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terça-feira, 15 de maio de 2018

Dia 15 de Maio na História: (1976) - Patrícia Columbo é presa por matar a sua família com a ajuda de seu amante casado

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Patricia Columbo e Frank DeLuca são presos pelo assassinato brutal dos pais e do irmão de Columbo em Elk Grove, Illinois. Columbo de vinte anos, deixou a casa de sua família dois anos antes para viver com DeLuca, um homem casado de 36 anos. 

Os dois mataram Frank, Mary e Michael Columbo para receber a herança da família, sem saber que os Columbos tinham deserdado Patricia quando ela resolveu sair de casa para viver com DeLuca. Aos 16 anos, Columbo trabalhava em uma cafeteria suburbana onde conheceu o farmacêutico Frank DeLuca, que administrava a farmácia ao lado. Ele logo a contratou para trabalhar em sua loja e os dois iniciaram um relacionamento sexual incomum; Columbo mostrou fotos aos seus colegas  de classe, onde ela fazia sexo com o cachorro de DeLuca.

Em abril de 1974, DeLuca trouxe Columbo para ficar em sua própria casa, apesar de ainda morar com a esposa e com seus cinco filhos. Seus pais ficaram aliviados quando ela mais tarde disse que ia se mudar para seu próprio apartamento, e até lhe deram dinheiro. No entanto, eles logo descobriram que DeLuca havia deixado a esposa e parai morar com a filha, o que levou o pai de Columbo a bater em DeLuca severamente.

Em 4 de maio de 1976, Patricia Columbo, então com 19 anos, e Frank DeLuca com 39, decidiram realizar um plano sinistro. Eles entraram na casa da família Columbo e atiraram nos pais de Columbo. Depois disso, eles espancaram o irmão de Patricia (Mike) com um troféu de boliche, e o esfaquearam quase 100 vezes com uma tesoura. A polícia interrogou Patricia, mas não teve motivos para suspeitar dela até a semana seguinte.

Inspirado pela promessa de recompensa em dinheiro, um amigo levou a polícia aos homens que discutiram a morte da família Columbo com Patricia. Depois que o casal foi preso, alguns funcionários de DeLuca revelaram que o viram lavar e queimar roupas manchadas de sangue no dia seguinte aos assassinatos. Aparentemente, DeLuca os manteve em silêncio, ameaçando suas famílias. Enquanto estava preso, DeLuca tentou matar essas testemunhas através da influência de um companheiro de cela, mas outro detento frustrou o plano dizendo tudo à polícia. 

O júri condenou Patricia Columbo e Frank DeLuca, e cada um deles foi sentenciado de 200 à 300 anos de prisão. Columbo conseguiu manter-se no centro das atenções: em 1979, foi relatado que ela havia ajudado na organização de orgias sexuais envolvendo guardas e detentas no presídio em que se encontrava, em Dwight, Illinois. Funcionários de alto escalão da prisão, incluindo o diretor, foram forçados a renunciar após o escândalo.


Fonte: History.com

segunda-feira, 14 de maio de 2018

No fundo os criminosos desejam ser pegos?


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De tempos em tempos, ouvimos falar sobre criminosos que cometem seus crimes de maneira tão despreocupada que até parece que eles querem ser pegos. Diversos casos aparecem na mídia sobre criminosos “idiotas”; como o caso de um homem que ligou para uma loja de conveniência para saber quanto dinheiro estava no caixa antes de roubar a loja. A ligação serviu como alerta, e quando o homem chegou na loja a polícia já estava no local para prendê-lo.

Quem nunca se deparou com ladrões postando fotos nas redes sociais se gabando de suas façanhas apenas para serem apreendidos pela polícia?

Estudantes de comportamento humano têm especulado que geralmente as pessoas são extremamente descuidadas enquanto cometem crimes porque em algum nível elas realmente querem ser pegas. Tal pensamento parece derivar de escritos de Sigmund Freud, que escreveu sobre um desejo inconsciente de ser pego e punido. Em um artigo de 1915 intitulado “Alguns tipos de caráter encontrados no trabalho psicanalítico”, Freud abordou “a criminalidade a partir de um sentimento de culpa”. Sua tese era de que todos nós carregamos o peso da culpa edipiana inconsciente. Freud afirmou em "O Ego e o Id" que "um aumento nesse sentimento inconsciente de culpa pode transformar pessoas em criminosos". Freud afirmou que o sentimento de culpa "existia antes do crime" e constituía o "motivo" para o crime.

Por décadas, os defensores da psicanálise se apegaram à teoria de Freud. Em seu livro de 1960, The Roots of Crime, Edward Glover referenciou esse conceito como “a chave para todos os problemas de delinquência”. Em suma, os adeptos da psicanálise argumentaram que a necessidade de ser punido por culpa edípica não resolvida é um fator causal criticamente importante na explicação do comportamento criminoso. A prática clínica de Freud não era com criminosos. No entanto, muitos de seus seguidores fizeram observações sobre pacientes neuróticos e as aplicaram a criminosos, uma população muito diferente.

Psiquiatras e psicólogos que conduzem avaliações psicológicas em criminosos, geralmente alegam não encontrar indícios de que esses criminosos desejam ser pegos. Na verdade, uma compreensão detalhada dos padrões de pensamento subjacentes ao comportamento criminoso leva a uma conclusão completamente diferente. Em sua maioria, os criminosos planejam cada movimento enquanto premeditam os crimes. Eles calculam o que vai acontecer desde cometimento do crime até o momento da fuga; eles conhecem os riscos ocupacionais do crime - serem pegos, condenados, confinados, feridos ou mortos (no caso de um crime de alto risco).

No momento em que um criminoso está preparado para cometer o crime, ele está certo de que terá sucesso e eliminou esses impedimentos. Existe um “superotimismo” em que ele considera o crime como um fato consumado. Sua experiência suporta essa certeza, e ele sabe que a probabilidade de ser preso é baixa. Anteriormente, ele escapou de crimes sem que ninguém suspeitasse dele como perpetrador. Consciente da possibilidade de que possa escorregar, ele está certo de que isso não acontecerá "desta vez".

Um criminoso observou em uma conversa comigo que o super otimismo "mata criminosos mais do que qualquer outra coisa". Como o criminoso acumula cada vez mais e mais crimes, ele se torna encorajado e desenvolve um senso de invulnerabilidade. Então ele pode ter mais chances. Em alguns casos, o uso de substâncias que alteram a mente contribui para a imprudência. "Drogas acabam com a minha cautela", um desses criminosos me disse. Alguns criminosos que se safam de crimes complicados abaixam a guarda enquanto cometem um outro crime relativamente pequeno.

Do ponto de vista de um criminoso "responsável", um criminoso descuidado pode parecer “louco” ou “estúpido”. Mas o superotimismo do criminoso é garantido por sua habilidade extraordinária de cortar impedimentos, pelo número de seus sucessos passados ​​e pelo cuidado com o qual ele inventa esquemas atuais. Depois do fato, os criminosos podem reconhecer que fizeram algo estúpido ou louco, mas se ofendem com a menor sugestão de que são loucos ou estúpidos.

Em suma, os criminosos não querem ser pegos. Nem se sentem culpados pelo que fizeram. Seus arrependimentos são sobre serem pegos, não sobre o dano que infligem aos outros. Eles também não cometem crimes com um desejo (inconsciente ou não) de obter ajuda. Na maioria das circunstâncias, a única “ajuda” que eles procuram é sair de um buraco que eles criaram para si mesmos.

Por Tamara Arianne.