na decisão, o ministro destacou “a doutrina da proteção integral e do princípio da prioridade absoluta”, que deve orientar o tratamento dado a gestantes e a mães de filhos pequenos. Além de esperar um filho, a ré, representada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, já é mãe de um menino de dois anos. Ela foi presa em flagrante no dia 9 de novembro, mas nenhuma droga ou material que comprovasse o comércio de substâncias ilegais foi apreendido.

O artigo 318 do Código de Processo Penal, modificado pelo Estatuto da Primeira Infância, determina que o juiz poderá substituir a prisão preventiva por domiciliar quando “a investigada ou a ré tenha filho de até 12 anos de idade incompletos ou que seja imprescindível para o cuidado de pessoa menor de 6 anos de idade”.

Ao longo dos 30 dias de prisão da ré, duas liminares em seu favor foram negadas. Uma pelo Juízo Criminal da 1ª Vara de Volta Redonda e outra pelo Tribunal de Justiça do Rio. Após a segunda negativa, a Defensoria impetrou Habeas Corpus no STJ. A decisão favorável à prisão domiciliar saiu quando a mulher já estava prestes a dar à luz.

Por se tratar de “situação excepcional”, segundo o ministro, a prisão domiciliar da mulher irá “com igual idoneidade e eficácia, satisfazer as exigências cautelares do caso analisado, com carga coativa menor”, tornando-se “cabível e suficiente”.

O ministro também rebateu o entendimento do TJ-RJ, segundo o qual o sistema carcerário teria meios para atender a mulher se necessário. “Ao indeferir a liminar lá postulada, não analisou o caso que lhe foi apresentado, referindo apenas a necessidade de informações” e desconsiderando que a mulher preenchia os requisitos legais para a prisão domiciliar, concluiu o ministro. 

Clique aqui para ler a decisão.

Fonte: Com informações da Assessoria de Imprensa da DP-RJ./Revista Consultor Jurídico

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Mentes Assassinas [Reporter Record]

Resultado de imagem para Mentes Assassinas [Reporter Record]

Documentário feito pelo Repórter Record! 










quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

EM FOCO:



- Viúva da Mega-Sena tem prisão revogada

O juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, revogou a prisão de Adriana Ferreira Almeida, a ‘Viúva da Mega-Sena’, acusada da morte de Renné Senna, em 2007. Ela, que foi condenada na semana passada a 20 anos de prisão pela morte do companheiro, deve sair hoje da cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. O pedido de revogação da prisão foi feito pelo advogado dela, Jackson Rodrigues.

No pedido, a defesa alega que Adriana possui endereço fixo e que sua permanência fora da cadeia não atrapalharia a apuração criminal que já foi encerrada. Na ocasião da condenação pelo Tribunal do Jurí, em Rio Bonito, a defesa anunciou que entraria recurso para anular o julgamento, e recorrer para que ela aguardasse esses recursos em liberdade.

O magistrado determinou prisão domiciliar e decidiu que Adriana terá que comparecer mensalmente ao juízo e está proibida de ter contato com a família da vítima e com testemunhas de acusação. Não pode ainda deixar a comarca de Cachoeira de Macacu, onde mora, e terá que usar tornozeleira eletrônica.

Julgamento

Adriana havia sido absolvida pelo Conselho de Sentença do Tribunal em dezembro de 2011. No entanto, ao julgar recurso ajuizado pelo Ministério Público, em abril de 2014, os desembargadores da Oitava Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinaram que Adriana fosse submetida a novo julgamento. A cabeleireira chegou a ser presa em 2007.

Crime

No dia 7 de janeiro de 2007, Renné estava em um bar sem seguranças, próximo à sua fazenda, quando dois homens encapuzados chegaram numa moto e o carona atirou em Renné; ele morreu na hora. As balas acertaram a nuca, a têmpora esquerda, o olho esquerdo e o queixo do milionário. A viúva, Adriana, foi acusada pela filha e pela irmã da vítima, Renata de Almeida e Jocimar da Rocha, de ser a mandante da execução.

Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, morava em Rio Bonito. Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda avaliada em R$ 9 milhões, junto com dois filhos do primeiro casamento.
Fonte: Extra Globo


Começa segundo dia de julgamento da 'viúva da Mega-Sena' no RJ
Julgamento começou às 10h45 desta quarta (14) no Fórum de Rio Bonito.
Onze pessoas devem ser ouvidas; ela é acusada de mandar matar marido.

Adriana é julgada pela acusação de mandar matar marido, ganhador da Mega-Sena (Foto: Narayanna Borges/Inter TV)

O segundo dia do julgamento de Adriana Ferreira, conhecida como a “Viúva da Mega-Sena”, começou às 10h45 desta quarta-feira (14) no fórum de Rio Bonito (RJ). A previsão da Justiça é que 11 pessoas sejam ouvidas. Adriana é apontada de ser mandante do crime, em 2007, contra o marido, Renné Senna, que ficou milionário após receber um prêmio da Mega-Sena. O primeiro dia de julgamento durou cerca de nove horas.

A previsão é que sejam ouvidas 11 testemunhas, duas da defesa e nove convocadas pela Justiça. Ao todo, são 16 testemunhas no processo. Há também a previsão que Renata Senna, filha de Renné, e o suposto amante da viúva falem novamente.

Primeiro dia
Duas testemunhas de defesa foram ouvidas primeiro. Por se tratarem de médico e cuidador de idoso, não poderiam aguardar os três dias previstos de julgamento. E entre as testemunhas de acusação estava Renata Senna, filha da vítima. Ela disse que o pai desconfiava que Adriana o traía e, em depoimento que durou três horas, afirmou que o pai iria tirar o nome da então esposa do testamento.

A irmã de Renné Senna, Mirian Senna, afirmou que tudo indica que Adriana tem envolvimento no crime, e a família está angustiada com o caso, depois de quase dez anos.

"Esperamos que a justiça seja feita. Não aguentamos mais esperar por isso. A Adriana não precisava mandar tirar a vida do meu irmão. Que ela ficasse com o dinheiro e deixasse ele viver", declarou.

Ao todo são 13 testemunhas de defesa e oito de acusação.

Apontados como executores do assassinato de Renné, os ex-seguranças da vítima, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, já foram condenados. Eles cumprem pena de 18 anos de prisão pelo crime.

Adriana chegou a ser presa em 2007, mas foi absolvida pelo Conselho de Sentença do Tribunal em dezembro de 2011. No entanto, ao julgar recurso ajuizado pelo Ministério Público, em abril de 2014, os desembargadores da Oitava Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinaram que ela fosse submetida a novo julgamento.
Julgamento entre no segundo dia no fórum do Rio Bonito (Foto: Narayanna Borges/Inter TV)
Previsão é de 11 pessoas sejam ouvidas
O crime
Na manhã do dia 7 de janeiro de 2007, Renné estava em um bar sem seguranças, próximo à sua fazenda, quando dois homens encapuzados chegaram numa moto e o carona atirou em Renné; ele morreu na hora.

As balas acertaram a nuca, a têmpora esquerda, o olho esquerdo e o queixo do milionário. A viúva Adriana foi acusada pela filha e pela irmã da vítima, Renata de Almeida e Jocimar da Rocha, de ser a mandante da execução.

Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença e morava em Rio Bonito.

Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda avaliada em R$ 9 milhões, junto com dois filhos do primeiro casamento.

No dia do enterro, começaram as primeiras suspeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o Réveillon com um suposto amante em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.
Adriana Ferreira Almeida, viúva de René Sena, milionário da Mega Sena, durante julgamento no Fórum de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Foto: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Adriana Ferreira Almeida é acusada de mandar matar o milionário da Mega Sena, Renné Senna (Foto: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Fonte: Do G1 Região dos Lagos


- Serial killer de Goiânia pega 20 anos por morte de campeã de capoeira
Isadora dos Reis, 15 anos, foi assassinada quando ia para casa, em 2014.
Acusado de cometer o crime, vigilante responde por mais de 30 homicídios.

Isadora Aparecida Cândida dos Reis, morta pelo serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Isadora estava ao lado do namorado quando foi morta (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Apontado como serial killer de Goiânia, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte da estudante e campeão de capoeira Isadora Aparecida Cândida dos Reis, de 15 anos. Ela foi morta em junho de 2014, em Goiânia, quando estava junto com o namorado, que não foi ferido. Ao todo, o réu responde por mais de 30 homicídios.

A sessão aconteceu nesta segunda-feira (12), no 1º Tribunal do Júri e foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Tiago compareceu ao júri, mas ficou pouco tempo no local e não respondeu a nenhuma pergunta.

Os jurados acataram o pedido do Ministério Público que requisitava a condenação por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, Já a defesa do vigilante sustentava a tese de semi-imputabilidade do réu.

Após a prisão de Tiago, em outubro de 2014, a arma encontrada com ele passou por perícias. Laudos balísticos apresentados pela Polícia Técnico-Científica apontaram que o projétil que matou a estudante partiu do equipamento apreendido com o réu. Além disso, o namorado de Isadora, que foi ouvido como testemunha, reconheceu o acusado como autor do crime.

Crime
A adolescente foi assassinada no dia 1º de junho de 2014 quando estava voltando para casa com o namorado, no Setor São José. Segundo a denúncia, um homem em uma motocicleta preta aproximou-se dela e anunciou um assalto. No momento em que a estudante entregava o celular, o aparelho caiu no chão e o suspeito atirou contra a adolescente.

Os pais da estudante consideram um “sofrimento” assistir ao júri. Eles foram intimados a participar como testemunhas. Para a família, mais uma condenação do serial killer de Goiânia não fará com que ele fique mais anos preso nem aliviará a dor da ausência da filha, que era campeã brasileira de capoeira na categoria juvenil.

"Isso só faz a gente sofrer. Minha mulher está arrasada. Ele já foi condenado por mais de 500 anos de prisão e o máximo que pode ficar preso é o período de 30 anos. A sensação que fica é de quem não tem justiça”, lamentou ao G1 o pai de Isadora, o lanterneiro Gilmar
Cândido dos Reis, 49 anos.
Pai de Isadora Aparecida Cândida dos Reis, em Goiânia, Goiás (Foto: Paula Resende/ G1)

Pai de Isadora diz que é um 'sofrimento' acompanhar o júri de Tiago (Foto: Paula Resende/ G1)
Condenações
Tiago Henrique Gomes da Rocha ficou conhecido como o serial killer de Goiânia por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos. No último dia 9 de dezembro, ele foi condenado pela morte do morador de rua Thiago Fernandes de Carvalho Machado, de 22 anos.

Dos 26 julgamentos de Tiago, ele foi condenado em 24. Em outras duas situações, ele foi inocentado. Até agora, as penas somadas chegam a 564 anos e 4 meses de prisão.

O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.
Fonte: Do G1 GO

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Saiba como foi a 1º CRIMINAL CON!




No último Sábado (10/12), ocorreu na Biblioteca Pública Viriato Corrêa na Vila Mariana, a 1º edição da Criminal Con. A Criminal Con é uma convenção que foi idealizada pela queridíssima Márcia Klimiuc, e é voltada para todos os amantes de Séries Policiais e de Investigações Criminais de São Paulo.

O Evento (Gratuito!) contou com organizadores apaixonados pelo tema e reuniu um time de profissionais da área pra ninguém botar defeito. 




A abertura do evento contou com a apresentação de um clipe de séries policiais antigas, seguida de uma palestra ministrada por Sérgio Pereira Couto que é jornalista e escritor especializado em história do esoterismo, da ciência criminal, de teorias de conspiração e das sociedades secretas.


Sérgio contou um pouco da sua trajetória como escritor e também de algumas curiosidades relacionadas a literatura policial. Suas principais obras do gênero criminal são: 

- Investigação Criminal (republicado com o nome Mentes Criminosas)
- Mentes Sombrias (continuação de Mentes Criminosas)

Pegando um gancho na questão da literatura policial, Sergio aproveitou para apresentar o próximo palestrante do dia: Tito Prates.


Tito Prates é um dentista e administrador de empresas que tem uma paixão literária tão forte que o torna incomum. Tito é mais que um fã, é um profundo conhecedor da carreira artística e da vida pessoal de Agatha Christie. E seu conhecimento é tamanho que Tito recebeu o cargo de embaixador brasileiro de Agatha Christie, concedido por Mathew Prichard, neto e administrador do legado da escritora. 



Tito explicou como começou o seu fascínio por Agatha Christie, contou curiosidades sobre autora que até então eram desconhecidas do público; e disse ainda o que levou ele a querer escrever uma biografia sobre a a autora e qual é o diferencial da sua obra. Trocando figurinhas com Sérgio Couto, Tito empolgou os fãs do da autora que estava presentes, começando o evento com o pé direito.


Seu livro: Agatha Christie From My Heart – Uma Biografia de Verdades

Para fechar o primeiro o primeiro bloco do evento, o sorteio de alguns livros foi realizado e depois foi exibido o Episódio "Dupla exposição" da 3º temporada da Série Columbo.

Columbo é uma premiada série policial dos anos 1970 estrelada pelo ator Peter Falk. A série revolucionou as histórias de detetives, pois ao contrário do que geralmente ocorre em filmes policiais, cada episódio sempre começa mostrando claramente quem é o assassino e os pormenores de como cometeu o homicídio. Todos os crimes da série têm um ponto em comum: o criminoso monta um álibi que parece perfeito, e Columbo com o seu jeito desengonçado e  peculiar nunca é levado a sério apesar de ser o responsável pelas investigações. Porém a sua inteligência e a sua atenção aos detalhes aparentemente insignificantes, o faz solucionar os crimes com brilhantismo!


Após a exibição do episódio e alguns comentários, houve uma pausa para descanso/almoço. O público foi convidado a participar de uma investigação montada, com direito à análise de cena do crime e caça à pistas espalhadas por toda a biblioteca; além da possibilidade de conversar com os autores presentes e adquirir os seus livros. Maravilhoso né?
Cena do Crime

Márcia ajudando o público na análise da cena

Durante todo o evento, os organizadores estava caracterizados como peritos e simulavam algumas funções que normalmente são realizadas por esses profissionais

Público analisando a cena do crime




Vítima


Após o intervalo, a abertura do bloco da tarde contou com a apresentação de um clipe de séries policiais atuais. Em seguida o Perito Criminal Marcos Alexandre falou um pouco da sua trajetória (pois também é Advogado e Jornalista), nos contou como foi parar na Polícia e fez um relato apaixonado e inspirador sobre a profissão e sobre a importância da ética na Polícia e na Mídia.




Após compartilhar sua incrível experiência e tirar dúvidas do público, Marcos se disponibilizou para continuar atendendo o público na sala temática enquanto outro episódio era exibido. 
Márcia Klimiuc

A organizadora do evento 
Márcia Klimiuc explicou o motivo da ausência de um dos palestrantes (Marli Bortoletto dubladora da personagem Bones do seriado de mesmo nome); fez outro sorteio e apresentou a exibição de um episódio de Bones (Lixo Tóxico, 5º Temporada) e CSI Las Vegas ( Episódio 10, 1º Temporada).



A série BONES trata de investigação em casos de assassinato tratados pelo (FBI) envolvendo restos mortais das vítimas - especialmente ossos - que são analisados pelos pesquisadores do "Jeffersonian Institution" 


CSI: Crime Scene Investigation (CSI: Investigação Criminal no Brasil e CSI: Crime Sob Investigação em Portugal) foi uma popular e premiada série dramática americana exibida pelo canal CBS. A série é centrada nas investigações do grupo de cientistas forenses do departamento de criminalística da polícia de Las Vegas, Nevada. Estes cientistas desvendam crimes e mortes em circunstâncias misteriosas e pouco comuns.


Após a exibição desses episódios a organizadora do evento apresentou o próximo palestrante, o Perito Criminal Claudemir Dias que apesar de jovem é Biólogo e vem construindo uma carreira premiada dentro da Polícia.



Claudemir iniciou falando um pouco da sua carreira e da sua paixão pela Ciência Forense; e com uma didática dinâmica explicou um pouco sobre as verdades e os mitos relacionados à Ciência Forense que está por trás dos episódios exibidos. Com uma linguagem simples explicou alguns conceitos e técnicas, e alertou o público para o fato de manter o discernimento ao assistir qualquer série criminal.


Após sua estimulante palestra, Claudemir topou analisar a conclusão da simulação de investigação realizada por alguns participantes. Seis participantes que acharam pistas marcadas tomaram a frente do evento; 3 deles seriam os Psicopatas (mandantes do crime) e os outros 3 seriam os Suspeitos (assassinos) onde baseados nas provas colhidas e nas observações da cena do crime cada um deveria dar a sua versão do que ocorreu bem como seus motivos. O psicopata e o suspeito que mais se aproximassem da realidade ganhariam um livro.

Os participantes demonstraram muita criatividade e depois que os devidos prêmios foram dados, o evento chegou ao seu 3º e último bloco. Um episódio da série Lie To me seria exibido antes da próxima palestra, porém o evento estava indo além do horário esperado e o público apesar de empolgado já estava cansado, então os organizadores resolveram não exibir o episódio e ir direto para a última palestra.

Resultado de imagem para lie to me

Lie To Me é uma série televisiva americana. O personagem principal, Dr. Cal Lightman (interpretado pelo ator Tim Roth), é auxiliado por sua parceira Dr. Gillian Foster, que juntos detectam fraudes, observando a linguagem corporal e as Micro expressões faciais, e usam esse talento para assistenciar na obediência às leis com a ajuda do seu grupo de pesquisadores e psicólogos. O personagem Dr. Cal Lightman é baseado em Paul Ekman, notável psicólogo e expert em linguagem corporal e expressões faciais. 

O legado de Paul Ekman tem conquistado especialistas de todas as partes do mundo, e aqui no Brasil existe uma empresa que desenvolve o mesmo trabalho que é mostrado na série. Essa empresa é a IMELCO, e dois especialistas dessa empresa foram os responsáveis pela última palestra do evento!


Os especialistas convidados foram Marcos Roberto e Thiago Luigi. Marcos Roberto é Bacharel em Direito, se aprofundou nos estudos e pesquisas de Paul Ekman, e nos últimos anos vem atuando como especialista na área de Microexpressão Facial, Linguagem corporal, e Detecção de Mentiras. Possui certificações internacionais na área e atualmente é cofundador, sócio-diretor e professor do IMELCO.



Marcos e Thiago contaram um pouco sobre o trabalho deles na IMELCO sobre a variedade de casos que eles atuam prestando consultoria, o reconhecimento do trabalho deles pelo Paul Ekman, e o quanto essa ciência que ainda é considerada nova vem crescendo nos últimos anos. 



Através de um trecho da série Lie to Me e de trechos de entrevistas com diferentes personalidades, demonstraram (na medida do possível) como eles detectam inconsistências e mentiras através das microexpressões. Esclareceram ainda quais as diferenças entre alguém que é considerado um Psicopata e alguém "normal", e contaram um pouco sobre alguns casos nos quais atuaram. Durante essa aula, eles premiaram as pessoas que identificassem certas emoções ou inconsistências com cursos e livros; deixando os outros participantes com um gostinho de quero mais.



O evento que estava marcado para acabar às 18 hrs, MAS se estendeu até às 22 horas! O pessoal estava muito cansado, mas ao mesmo tempo querendo outra edição no dia seguinte! haha 


O Criminal Con foi uma ideia inovadora, e que oferece ao público conhecimento e ao mesmo tempo entretenimento gratuitamente; porém das 200 pessoas inscritas nem 50% compareceram...O que me faz pensar: Porque? 

Quase todos os dias alguém me escreve, querendo saber de cursos ou eventos relacionados à área criminal com um preço ACESSÍVEL....mas quando um evento gratuito e bacana como esse acontece, são poucos os que comparecem. É triste, mas precisamos entender que para a área criminal crescer aqui no Brasil e abrir mais portas para novos profissionais, nós precisamos apoiar, contribuir e comparecer nos eventos. Caso contrário a dificuldade de encontrar mais oportunidades na área ou cursos bons e com preços acessíveis nunca vai diminuir.


Olha eu sendo "fichada" :


Samir Mourad, Samir Fabiano, Márcia e Nogueira - idealizadores do evento
Bem, espero que através desse breve resumo eu tenha conseguido passar um pouquinho de como foi interessante e divertido esse evento, e que lendo esse artigo vocês se sintam estimulados a comparecerem em peso na próxima edição.

Fiquem ligados, e até a próxima ;)