Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6


#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS

Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os grupos étnicos e raciais. A diversidade racial dos serial killers geralmente reflete na constituição da população. Existem diversos casos muito bem documentados sobre serial killers Afro Americanos, Latinos and Asiáticos.

Afro Americanos correspondem à minoria entre os serial killers, representando aproximadamente 20% do total. É significativo percebermos entretanto, que apenas serial killers brancos, e normalmente do sexo masculino como Ted Bundy se tornam ícones culturalmente populares.

Apesar de não serem nomes tão familiares quanto os seus infames homólogos brancos, alguns exemplos de prolíficos assassinos em série de minorias raciais são: Coral Eugene Watts, um negro de Michigan conhecido como o "Sunday Morning Slasher", que assassinou pelo menos dezessete mulheres em Michigan e Texas; Anthony Edward Sowell, um homem negro conhecido como o "Estrangulador de Cleveland" que sequestrou, estuprou e assassinou onze mulheres em Ohio; E Rafael Resendez-Ramirez, um mexicano conhecido como o "Assassino da estrada de ferro", que matou pelo menos quinze homens e mulheres no Kentucky, Texas e Illinois.

O mito de que todos os serial killers são brancos, está relacionado a outro mito comumente mantido de que a maioria dos assassinos, incluindo os assassinos em série, são intererraciais por natureza - ou seja, assassino e vítimas são de raças diferentes. A realidade é que homicídios de todos os tipos (e em qualquer país), são geralmente intrarraciais em sua natureza.

Na maioria das vítimas de assassinatos, incluindo as vítimas de assassinos em série, são da mesma raça que seus assassinos. Em aproximadamente 90% dos homicídios assassino e vítima são da mesma raça. Com isso podemos perceber que a realidade é completamente oposta ao mito.

O mito de que todos os assassinos em série são brancos é rotineiramente alimentado e reforçado pela mídia do entretenimento. Essa situação persiste porque os principais canais de notícias, particularmente as redes de televisão como a CNN, têm muito mais probabilidade de cobrir homicídios e casos de desaparecimento de vítimas brancas do que incidentes envolvendo vítimas de minorias raciais.

Esta prática tendenciosa é mais aguda quando uma vítima branca é do sexo feminino. Histórias de notícias de crimes que se tornam grandes eventos na mídia, quase sempre apresentam uma mulher branca atraente como a vítima. Nicole Brown Simpson(1) é o exemplo quintessencial deste fenômeno. É difícil pensar em um caso recente e de alto perfil que não seguiu esse padrão.

O desaparecimento altamente divulgado de Laci Peterson, uma bela e jovem mulher branca, que foi morta por seu marido Scott Peterson em 2002, é um outro exemplo clássico dessa tendência de reportagem. Além disso, o desaparecimento de Natalee Holloway, uma estudante do ensino médio em 2005, é outra história de crime que se tornou um evento de mídia global porque envolveu uma vítima atraente, jovem, branca e feminina.

 A prática tendenciosa dos repórteres de notícias de cobrir seletivamente casos de pessoas desaparecidas envolvendo mulheres jovens e brancas é conhecida como "síndrome da mulher branca ausente" (em inglês MWWS). Ted Bundy e Gary Ridgway, que mataram jovens mulheres brancas,tiveram uma enorme cobertura de seus crimes pelos meios de comunicação,

A comunicação desequilibrada dos meios de comunicação envia uma mensagem de que as vítimas brancas, particularmente as mulheres, são mais importantes e merecem mais consideração do que as vítimas pertencentes às minorias raciais. O padrão tendencioso dessas reportagens é válido tanto para as vítimas de assassinato em série, como para as vítimas de homicídios comuns.
.
Como explicado anteriormente, os assassinos em série brancos e masculinos, normalmente possuem como alvo mulheres brancas; porém também existem exceções a essa regra, até porque no assassinato em série o "motivo" para os assassinatos e a escolha das vítimas são baseadas em motivos subjetivos e necessidades patológicas. Além disso, o mito de que todos os assassinos em série são brancos também é alimentado pela mídia de entretenimento em filmes como O Silêncio dos Inocentes, que retratam estereotipadas vítimas femininas brancas atraentes e seus dementes assassinos brancos.


ADENDOS

(1) Nicole Brown Simpson (19 de maio de 1959 - 12 de junho de 1994) foi a ex-mulher do jogador de futebol profissional O.J. Simpson. Ela foi assassinada em sua casa em Los Angeles, Califórnia, junto com seu amigo Ronald Goldman. O.J. Simpson não foi preso, considerado inocente de assassinar Nicole e Goldman, em um julgamento criminal controverso. Mais tarde ele foi considerado responsável pelas mortes em um termo civil movido pelas famílias das duas vítimas. FONTE: WIKIPÉDIA

Fonte: Artigo traduzido do site Psychology Today- Autor: Dr. Scott Bonn is professor of sociology and criminology at Drew University. He is available for consultation and media commentary. Follow him @DocBonn on Twitter and visit his website docbonn.com

0 comentários:

Postar um comentário