Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

EM FOCO: Defesa pede novo interrogatório para padrasto acusado de matar menino Joaquim


Defesa pede novo interrogatório para padrasto acusado de matar menino Joaquim
Advogado enviou pedido de habeas corpus ao TJ-SP para que Guilherme Longo possa esclarecer circunstâncias de entrevista em que confessa ter cometido o crime em Ribeirão Preto. Réu foi extraditado após fugir para a Espanha.

Guilherme Longo foi localizado pelo Fantástico em Barcelona, na Espanha (Foto: Fantástico/Reprodução)
Guilherme Longo foi localizado pelo Fantástico em Barcelona, na Espanha (Foto: Fantástico/Reprodução)

O advogado Antônio Carlos de Oliveira confirmou nesta sexta-feira (26) ter ajuizado um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para que Guilherme Longo, acusado de matar o enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, e recentemente extraditado para o Brasil após fugir para a Espanha, seja interrogado novamente pela Justiça de Ribeirão Preto (SP).

Ele quer que o réu tenha chances de esclarecer as circunstâncias de uma entrevista veiculada por uma emissora de TV em que Longo confessa o crime. De acordo com o Ministério Público, em novembro de 2013 o padrasto aplicou uma alta dose de insulina no menino, que tinha diabetes, e jogou o corpo em um córrego perto da casa da família.

Segundo o defensor, embora não tenha sido juntada aos autos, a reportagem foi mencionada no decorrer do processo.

"O que eu quero é que ele fale sobre isso dentro do processo, por isso que a defesa entende que ele deve ser reinterrogado", diz.

Além disso, defende que, em um eventual tribunal do júri, a reportagem pode influenciar a decisão dos participantes. Um primeiro pedido já havia sido feito em primeira instância antes da prisão de Longo na Espanha, mas acabou rejeitado em primeira instância.

"Se for confirmado eventual julgamento dele pelo tribunal do júri, a divulgação dessa matéria, dessa gravação, isso reflete, influencia no julgamento pelos jurados."

Oliveira disse que na próxima terça-feira (30) pretende falar com Longo na penitenciária de Tremembé (SP), onde ele está preso desde o dia 20, mas que não deve entrar com nenhum recurso pela liberdade do acusado. Para o Ministério Público, a fuga para a Europa prejudica qualquer solicitação nesse sentido.

"Não, nesse momento, tecnicamente, juridicamente falando, não é possível se pleitear qualquer medida no que se refere à liberdade dele", afirma o advogado.

O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução)
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução)

Fuga e extradição

O técnico em informática deixou a Penitenciária de Tremembé em fevereiro de 2016, onde estava preso preventivamente, após obter um habeas corpus. Ele passou a morar na casa dos pais em Ribeirão, mas foi dado como foragido em setembro do mesmo ano.

Após receber informações de que Longo estaria na Espanha, a Polícia Federal incluiu a ordem de prisão expedida pela 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto na Difusão Vermelha da Interpol, que contém os nomes de foragidos internacionais.

Longo foi preso pela Interpol em abril de 2017, em uma praça em Barcelona, na Espanha. Ele usava documentos falsos no nome de um primo que mora em Santa Catarina. A prisão foi acompanhada pela reportagem do Fantástico.

A suspeita é que ele tenha deixado o Brasil pelo Uruguai, mas não há detalhes sobre a forma com que Longo conseguiu driblar a imigração espanhola. Em janeiro desse ano, a Justiça da Espanha decidiu pela extradição dele do país.

Como o crime de falsidade ideológica não é considerado grave na Espanha, o padrasto de Joaquim poderia ser solto ainda neste mês. Por isso, o governo brasileiro agilizou o processo de extradição dele - Longo voltou ao Brasil em um voo comercial na noite de 19 de janeiro.


O caso

O corpo de Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), em novembro de 2013, cinco dias após o menino desaparecer da casa onde morava com a mãe, o padrasto e o irmão, no Jardim Independência, em Ribeirão.

A Polícia Civil concluiu que o padrasto matou o menino, que sofria de diabetes, com uma alta dose de insulina, e jogou o corpo em um córrego próximo à residência da família. Longo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) emitido na época da morte do garoto apontou ausência de água no organismo, o que descartou a suspeita de afogamento, mas não identificou outras substâncias.

Fonte: G1 Riberião e Franca

0 comentários:

Postar um comentário