- ANTÔNIO
Livro “Antônio” incentiva o enfrentamento do abuso sexual
Aos sete anos, Antônio era um menino feliz que adorava brincar e desejava ser mágico e saber voar. Um dia, no entanto, seu comportamento mudou e ele começou a se tornar uma criança agressiva e deprimida. Ninguém desconfiava, mas quem tentava levar embora os seus sonhos era a grande “Mão”. “Segurava forte em Antônio e o impedia de falar. Depois dizia umas coisas só para ele ouvir e queria que ele fizesse tudo que ela mandava… Antônio nunca contava para ninguém o que a Mão fazia com ele, pois a Mão o ameaçava, dizia que faria maldade com os pais dele, caso Antônio falasse algo”.
Esta é a história retratada no livro “Antônio”, do escritor Hugo Monteiro Ferreira, lançado este ano pela Escrita Fina Edições. A obra ilustrada tem o objetivo de estimular crianças muito pequenas a terem coragem de denunciar os abusos e também de ensiná-las a se proteger. Na semana passada, publicamos uma entrevista com o autor.
Para abordar um tema tão delicado para a infância, o autor utilizou a linguagem metafórica e inspirou-se em passagens de famosos contos infantis como Peter Pan, Soldadinho de Chumbo e João e Maria, citados na história. Vendo que estes personagens conseguiram enfrentar os seus inimigos, monstros e bruxas, o menino Antônio consegue ter coragem de denunciar a Mão, identificada depois como um amigo próximo da família. “Quero que as crianças se identifiquem com Antônio e se sintam mais fortalecidas para conseguir falar sobre o que lhes incomoda”, afirma Hugo.
Na opinião do autor, a leitura pode ser uma forma de levar a criança a superar o que viveu. “Conto a história do abuso, mas busco a perspectiva de um final feliz, para que as crianças vejam que existe um caminho”, diz. “Se elas sabem que a bruxa perdeu de João e Maria e que Antônio venceu a Mão, elas podem se inspirar e também conseguir falar de seus medos”.
O livro “Antônio” pode servir como instrumento para educadores e pais discutirem o assunto. A publicação foi lançada em Recife e no Rio de Janeiro e deve vir para Belo Horizonte e São Paulo a partir de setembro.
Trajetória do escritorHugo Monteiro Ferreira nasceu e vive em Recife. É professor universitário e atualmente coordena a primeira especialização em Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil, no departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, voltada para conselheiros tutelares e profissionais da área.
Autor: Hugo Monteiro Ferreira
Ilustrações: Camila Carrossine
Editora: Escrita Fina
Livro “Antônio” incentiva o enfrentamento do abuso sexual
Aos sete anos, Antônio era um menino feliz que adorava brincar e desejava ser mágico e saber voar. Um dia, no entanto, seu comportamento mudou e ele começou a se tornar uma criança agressiva e deprimida. Ninguém desconfiava, mas quem tentava levar embora os seus sonhos era a grande “Mão”. “Segurava forte em Antônio e o impedia de falar. Depois dizia umas coisas só para ele ouvir e queria que ele fizesse tudo que ela mandava… Antônio nunca contava para ninguém o que a Mão fazia com ele, pois a Mão o ameaçava, dizia que faria maldade com os pais dele, caso Antônio falasse algo”.
Esta é a história retratada no livro “Antônio”, do escritor Hugo Monteiro Ferreira, lançado este ano pela Escrita Fina Edições. A obra ilustrada tem o objetivo de estimular crianças muito pequenas a terem coragem de denunciar os abusos e também de ensiná-las a se proteger. Na semana passada, publicamos uma entrevista com o autor.
Para abordar um tema tão delicado para a infância, o autor utilizou a linguagem metafórica e inspirou-se em passagens de famosos contos infantis como Peter Pan, Soldadinho de Chumbo e João e Maria, citados na história. Vendo que estes personagens conseguiram enfrentar os seus inimigos, monstros e bruxas, o menino Antônio consegue ter coragem de denunciar a Mão, identificada depois como um amigo próximo da família. “Quero que as crianças se identifiquem com Antônio e se sintam mais fortalecidas para conseguir falar sobre o que lhes incomoda”, afirma Hugo.
Na opinião do autor, a leitura pode ser uma forma de levar a criança a superar o que viveu. “Conto a história do abuso, mas busco a perspectiva de um final feliz, para que as crianças vejam que existe um caminho”, diz. “Se elas sabem que a bruxa perdeu de João e Maria e que Antônio venceu a Mão, elas podem se inspirar e também conseguir falar de seus medos”.
O livro “Antônio” pode servir como instrumento para educadores e pais discutirem o assunto. A publicação foi lançada em Recife e no Rio de Janeiro e deve vir para Belo Horizonte e São Paulo a partir de setembro.
Trajetória do escritorHugo Monteiro Ferreira nasceu e vive em Recife. É professor universitário e atualmente coordena a primeira especialização em Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil, no departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, voltada para conselheiros tutelares e profissionais da área.
Autor: Hugo Monteiro Ferreira
Ilustrações: Camila Carrossine
Editora: Escrita Fina
- Homens maus fazem o que homens bons sonham
O indicação desse mês é o fantástico livro de Robert I. Simon. Dr Simon é psiquiatra forense, professor de Psiquiatria Clínica, diretor do Programa de Lei e Psiquiatria em Georgetown na University School Medicine, Washington, Estados Unidos.
Em "Homens maus fazem o que homens bons sonham", Simon disseca a mente de criminosos perturbados por seus dêmonios internos frutos de seu passado traumático muitas vezes associado à forte propensão genética, dependência química e exclusão social.
Com narrativa densa e uma atmosfera de tensão e drama, o autor consegue trazer a tona todo drama vivenciado por psicopatas e suas vítimas descrevendo as cenas com toda a acidez e terror psicológico sofridos por elas.
Simon é implacável quanto ao diagnostico social em seu livro, haja visto que o próprio título remete a tese central de seu argumento. O autor defende que Homens maus fazem o que homens bons sonham e que basta os "genes certos na hora certa" para acordarmos o psicopata que há dentro de nós.
É um belo livro onde somos, a cada parágrafo, desafiados quanto ao nosso caráter, pulsões, vontades e desejos, tudo isso numa narrativa, apesar de pesada, muito atrativa e com leitura fluente.
O livro apresenta os estudos realizados pelo psiquiatra em casos reais, com análise dos desvios de comportamento, um olhar sobre os fatores protetores que garantem a “normalidade” da maioria de nós e uma reflexão sobre o que significa ser humano. O autor destaca que a violência pessoal é tema presente em todas as religiões e durante a história da humanidade. Traz ainda dados alarmantes como que a cada 1,3 min uma mulher é estuprada nos EUA, entre outros.
Essa obra é uma leitura obrigatória para os estudiosos de neurociência comportamental, terapeutas clínicos, profissionais da área da saúde ou até mesmo para curiosos no assunto.
Agora uma coisa é fato: não é um livro de fácil "digestão", algumas cenas são descritas com bastante detalhe e não são recomendadas para pessoas que não suportam facilmente descrições de cenas violentas.
Livro: Homens maus fazem o que homens bons sonham
Autor: Robert I. Simon
Formato: 16x23
Páginas: 340
Editora: Artmed
Em "Homens maus fazem o que homens bons sonham", Simon disseca a mente de criminosos perturbados por seus dêmonios internos frutos de seu passado traumático muitas vezes associado à forte propensão genética, dependência química e exclusão social.
Com narrativa densa e uma atmosfera de tensão e drama, o autor consegue trazer a tona todo drama vivenciado por psicopatas e suas vítimas descrevendo as cenas com toda a acidez e terror psicológico sofridos por elas.
Simon é implacável quanto ao diagnostico social em seu livro, haja visto que o próprio título remete a tese central de seu argumento. O autor defende que Homens maus fazem o que homens bons sonham e que basta os "genes certos na hora certa" para acordarmos o psicopata que há dentro de nós.
É um belo livro onde somos, a cada parágrafo, desafiados quanto ao nosso caráter, pulsões, vontades e desejos, tudo isso numa narrativa, apesar de pesada, muito atrativa e com leitura fluente.
O livro apresenta os estudos realizados pelo psiquiatra em casos reais, com análise dos desvios de comportamento, um olhar sobre os fatores protetores que garantem a “normalidade” da maioria de nós e uma reflexão sobre o que significa ser humano. O autor destaca que a violência pessoal é tema presente em todas as religiões e durante a história da humanidade. Traz ainda dados alarmantes como que a cada 1,3 min uma mulher é estuprada nos EUA, entre outros.
Essa obra é uma leitura obrigatória para os estudiosos de neurociência comportamental, terapeutas clínicos, profissionais da área da saúde ou até mesmo para curiosos no assunto.
Agora uma coisa é fato: não é um livro de fácil "digestão", algumas cenas são descritas com bastante detalhe e não são recomendadas para pessoas que não suportam facilmente descrições de cenas violentas.
Livro: Homens maus fazem o que homens bons sonham
Autor: Robert I. Simon
Formato: 16x23
Páginas: 340
Editora: Artmed
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