Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Dia 8 de Dezembro na História: John Lennon é assassinado!

 
Morte de ex-Beatle John Lennon completa 37 anos

Há exatos 37 anos o mundo parou para chorar pela morte de John Lennon. O astro do The Beatles foi atingido por quatro tiros na porta de seu apartamento, em Central Park West, em Nova York, ao voltar do Record Plant Studio, aonde havia ido trabalhar na faixa "Walking on Thin Ice", de sua mulher Yoko Ono. Era uma noite fria de segunda-feira, 8 de dezembro, e a TV transmitia um importante jogo de futebol.
 

A data ficou marcada para sempre na história da música e é lembrada como um dos dias mais tristes da cultura pop.
 
Dos cinco tiros disparados por Mark David Chapman, quatro acertaram as costas do ex-beatle. Era portanto, o fim do sonho. O último respingo de paz e amor. O ídolo havia virado lenda.

O ativista político engajado na luta pela paz estava retomando sua carreira. Há cinco anos sem um disco de inéditas, ele havia acabado de lançar o álbum Double Fantasy quando o incidente aconteceu. Entrevistas, sessões e mais sessões de fotos e eventos públicos faziam parte da dura rotina do britânico em Nova York.

Lennon costumava cumprimentar os fãs que sempre ficavam à sua espera na porta de casa. O músico adorava a cidade. Afinal, lá ele era capaz de andar pelas ruas sem se sentir intimidado. "Não sou perseguido. Distribuo alguns autógrafos e está tudo certo", disse certa vez ao falar sobre a mudança para os Estados Unidos.
 
Porém nem todos sabem que Lennon não era o primeiro alvo de Mark Chapman. Ou que o atirador se inspirou em um clássico da literatura para cometer o crime. Veja algumas curiosidades sobre o assassinato do Beatle:

1 - Clique Icônico

A foto de John Lennon nu abraçado na esposa Yoko Ono foi tirada por Annie Leibovitz no dia do assassinato do cantor. A fotógrafa saiu do apartamento do casal por volta de 3:30 da tarde, horas antes de Lennon ser morto na porta do local.

2 - Inspiração literária

Mark David Chapman tinha 25 anos quando assassinou o cantor. Na época, mencionou o livro"O Apanhador no Campo de Centeio" como inspiração, pois se identificava com o protagonista: um adolescente revoltado que odiava falsidade. Chapman carregava com ele uma cópia da obra quando praticou o crime.

3 - Motivação pessoal

O ator Michael Douglas estava andando em Central Park West com o fundador da revista "Rolling Stone", Jann Wenner, quando viram uma confusão: Lennon havia sido baleado. Wenner, amigo pessoal de Lennon, fundou uma ONG contra o livre-armamento nos Estados Unidos, uma luta pela qual Douglas se tornou engajado desde então.

4 - Plano B
Lennon não era o alvo principal de Chapman. Em declarações, o assassino confessou ter escolhido Lennon por ser "mais acessível", mas que Elizabeth Taylor e o apresentador de TV Johnny Carson eram suas prioridades.

5 - "Um autógrafo, por favor"

Naquele mesmo dia, depois de dar entrevista à RKO Radio Network, Lennon e Yoko foram para o estúdio para gravar uma versão da música Walking on a Thin Ice. Foi nesta ocasião que ex-beatle ficou frente a frente com seu assassino, Mark David Chapman. Ele se aproximou do carro e pediu um autógrafo.
 
O momento foi registrado por Paul Goresh, amigo de Lennon, que havia passado no apartamento para mostrar algumas fotos que havia tirado nos dias anteriores.
 
Chapman levou o disco "Double Fantasy" para que o cantor assinasse, depois o escondeu atrás da guarita de segurança do prédio, apontando para o guarda-costas de Lennon e o porteiro do condomínio como se estivesse avisando que aquela não era a última vez que estaria ali.

Lennon e Yoko só deixaram o estúdio por volta das 22h. Quando chegaram em casa, foram surpreendidos pela figura de Mark David Chapman, novamente. Foi então que Chapman disparou cinco vezes contra Lennon. A polícia chegou poucos minutos depois, mas nada poderia ser feito: Lennon tinha perdido muito sangue. Levado às pressas para o hospital, chegou ao local já inconsciente. Morria aos 40 anos um dos ícones da música popular do século 20.

6 - Futebol na TV

Naquela noite, o produtor de TV Alan J. Weiss havia se machucado em um acidente de moto e aguardava para ser atendido na sala de espera do Hospital Roosevelt, na esquina da 10ª Avenida com a Rua 59. Foi quando ele percebeu a movimentação estranha e testemunhou com os próprios olhos o corpo de Lennon chegando ao local. Ele ligou para os colegas da emissora ABC e passou o furo de reportagem.


No momento, o canal exibia uma partida de futebol americano, entre os times New England Patriots e Miami Dolphins. Foi o locutor do jogo quem anunciou a morte pela primeira vez: "Uma tragédia indizível foi confirmada a nós pela ABC News em Nova York: John Lennon, do lado de fora de seu apartamento no West Side de Nova York, talvez o mais famoso de todos os Beatles, foi baleado duas vezes pelas costas, foi levado para o hospital Roosevelt, morto."

7 - Memorial no Central Park
Para celebrar a vida de Lennon, o Central Park inaugurou em março de 1981 o jardim Strawberry Fields, localizado na mesma altura do prédio de John e Yoko, entre as Ruas 71 e 74 da Central Park West. É por lá que fica o memorial "Imagine", até hoje um dos pontos mais visitados do parque por turistas do mundo todo.
 
 8 - O Assassino
 
Durante seu depoimento à polícia, Chapman disse que quando apertou o gatilho não sentiu nenhuma emoção, apenas ouvia uma voz que repetia "do it, do it, do it" (faça isso). Estático na cena do crime, nem tentou fugir. Foi preso em flagrante. Diagnosticado como Autista, Chapman era um jovem desequilibrado que recorria às drogas com frequência.
 
Em 1981, foi condenado inicialmente à prisão perpétua; mas foi classificado como passível de ser libertado a partir de dezembro de 2000, e desde então, a cada dois anos pediu em vão pela sua liberdade.
 
Chapman nunca negou ter cometido o crime. Alegou tê-lo feito por "ouvir vozes" que lhe deram tal ordem. Sabe-se que "ouvir vozes" (o termo técnico é alucinação auditiva verbal) é um fenômeno concernente a diversos transtornos mentais, podendo ocorrer também com pessoas normais, sem distúrbios mentais. Chapman, no entanto, nunca foi diagnosticado como perturbado mentalmente, ficando provado que tinha plena consciência do que fazia, e por isso foi efetivamente condenado.
 
Numa audiência em 2010, Chapman confessou que o que pretendia com a morte de Lennon foi ganhar notoriedade. “Senti que matando John Lennon eu me tornaria alguém, e em vez disso tornei-me um assassino, e os assassinos não são alguém”, disse, reconhecendo que foi “uma decisão horrível acabar com a vida de alguém por motivos egoístas.
 
Em agosto de 2016, o Departamento Correcional e de Supervisão da Comunidade de Nova York analisou pela nona vez, a possibilidade de conceder a liberdade condicional a Mark Chapman. Considerou que a sua libertação seria incompatível com o bem estar da sociedade e que iria desvalorizar a gravidade do crime e minar o respeito pela lei. Chapman admitiu durante esta nova análise do seu caso que cometeu o crime de forma “premeditada, egoísta e maléfica”.

"Posso confirmar que seu pedido foi rejeitado", indicou um porta-voz à AFP.

O seu caso voltará a ser analisado em 2018.
 
9 - A Lenda

John Winston Lennon era impulsivo, briguento, carinhoso, engraçado e amigo. Não tinha o talento de George Harrison com os instrumentos de corda ou o carisma de Paul McCartney nos palcos, é verdade. Mas essa mescla de sentimentos antagônicos eram, de fato, o diferencial daquele 'garoto' que nasceu em Liverpool no dia 9 de outubro de 1940. Alguém que queria o fim da guerra e pregava o amor nas mais diversas instâncias.
E até hoje John Lennon é reverenciado e considerado o maior símbolo na Luta pela paz; seu legado continua sendo passado de geração para geração, e sua morte é lamentada de tal forma que não parece ter ocorrido há 37 anos atrás. Sua música "Imagine" não mantêm apenas a sua memória viva, mas reflete também a esperança quase utópica que todos nós temos por um mundo sem violência e baseado no amor incondicional ao próximo.
 
RIP John Lennon.
 
 

0 comentários:

Postar um comentário