#2- São Solitários Disfuncionais
Ao contrário do socialmente desafiado "Fada do Dente" no filme Dragão Vermelho, os Serial Killers da vida real não são monstros solitários. Frequentemente eles não possuem uma aparência estranha ou permanecem escondidos do público de qualquer maneira significativa.
Muitos Serial Killers são hábeis em se manter fora de vista por longos períodos de tempo. Aqueles que se misturam com sucesso tipicamente são trabalhadores, possuem famílias e casas, e aparentemente não parecem ameaçadores, e sim membros normais da sociedade.
Pelos Serial Killers aparentarem ser tão inofensivos, eles são muitas vezes negligenciados por agentes da lei, assim como pelos próprios familiares e colegas. Em alguns casos raros, assassinos em série não identificados eventualmente socializam e se tornam amigos de policiais desavisados que estão em seu encalço. A incrível históriade Ed Kemper o “Co-ed Killer" mostra o exemplo desse fenômeno que pode ser explicado nesse artigo separado, em inglês (here).
Serial Killers que se escondem da vista de todos, são hábeis em fazê-lo precisamente porque eles se parecem como qualquer um. É essa habilidade de se misturar que os tornam perigosos, assustadores, e ainda assim muito atraentes para o público em geral. Consideremos dois exemplos clássicos de Serial Killers que desafiam o estereótipo de um homem isolado e solitário disfuncional: os despretensiosos e aparentemente bem-educados.
O primeiro exemplo, Dennis Rader, o Assassino BTK- que vem de “Esganar, Torturar, Matar”; assassinou pelo menos 10 pessoas em Wichita, Kansas, por um período de 20 anos até a sua captura de 2005. Ele foi considerado culpado e recebeu uma pena de 10 pisões perpétuas. Antes da sua prisão, Rader estava casado por 34 anos e tinha 2 filhos, era um líder de escoteiro, um empregado local do governo, e era o presidente da Congregação da sua igreja.
Por outro lado, seu alter ego BTK, era um assassino sangue frio que exercia poder, controle, e dominação sobre vítimas. A tortura infligida às suas vítimas e o ato de estrangular até a morte, fazia BTK se sentir como Deus. Durante os anos em que ele estava cometendo os assassinatos, Rader levava uma vida social aparentemente normal, e ele parecia ser um pilar na sua comunidade.
Internamente contudo, BTK estava secretamente satisfazendo suas necessidades sexuais e a sua crescente compulsão por matar por meses e até por anos, através de fantasias auto eróticas combinadas com masturbação, nas quais ele revivia seus assassinatos com a ajuda dos troféus retirados de suas vítimas.
O segundo exemplo, Gary Ridgway, o infame “Green River Killer,” foi um dos mais prolíficos Serial Killers na história dos EUA. Em 2003 ele confessou o assassinato de 48 mulheres durante o período de 20 anos em Seattle, Washington. Ele se declarou culpado para evitar a pena de morte. Em troca, ele foi condenado a 480 anos, sem possibilidade de liberdade condicional.
Ridgway foi casado três vezes, tinha um filho, serviu na marinha durante a Guerra do Vietnã, e exercia a mesma função numa fábrica de Caminhões por 32 anos. Ele também frequentava a igreja regularmente e lia sua Bíblia em casa e no trabalho. Em um chocante contraste, O Assassino do Green River Killer estrangulava jovens prostitutas e fugia com elas no seu caminhão. No começo, ele usava uma corda para matar as suas vítimas.
Em seus últimos assassinatos, Ridgway uma régua para torcer tecidos ao redor do pescoço das suas vítimas. Às vezes ele as matava dentro da própria casa e outras vezes ele as matava na floresta. Ele cometeu necrofilia com os corpos de algumas das suas vítimas.
Em uma confissão que revelou a extensão da sua Psicopatia, Ridgway disse que às vezes ele usava a fotografia do seu filho como isca para atrair suas vítimas para seu caminhão. Ele também admitiu matar uma das suas vítimas enquanto seu filho ainda pequeno, o esperava em seu caminhão.Quando questionado se o seu filho sabia o que ele estava fazendo, sua resposta fria foi "Sim".
Resumindo, apesar do penetrante estereótipo mostrado pela mídia, a maioria dos Serial Killers não são desajustados sociais que vivem isolados e que não interagem com os outros. Na verdade, muitos deles são altamente funcionais e aparentam ser completamente normais. Aí reside o terror.
*Dr. Scott Bonn is a professor of sociology and criminology at Drew University. He is available for consultation and media commentary. Follow him @DocBonn on Twitter and visit his website docbonn.com
Fonte: Artigo inteiramente traduzido traduzido- Publicado em 16 de Junho de 2014 por Scott A. Bonn, Ph.D. in Wicked Deeds.
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