Essa comunidade é o reduto das pessoas interessadas nessas duas especialidades da ciência criminal, que até então não tinham como discutir, trocar informações e novidades sobre a criminologia e psicologia forense.

Postagem em destaque

Serial Killers - Parte XI - Mitos Sobre Serial Killers Parte 6

#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

sábado, 27 de março de 2010

Caso Nardoni: Último Dia de Julgamento (Notícias e Curiosidades) Parte III


Casal Nardoni é condenado pela morte de Isabella!

O casal Nardoni foi condenado pela morte de Isabella, ocorrida em março de 2008.
A sentença foi anunciada no começo da madrugada deste sábado (27) pelo juiz Maurício Fossen. Os dois terão de cumprir a pena em regime fechado.
Para o juiz, houve frieza emocional do casal, que atacou a vítima de forma covarde.
Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão e Anna Carolina Jatobá, a 26 anos e 8 meses de reclusão.
Os dois foram condenados também a 8 meses de detenção cada um pela acusação de fraude processual.
A prisão preventiva foi determinada para manter a ordem pública até novo julgamento.
Após a leitura do veredicto do júri que condenou o casal, as pessoas em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, festejaram soltando fogos de artifício. 

 

Após condenação, Nardoni e Jatobá choram

Durante a leitura da sentença de condenação, Alexandre Nardoni, pai da garota Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, choraram.
Nardoni baixou a cabeça, secou os olhos e o nariz e manteve a postura de derrota.
Jatobá ficou com a cabeça encostada na parede. Abaixou a cabeça no final da sentença e chorou.
O pai de Alexandre, Antonio Nardoni, e o pai de Anna Jatobá, Alexandre Jatobá, acompanharam da primeira fila do plenário a leitura da sentença que condenou seus filhos.
Antonio Nardoni ficou abraçado à filha Cristiane.  (Luciana Bonadio, com informações da TV Globo)

Avós e tios maternos de Isabella acompanham de mãos dadas sentença


Os avós maternos de Isabella e os dois irmãos da bancária Ana Carolina Oliveira, mãe da garota, acompanharam de mãos dadas a leitura da sentença do casal Nardoni dentro do plenário.
Fazia também parte da corrente a autora de novelas Gloria Perez. Assim que o juiz Maurício Fossen disse que os dois estavam condenados, um dos irmãos de Ana Carolina abaixou a cabeça para trás e deu um sorriso.
Os avós ficaram com olhos cheios de lágrimas. Na plateia, pelo menos uma pessoa também ficou emocionada e chorou.
De dentro do plenário, foi possível ouvir fogos de artifício do lado de fora. (Por Luciana Bonadio)
 

Defesa do casal Nardoni entra com recurso contra condenação

 Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa do casal Nardoni já entrou com recurso contra a condenação pela morte da menina Isabella Nardoni, em 29 de março de 2008. (Por Roney Domingos)

Casal Nardoni deixa fórum após condenação


Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá deixaram por volta da 1h o Fórum de Santana, na Zona Norte, após serem condenados pela morte de Isabella e pela acusação de fraude processual.
Quatro carros fazem a escolta dos camburões que levam os dois. (Com informações da TV Globo)

Podval decide não dar entrevista e diz: ‘Brilho da noite é de Cembranelli’


O advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, após entrar com recurso contra a condenação, decidiu não dar entrevista.
Segundo o Tribunal de Justiça, ele disse: “Brilho da noite é de Cembranelli”.
O promotor deve dar entrevista na frente do fórum na madrugada deste sábado (27). (Por Roney Domingos)

Após condenação, população festeja em frente ao Fórum de Santana


Quando a condenação do casal Nardoni foi anunciada neste sábado (27), no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, houve uma explosão de alegria entre as pessoas que se aglomeravam em frente ao local.  A multidão gritava: “Condenados!”, “condenados”. Em seguida, passaram a gritar:  “Cembranelli!”, “Cembranelli”.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas estão em frente ao fórum. O mineiro André Luiz dos Santos, que passou os cinco dias do julgamento no local com uma cruz e uma foto de Isabella, afirmou: “Isso não vai trazer o brilho do sorriso de Isabella, mas agora vemos que existe justiça nesse país”, disse. (Por Marília Juste)

Polícia joga gás de pimenta para afastar multidão


A polícia teve de jogar gás de pimenta para afastar a multidão que se aglomerou  em volta do camburão que levava o casal Nardoni, por volta da 1h deste sábado (27),  embora do Fórum de Santana. (Por Marília Juste)

Aclamado, promotor afirma que sua confiança ‘era total’

Aclamado pelos populares ao sair do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, o promotor Francisco Cembranelli afirmou, em entrevista, depois da condenação do casal Nardoni, que a sua confiança “era total”. “Sempre me senti pronto. O resultado (do julgamento) mostrou que eu estava certo”, declarou. Apesar disso, ele disse que o júri não é uma ciência exata. “Mas tudo foi feito para se obter êxito. A certeza que eu tive sempre foi total. Nada me abalou”, insistiu. (Com informações da CBN)


Mãe de Isabella fica sabendo de condenação por mensagem no celular

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, ficou sabendo do resultado do julgamento por uma mensagem no celular.
Abalada, ela preferiu não acompanhar a reta final do julgamento de cinco dias no Fórum de Santana.
Segundo o promotor Francisco Cembranelli, a assistente de acusação Cristina Christo enviou a mensagem assim que a sentença foi lida, pois Ana Carolina estava ansiosa para saber a decisão. (Por Luciana Bonadio)

Anna Jatobá e Alexandre Nardoni receberam penas iguais às idades que têm hoje


O número de anos a que Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni foram condenados é igual a idade que eles têm hoje. Ela, nascida em novembro de 1983, foi condenada a 26 anos. Ele, nascido em junho de 1978, recebeu pena de 31 anos.

Cembranelli exalta trabalho da perícia para obtenção da condenação de casal

 O promotor Francisco Cembranelli fez questão de destacar a importância do trabalho realizado pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil para a obtenção da condenação do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. “É difícil trabalhar com um caso que não há testemunhas presenciais, reconstruir a história com outras perícias, com outros elementos.  Acho que a qualidade do trabalho feito mostrou que o resultado  não foi alcançado à tôa. A maior virtude foi contar passo a passo esta história, que fez com que os jurados, apesar de cansados, tivessem uma compreensão bastante precisa do que aconteceu. Por isso, acredito que o trabalho da Polícia Científica foi bastante relevante, realizado com bastante critério e eficiência”, afirmou, em entrevista aos jornalistas.

 

Pelo viva-voz de celular, mãe de Isabella agradece a jurados


Pelo viva-voz do telefone celular do irmão Felipe, a mãe de Isabella agradeceu aos  jurados pela condenação de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. A informação é da advogada de Ana Oliveira, Cristina Christo, que trabalhou como assistente da acusação. Após a condenação, a mãe de Isabella apareceu na sacada de casa, na Zona Norte de São Paulo.
Segundo Cristina, a condenação do casal só foi possível graças ao trabalho da polícia, da perícia, do promotor Francisco Cembranelli e de todos que ajudaram. 

Mãe de Isabella chora e acena de seu prédio após condenação

 A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, apareceu na frente de seu prédio na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, chorando e acenando para as pessoas na rua após a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar sua filha, Isabella, em 2008. (Com informações da TV Globo)

 

Avó materna de Isabella chora, abraça promotor e comemora condenação


A avó materna de Isabella, Rosa Oliveira, chorou muito após a leitura da sentença. Ela abraçou o promotor Francisco Cembranelli na saída do fórum. Depois, afirmou que, enfim, foi feita justiça dois anos após a trágica morte de sua neta. (Com informações da TV Globo)

Juiz permite que família dê abraços e se despeça de casal Nardoni após sentença

O juiz Maurício Fossen deixou familiares se despedirem de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá após a a condenação. Os parentes deram abraços. Cristiane, irmã do Alexandre, gritou e chorou abraçada ao irmão. Nesse momento, Alexandre se conteve e não chorou. Já Jatobá chorou. O pai e a avó dela a consolaram. (Por Kleber Tomaz)

Pai chora ao ver Alexandre Nardoni entrar no plenário algemado

De acordo com os relatos das pessoas que se encontravam na plateia do plenário onde foi realizado o julgamento do casal Nardoni, o pai de Alexandre Nardoni, Antonio Nardoni, começou a chorar antes mesmo da leitura da sentença pelo juiz Maurício Fossen. O avô de Isabella, que desde o início saiu em defesa de seu filho e da nora, percebeu que Alexandre voltou para o plenário algemado, o que não havia acontecido nos dias anteriores do júri e que indicava a sua condenação.  (Com informações da CBN)

Para assistente de acusação, linha do tempo e depoimentos pesaram para condenação


Segundo a advogada assistente de acusação Cristina Christo, a linha do tempo (na argumentação do promotor sobre os horários das ligações telefônicas que colocam o casal dentro do apartamento no momento do crime) e os depoimentos de Paulo Tieppo, médico do IML (que tratou da esganadura e fraturas), da Rosângela Monteiro, perita (que elaborou o laudo da cena do crime – disse que madrasta esganou e pai atirou menina pela janela) e Renata Pontes, delegada (que indiciou casal por homicídio doloso e fraude processual), foram fundamentais para se chegar à condenação do casal Nardoni ao final do julgamento na madrugada deste sábado (27). (Por Kleber Tomaz)

Casa de pais de Alexandre Nardoni é pichada

A frente da casa dos pais de Alexandre Nardoni amanheceu pichada neste sábado (27). As mensagens faziam referências à condenação de Alexandre e Anna Jatobá pela morte de Isabella, em março de 2008.
As famílias de Alexandre e Anna saíram do Fórum de Santana na madrugada deste sábado sem dar entrevistas. Eles não quiseram falar com jornalistas durante a manhã. Em Guarulhos, a família de Anna Jatobá também se manteve em silêncio.

No fim do julgamento, que começou na segunda-feira (22), o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, começou a chorar assim que viu o filho e a nora voltarem algemados para a leitura da sentença. Após a condenação, o juiz permitiu que os parentes se despedissem do casal. Quando abraçou a família, Alexandre também chorou.

Os condenados foram levados até Tremembé, onde estão presos em penitenciárias diferentes, durante a madrugada. O caminhão que trouxe Alexandre chegou ao presídio por volta das 3h escoltado por carros da polícia militar; o comboio de Anna chegou dez minutos depois.

'A justiça está feita, mas minha filha não vai voltar', diz mãe de Isabella


'Não pude acordar hoje e ter o abraço dela [Isabella]', lamentou. Casal Nardoni foi condenado pela morte de menina neste sábado.
A mãe de Isabella Nardoni, a bancária Ana Carolina Oliveira, afirmou na tarde deste sábado (27) que está feliz com a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina em março de 2008. “A justiça está feita, mas minha filha não vai voltar”, disse, emocionada, em frente ao prédio onde mora, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo.
 

Moradores do Edifício London não se manifestam sobre condenação


Carros diminuem a velocidade para ver local onde Isabella foi morta. Não houve comemoração durante anúncio da sentença.

Na manhã deste sábado (27), carros que passavam em frente ao Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, diminuíam a velocidade para observar o local onde a menina Isabella foi morta. Segundo moradores do prédio, não houve qualquer manifestação durante a madrugada quando foi divulgada a sentença de condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte da criança.

Jurista acredita que pai de Isabella deve cumprir 16 anos de prisão e madrasta, 14

Luiz Flávio Gomes acompanhou os cinco dias de julgamento.  Para ele, linha do tempo feita pela acusação foi fundamental.
O jurista Luiz Flávio Gomes, que acompanhou os cinco dias de julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acredita que o pai de Isabella irá cumprir, no máximo, 16 anos de prisão em regime fechado e semiaberto. E a madrasta da menina, 14 anos. Os dois foram condenados na madrugada deste sábado (27) pela morte da criança, ocorrida em março de 2008.

Nardoni foi sentenciado a 31 anos, um mês e 10 dias. Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão. “Aparentemente, é uma pena muito grave, mas, na prática, ele vai cumprir no máximo 16 anos em regime fechado e semiaberto. Ela, 14 anos. Então, ficou razoável. Para um assassinato na circunstância que eles cometeram, por se tratar de uma criança indefesa de 5 anos, acho que a pena é justa, cada um vai ter que pagar pelo que fez.” 
Ele explica como chegou aos números. Segundo o jurista, o pai e a madrasta terão que cumprir dois quintos da pena em regime fechado. Depois, um sexto do restante da pena em regime semiaberto. Alexandre Nardoni acabou condenado a mais tempo de prisão porque a pena foi acrescida por se tratar de um crime contra a própria filha.

O jurista aponta o que considerou fundamental para a condenação do casal. Ele estava na plateia do plenário do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Em primeiro lugar, cita a “coerência dos peritos em sustentar o laudo”. Porém, ele acredita que o momento decisivo foi a linha do tempo criada pelo promotor Francisco Cembranelli.

Após julgamento, túmulo de Isabella recebe visitas em SP

Todas as vezes que a dona de casa Isaura Gimenes, 67 anos, visita o túmulo do marido, no Cemitério Parque dos Pinheiros, no bairro do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, ela aproveita para deixar uma flor no túmulo na menina Isabella Nardoni. Na manhã deste sábado (27), após a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, considerados culpados pela morte da menina, Isaura repetiu o gesto e mais uma vez e se emocionou.

“Faço questão de vir. A gente que é mãe sabe o que é a dor de perder um filho. Eles [Alexandre e Anna Jatobá] têm que pagar pelo que fizeram. Não se faz isso com um animal, quanto mais com uma criança”, disse Isaura.

Na madrugada deste sábado, o Tribunal do Júri condenou Alexandre Nardoni, pai de Isabella, a 31anos, um mês e 10 dias. Anna Jatobá, a madrasta, cumprirá pena de 26 anos e 8 meses de prisão.

A filha de Isaura, a dona de casa Sônia Gimenes, 48 anos, também acompanhou a mãe na visita ao túmulo de Isabella. “”O julgamento foi perfeito. Mas foram só 31 anos para o pai dela. Deveria ser mais”, disse Sônia.
Ao longo da manhã, quem passava pelo Cemitério Parque dos Pinheiros aproveitava para visitar o local onde a menina está enterrada. Até mesmo crianças paravam por alguns instantes no local, onde flores foram postas.“Fiquei na expectativa pelo resultado do julgamento. Fui dormir às 3h da madrugada, vendo tudo sobre o caso. Adorei a sentença. Era o que devia ser feito”, comentou a dona de casa Sandra Lia André, 65 anos, que foi ao cemitério acompanhada do filho Fábio.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jabotá continuarão presos em regime fechado em penitenciárias de Tremembé, no interior do estado de São Paulo. Eles terão de trabalhar durante o cumprimento da pena.

 

Caso Nardoni - Último Dia de Julgamento (Notícias e Curiosidades) Parte II


Advogado usa sumiço de Madeleine para tentar livrar casal Nardoni

26/03/2010

O advogado do casal Nardoni, Roberto Podval, usou nesta sexta-feira (26) um outro “mistério” para defender que nenhuma prova pode ligar Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá à morte da menina Isabella, que caiu da janela do 6º andar do edifício London, em março de 2008.
Podval fala ao júri popular que pode condenar ou inocentar o casal ainda hoje pelo homicídio. Hoje é o quinto dia de julgamento no Fórum de Santana, na capital paulista.
Em suas duas horas e meia nos debates entre acusação e defesa, Podval afirmou que, assim como os pais de Madeleine MacCann, que foram acusados pelo sumiço da menina em Portugal, pai e madrasta de Isabella não podem ser condenados por um crime do qual se dizem inocentes.
“Disseram que o pai de Madeleine teria dado um remédio para ela. Qual a prova? É que nem essas presunções todas. A perícia não chegou na autoria. Eles apenas presumem. Quem asfixiou? O promotor não tem certeza. Aí fica a sociedade clamando Justiça. A nossa sociedade não pode permitir isso”, pediu Podval aos jurados, para que absolvam o casal.
O caso da menina britânica se deu em 2007, quando a família da menina passava férias em Portugal. A garota, então com três anos de idade, desapareceu do local onde estava com dois irmãos e nunca foi encontrada. Os pais de Madeleine chegaram a ser considerados suspeitos de terem matado a filha, mas a acusação nunca foi comprovada.
Podval começou a falar pouco antes das 15h desta sexta-feira (26) em favor dos acusados de matar a menina Isabella em março de 2008. Antes dele, falou a acusação, que já adiantou que pedirá réplica dos comentários da defesa.
O casal nega ter matado a menina, que foi arremessada pela janela do sexto andar do edifício London, em São Paulo. Na quinta-feira, Podval disse não ter “falsas expectativas ou esperanças” sobre o resultado do julgamento e comentou ter entrado em um “júri perdido”.
Dezenas de pessoas estão acompanhando o julgamento do lado de fora do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, e houve tensão no local por conta de discussões entre populares. Um pastor irritou aqueles que pedem a condenação do casal por ter pedido perdão para Alexandre Nardoni e Anna Jatobá.
Promotoria
O promotor Francisco Cembranelli afirmou que o casal Nardoni estava no apartamento quando a menina Isabella foi atirada pela janela do sexto andar do edifício London, em São Paulo. Segundo ele, a perícia demonstra que “os Nardonis são mentirosos” e não conseguem contestar provas técnicas.
Também de acordo com o promotor, os depoimentos das testemunhas indicam que a madrasta Anna Carolina Jatobá tinha “rompantes e descontroles”. Cembranelli ainda ironizou a versão da defesa de que uma terceira pessoa teria cometido o crime.
O quinto dia do julgamento do caso Isabella Nardoni, morta aos 5 anos de idade, começou às 10h26 de hoje, com a fala do promotor. Cembranelli terminou de falar por volta de 13h e houve uma pausa para almoço. Depois disso, a defesa começou sua exposição e o promotor adiantou que pediria réplica.
Cembranelli falou sobre o trabalho feito pelos peritos, que, segundo ele, é de qualidade, e citou as gotas de sangue e os exames de DNA para comprovar que o sangue encontrado no apartamento era de Isabella. Para o promotor, Alexandre Nardoni, pai da menina, não tem como explicar as marcas em sua camisa que se assemelham às de uma tela de proteção de janela.
“Como não podemos questionar a perícia, vamos desmoralizar a perita. É isso que a defesa quer”, disse. “Para quem veio prometendo que ia arrasar com todas as provas, cometendo um verdadeiro tsunami, vimos que não passava de uma onda de criança.”
“Eles estavam no apartamento quando Isabella foi jogada”, afirmou o promotor ao comparar as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia do crime. Com base em uma reprodução cronológica das ligações, o promotor cravou: “Contra fato não há argumento.”
Entenda o que deve acontecer hoje, último dia
O julgamento teve início nesta segunda-feira (22), quando o casal se encontrou pela primeira vez desde maio de 2008, e deve durar até o final desta semana. Pai e madrasta são julgados por quatro mulheres e três homens, sorteados no primeiro dia de sessão. Destes, cinco nunca participaram de um júri.
Em seguida, foram tomados os depoimentos das testemunhas. Os réus foram os últimos a serem ouvidos. A última fase é a dos debates, quando defesa e acusação apresentam seus argumentos. São duas horas e meia para cada (por se tratarem de dois réus), o que deve ocupar toda a sessão de sexta-feira (26). Se o Ministério Público pedir réplica, de duas horas, a defesa tem direito à tréplica, também de duas horas.
Ao final, o júri se reúne em uma sala secreta para responder a quesitos formulados pelo juiz. Eles decidirão se o casal cometeu o crime, se pode ser considerado culpado pela atitude, e se há agravantes ou atenuantes, como ser réu primário. De posse do veredicto, se houver condenação, o juiz dosa a pena com base no Código Penal. Se houver absolvição, os Nardoni deixam o tribunal livres. A sentença deve sair ainda na noite de sexta.
Fonte: UOL

Anna Jatobá passa mal e tem de ser retirada

26/03/2010

Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella, passou mal durante a explanação do advogado Roberto Podval e teve de ser retirada temporariamente da sala do júri, no Fórum de Santana (Zona Norte).
Muito nervosa e chorando muito, ela chegou a ter enjôos. Jatobá tomou o medicamento Plasil.
Ela também apresentou queda na pressão.
Até as 16h50, quando foi decretado o intervalo pelo juiz Maurício Fossen, ela ainda estava fora do plenário. (Com informações da TV Globo)
Fonte: G1

Podval usa depoimento de testemunha para tentar provar tese da terceira pessoa


26/03/2010 - 18:00 -

O advogado Roberto Podval tentou mostrar aos jurados a possibilidade de uma terceira pessoa no apartamento no dia da morte de Isabella usando o depoimento de uma testemunha à polícia. Essa testemunha disse que ouviu um barulho de porta batendo antes da queda da menina e que chegou a pensar que o barulho tivesse sido do impacto.
O promotor Francisco Cembranelli refutou a tese do advogado, dizendo que ele tenta colocar alguém que não existe no prédio. Podval disse aos jurados que para matar alguém é preciso ter uma razão. Afirmou ainda que no dia antes do crime a menina já tinha ido ao prédio e nada tinha acontecido. Nesta data, Anna Jatobá cuidou de Isabella enquanto ela brincava na piscina e a levou à escola. “Por que ela mataria? Criaram uma trama para destruir.”
Para o advogado, a perícia não chegou à autoria do crime. Por isso, disse, não tem sentido dizer que foram eles.
Fonte: G1

Glória Perez twitta sobre caso Isabella

26/03/2010

A autora de novelas Gloria Perez, que acompanha no Fórum de Santana o julgamento do casal Nardoni, colocou observações em seu Twitter sobre o julgamento.
Por volta das 13h30 desta sexta-feira (26), ela escreveu: “Intervalo: Cembranelli não deixou pedra sobre pedra!”
O Twitter dela é: http://twitter.com/gloriafperez
Fonte: G1

‘Estou tensa e muito fragilizada’, diz mãe de Isabella

26/03/2010

A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, conversou por telefone com o G1 por volta das 15h20 desta sexta-feira (26), último dia do julgamento do casal Nardoni. “Eu estou bastante tensa e fragilizada e não tenho condições de falar muito sobre esse assunto”, afirmou. “Tenho bastante esperança que a justiça seja feita”, disse. A mãe de Isabella prestou depoimento na segunda-feira (22) e, por pedido da defesa do casal, ficou à disposição da Justiça em uma sala do Fórum de Santana até quinta-feira (25), incomunicável. Nesta sexta, ela decidiu não acompanhar o julgamento no fórum em razão do abalo emocional.
Na quinta-feira, ela passou por uma avaliação médica. Tanto a defesa quanto a acusação permitiram que fosse feita uma consulta após um oficial de Justiça que acompanhava Ana Carolina na sala em que ela estava isolada desde segunda demonstrar preocupação com a saúde dela. Foi autorizada, então, uma avaliação. O psiquiatra do Tribunal de Justiça apresentou ao juiz Maurício Fossen um laudo em que dizia que a mãe de Isabella estava “muito abalada, com estado agudo de estresse”. A defesa entendeu a situação e dispensou a presença dela no plenário, liberando-a da acareação.

Promotor diz que foi canalhice de Nardoni acusar a polícia

26/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli afirmou, durante a argumentação do advogado de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá no julgamento do assassinato da menina Isabella Nardoni, que foi uma “canalhice” o réu ter dito, durante o interrogatório, que recebeu uma proposta na delegacia para assinar uma declaração de homicídio culposo. Cembranelli repetiu a palavra “canalhice” por cerca de 20 vezes.
“Seu colega Ricardo Martins (então advogado de defesa do casal) sabe que isso não aconteceu e hoje fugiu para não responder isso. Se fosse verdade eles poderiam ligar para a imprensa e desmoralizar todo mundo”, afirmou o promotor. “Mas isso não aconteceu.”
O advogado Roberto Podval sugeriu dúvidas em relação às provas mostradas pela promotoria. “Disseram para ele falar quanto tempo demora para subir de elevador. Ele fala cinco minutos”, afirmou. “Depois fazem alguns cálculos, não fecha e chamam ele de mentiroso. Ora, por favor.”
Podval disse que o Edifício London não tinha segurança, que as portas ficavam o tempo todo abertas e que um muro que limita o prédio para a construção que existia na época era baixo. “Isso foi publicado em um jornal importante, em um jornal sério”, disse Podval, referindo-se à Folha de S.Paulo.
O advogado citou Chico Xavier para defender o casal e disse que “ninguém pode voltar atrás para fazer um novo começo, mas todos nós podemos fazer um novo final”.
O advogado criticou Ana Carolina Oliveira, dizendo que enquanto Anna Jatobá cuidava da filha Isabella, a “outra” estava trabalhando. “Depois vem aqui chamar ela de assassina”, disse. O advogado admitiu, porém, brigas entre o casal. “Eles brigavam em sua vida familiar. Mas respeito a vida deles”, afirmou.
Depois de um intervalo de 30 minutos começam as réplicas de no máximo duas horas, com uma nova pausa de 30 minutos entre a acusação e a defesa. Logo após, está previsto um intervalo de uma hora para o jantar e, em seguida, o Conselho de Sentença (formado pelos sete jurados) se reunirá na Sala Secreta com o magistrado, promotor e advogados por mais uma hora para a votação dos quesitos. A sentença será elaborada em uma hora.
Fonte: Terra

Pastor pede perdão a casal Nardoni e é agredido no fórum

26/03/2010

Um homem com uma Bíblia na mão causou um grande tumulto em frente ao Fórum de Santana, zona norte de São Paulo, ao defender o perdão ao casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, julgados pela morte da menina Isabella Nardoni. Ao dizer frases como “Jesus perdoará o casal Nardoni”, o homem, identificado apenas como pastor Adelilton, revoltou parte das pessoas que aguardam o veredicto no local.
Houve muita discussão e garrafas de água foram atiradas no homem, que foi agarrado pelo pescoço e agredido. “Vocês são assassinos que nem eles”, gritava o pastor, enquanto sofria agressões. Antes que outra tragédia acontecesse, a Polícia Militar apareceu e retirou o homem do tumulto, levando-o para longe do fórum.
“Achei ele um covarde. Como ele vem pedir para perdoar um caso desses?”, disse Ster Silvano Filante, 61 anos. “Ele estava na hora errada e no lugar errado e teve o que mereceu”, completou. Em outro momento, um homem que estava no local teve uma convulsão e foi levado para o Pronto Socorro da Vila Nova Cahoeirinha. Ele foi identificado como Israel de Jesus.
O caso
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.
O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.
Fonte: Terra

Caso Nardoni - Último Dia de Julgamento (Notícias e Curiosidades) Parte I

“Desejo inconsciente” leva curiosos ao fórum

26/03/2010

O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da menina Isabella Nardoni, ocorrida em 2008, atraiu dezenas de curiosos para a porta do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.
Muitos vieram de longe e chegaram a madrugar para disputar as senhas que dão acesso ao julgamento e protestar na calçada.
Para especialistas, esse interesse surge da identificação com a tragédia da família e da sensação de impotência causada pela morte de uma criança.
O empresário mineiro André Luiz dos Santos, de 49 anos, está desde o primeiro dia de julgamento carregando uma cruz de 30 quilos com fotos de Isabella e mensagens de protesto na porta do Fórum. “Vim outras vezes, em outras ocasiões, para protestar. E desta vez farei uma vigília até o fim do julgamento”, afirmou.
Santos não é o único que viajou de longe. A estudante de direito Lílian Bianchi, de 33 anos, saiu de Ubá, também em Minas Gerais, e viajou dez horas para chegar a São Paulo e tentar entrar na sala de julgamento. No primeiro dia, ela ficou das 4h30 da manhã até a noite na fila, mas não conseguiu entrar. Vestindo uma camiseta com a foto de Isabella, ela contou que o interesse é profissional. “É a aula de direito penal que eu nunca tive”, afirmou.
Na quinta-feira (25), o engenheiro Carlos Torres, de Tramandaí (RS), chegou às 4h da manhã e conseguiu apenas a 45ª posição da fila. “Eu acompanho esse caso desde o início. É um fato que horrorizou a todos. Tenho uma filha de 8 anos que também se chama Isabela, que é a minha princesa. Achei que precisava vir”, contou ele.

Empresário mineiro André Luiz dos Santos, de 49 anos, carrega cruz com fotos de Isabella desde o primeiro dia do julgamento. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Para o psiquiatra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Elko Perissinotti, a curiosidade despertada pelo caso é “natural”. “O ser humano associa o que aconteceu com a sua realidade pessoal. Todos nós temos em nossa biografia coisas horríveis que nos aconteceram. Nem todas são, é claro, semelhantes ao que ocorreu com a Isabella, mas essa associação de sentimentos é natural”, explica.
“Ir até ali é uma tentativa de extrapolar nossos desejos inconscientes, de buscar justiça, não só pelo que aconteceu com Isabella, mas pelo que aconteceu conosco”, afirma ele. “A pessoa fala de Isabella e fala dela mesma ao mesmo tempo”, afirma.
Para a psicóloga e socióloga Nilda Jock, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o caso de Isabella desperta uma comoção especial pelo “poder da imagem”.
“A imagem tem um poder muito forte. Como não levar em consideração esse bombardeio de imagens? Nós todos vivemos o impacto desse caso durante dias”, afirma ela.
“A transmissão quase simultânea de imagens nos transformou em testemunhas. Toda vez que a foto de Isabella é mostrada, isso volta a nos ferir”, acredita Nilda.
“A morte de uma criança traz uma profunda sensação de impotência. Ir até lá, participar desse julgamento é uma forma de se esquivar dessa impotência, de fazer uma restituição, uma reparação de uma injustiça que aconteceu com ela, mas que é como se tivesse acontecido também conosco”, afirma ela.
Além disso, segundo a psicóloga, existem também pessoas que sofreram histórias de violência semelhantes. É o caso, por exemplo, de Masataka Ota, pai do menino Yves Ota, assassinado em 1997 aos oito anos, que ficou amigo da mãe de Isabella e foi ao Fórum prestar solidariedade.
Além dele, a médica Katia Regina Dias Couto também foi ao Fórum e conseguiu assistir uma parte do julgamento. O filho de Katia, Pedro, de 2 anos, morreu em novembro do ano passado, depois de ser jogado da janela pelo pai, que se matou em seguida.

Advogado: júri não está perdido

26/03/2010

O assistente de defesa Ricardo Martins, que acompanha o casal Nardoni desde a morte da menina Isabella, afirmou discordar do advogado Roberto Podval, que coordena a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Ontem, Podval chegou a afirmar que são “pequenas” as chances de absolvição do pai e da madrasta da vítima.
“Eu o [Podval] respeito, mas não concordo que se trate de um caso perdido. Sempre acreditei que eles são inocentes. Eles são absolutamente inocentes”, disse ao chegar no Fórum de Santana, nesta sexta-feira (26). Para Martins, não há nada decidido ainda. “Eles são absolutamente inocentes e vamos provar isso. Não está nada decidido. Eu tenho fé na Justiça desse país”.
O assistente de defesa ressaltou dois momentos no depoimento de Nardoni e Jatobá ontem. No caso do pai de Isabella, foi quando ele diz “perdi o chão” ao ver o corpo da filha no necrotério. No depoimento de Anna Jatobá, Martins destaca o momento em que o promotor Francisco Cembranelli a acusa de ter estudado muito bem o depoimento prestado anteriormente à Justiça. “Ela afirmou que não precisava decorar nada, que disse o que tinha de dizer sobre a sua inocência”. (Por Kleber Tomaz)

OAB condena agressões contra advogado de defesa

26/03/2010

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) condenou as agressões sofridas pelo advogado do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval. Nesta semana, o defensor dos acusados de matar Isabella foi vaiado, xingado e até agredido por pessoas que protestam em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.
“O advogado não pode ser confundido com seu cliente. Não é cúmplice de seus eventuais delitos, nem está ali para acobertá-los. Seu papel é propiciar ao acusado plena defesa, circunstanciando-a com objetividade, dentro dos estritos limites da lei”, afirmou, em comunicado, o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, e a presidente em exercício da ordem, Márcia Regina Marchado Melaré.

‘Perícia trabalhou para responder à ânsia da polícia’, diz defesa

26/03/2010

O assistente de defesa Ricardo Martins reafirmou a inocência de Anna Carolina Jatobá e de Alexandre Nardoni nesta sexta-feira (26) e criticou o trabalho da perícia -usado como base da acusação. “Neste caso, eles trabalharam para responder à ânsia da polícia.”
Em seu interrogatório na quinta-feira, Nardoni em várias oportunidades criticou o trabalho da polícia, afirmou que foi ofendido e agredido, além de ter recebido proposta do delegado para que confessasse o crime. Ele afirmou ainda que havia policiais seguindo seu pai.
O advogado saiu em defesa do pai de Isabella. “Muito se fala sobre a frieza dele, ontem isso acabou [Nardoni chorou durante sua fala no tribunal]. Diziam que ele era frio e calculista. Não é nada disso, cada um reage de uma forma. Você perdeu sua filha, está com a cabeça a mil, e tem que escolher entre sofrer ou se defender. É muito difícil.”
A decisão do júri deve ser anunciada na madrugada deste sábado, e o advogado afirmou que espera que “tudo corra bem”. “Sei que a família da Ana Carolina também está sofrendo muito. Sou pai e posso imaginar a dor dela. Tem que se respeitar esse sentimento. Mas não há resquício de culpa do casal, e não se pode condenar inocentes. No meu ponto de vista, todas as famílias são vítimas neste caso.”

‘Casal estava dentro de apartamento quando Isabella caiu’, diz promotor

26/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli afirmou durante o julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá que o casal “estava no apartamento no momento em que Isabella caiu”. Com o cruzamento de dados de ligações telefônicas e do rastreador do carro de Alexandre, ele construiu uma linha do tempo que vai desde a entrada do veículo na garagem até momentos após Isabella cair da janela do sexto andar do Edifício London.
Segundo o promotor, esse levantamento derruba a argumentação da defesa de que o casal estava na garagem, se preparando para subir ao apartamento, no momento da queda da menina. “Isso é uma prova científica”, relatou Cembranelli.
(Com informações da TV Globo)

As provas são arrasadoras, diz promotor

26/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli disse em seu pronunciamento ao Tribunal do Júri que julga o casal Nardoni que as provas contra Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni são “arrasadoras”. Segundo ele, caso uma outra pessoa tivesse matado a menina, o júri seria “simples”.
“Os olhos do Brasil estão voltados para essa sala. As provas são arrasadoras e as pessoas não querem vingança e, sim, justiça”, disse Cembranelli.
O promotor lembrou que este é o seu tribunal de número 1078. “Não estou em busca de fama, de promoções. Talvez até me aposente depois deste júri. Eu trocaria o anonimato se pudesse devolver Isabella a Ana Oliveira”, disse logo no início de sua explanação.
O promotor criticou os diversos recursos apresentados pela defesa do casal ao longo de todo o processo, mas disse que apesar disso a tese da promotoria segue a mesma. Segundo ele “não houve a intenção de eleger um culpado”. (Com informações da TV Globo)

Avós de Isabella choram durante julgamento

26/03/2010

Os avós maternos de Isabella Nardoni, Rosa Cunha de Oliveira e José Oliveira, choraram nesta sexta-feira (26), durante explanação do promotor Francisco Cembranelli. Este é o último dia do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina em 2008.
Com o cruzamento de dados de ligações telefônicas e do rastreador do carro de Alexandre, Cembranelli construiu uma linha do tempo que vai desde a entrada do veículo na garagem até momentos após Isabella cair da janela do sexto andar do Edifício London. Segundo o promotor, esse levantamento prova que o “casal estava no apartamento no momento em que Isabella caiu”. (Com informações da TV Globo)

Promotor quer provar que casal Nardoni é dissimulado

26/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli afirmou nesta sexta-feira (26) que o casal Nardoni estava no apartamento quando  Isabella foi jogada pela janela do sexto andar do edifício London, em São Paulo, em março de 2008.
Cembranelli afirmou mais cedo que a perícia demonstra que “os Nardonis são mentirosos” e não conseguem contestar provas técnicas. Também de acordo com o promotor, os depoimentos das testemunhas indicam que a madrasta Anna Carolina Jatobá tinha “rompantes e descontroles”. Cembranelli ainda ironizou a versão da defesa de que uma terceira pessoa teria cometido o crime.
O quinto dia do julgamento do caso Isabella Nardoni, morta aos 5 anos de idade, começou às 10h26 de hoje, com a fala do promotor. Cembranelli terminou de falar por volta de 13h e houve uma pausa para almoço. Depois disso, a defesa começou sua exposição e o promotor adiantou que pedirá réplica.
Cembranelli falou sobre o trabalho feito pelos peritos, que, segundo ele, é de qualidade, e citou as gotas de sangue e os exames de DNA para comprovar que o sangue encontrado no apartamento era de Isabella. Para o promotor, Alexandre Nardoni, pai da menina, não tem como explicar as marcas em sua camisa que se assemelham às de uma tela de proteção de janela.
“Como não podemos questionar a perícia, vamos desmoralizar a perita. É isso que a defesa quer”, disse. “Para quem veio prometendo que ia arrasar com todas as provas, cometendo um verdadeiro tsunami, vimos que não passava de uma onda de criança.”
Sobre as manchas de sangue no apartamento, Cembranelli desafiou o advogado a comprovar por que um reagente utilizado em todo o mundo seria falho apenas no Brasil. “Além do sangue no apartamento, temos manchas parcialmente removidas. A defesa agora quer fazer crer que havia gotas de água no chão”, disse, referindo-se a um teste com o reagente Bluestar, que a defesa deve apresentar aos jurados e que traria o falso positivo em contato com alimentos.
“Tudo isso é prova científica. Quando o FBI (espécie de polícia federal dos EUA) faz, está ótimo. Quando a polícia de São Paulo faz, é uma porcaria. Eu tenho certeza de que o Podval não entende nada de Bluestar, assim como eu não vou pegar um manual e sair fazendo cirurgia no cérebro”, disse.
O advogado interrompeu novamente e o promotor ironizou: disse que faria o teste do reagente com uma banana. “Vou mostrar o que é uma banana”, provocou Podval.
O promotor também argumentou que “a cronometragem do tempo indica que o casal está mentindo”. “Prova técnica que não admite contestação. Se a versão deles fosse verdadeira, chegariam no apartamento depois da meia-noite. Eles não podem ter chegado depois de Ana Oliveira, mãe de Isabella, lá embaixo”, disse.
“Eles estavam no apartamento quando Isabella foi jogada”, afirmou o promotor ao comparar as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia do crime. Com base em uma reprodução cronológica das ligações, o promotor cravou: “Contra fato não há argumento.”
Descontrole da madrasta
Segundo Cembranelli, o casal tinha brigas constantes, principalmente quando Isabella ia visitar o pai. Ele citou testemunhas que disseram que Anna Jatobá tinha ciúmes de Ana Oliveira. Certa vez, dizem, a madrasta quebrou uma vidraça com as próprias mãos por causa da presença de Isabella.
“Todas as discussões eram fruto de ciúmes, porque a madrasta disputava a atenção de Alexandre com Isabella. Então, não me venha com essa balela de que eles viviam bem, doutor”, falou.
O promotor citou ainda outras testemunhas que teriam dito que a Anna Jatobá só se referia a mãe de Isabella como “vagabunda” e que tinha “ferrado com a vida dela”.
A madrasta também já teria atirado uma chave de fenda contra Nardoni e arremessado o próprio filho ainda bebê por causa do ciúme. Jatobá teria dito a um taxista, segundo o promotor, que Isabella “infernizava sua vida todas as vezes que ia ver o pai”.
Cembranelli tentou invalidar a imagem de uma família tranquila, trazida ontem pelos dois réus em seus depoimentos. Segundo ele, Anna Jatobá era dependente financeiramente de Nardoni, engravidou duas vezes por acidente, era depressiva e tinha “rompantes e descontroles”.
“Nós mostramos aqui que a madrasta chamava Ana Oliveira de vagabunda na frente de Isabella e outras crianças. Ela é extrema em tudo, quando xinga, quando agride. Quando ela agride, ela agride mesmo. Esta é a realidade da moça”, afirmou.

Podval chora e diz que promotor o ‘intimida’

26/03/2010

O advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, iniciou emocionado sua argumentação, na tarde desta sexta-feira (26). Ele chegou a chorar. O advogado elogiou o promotor do caso. “O Cembranelli me intimida.” Podval afirmou que defender o casal Nardoni é uma das missões mais difíceis de sua vida, mas que “defende o que acredita”. Também agradeceu a policiais e funcionários do fórum que, segundo o advogado, evitaram que ele fosse agredido. O advogado do casal enfrentou manifestações durante os dias de julgamento, além de uma tentativa de agressão. (Por Débora Miranda)

Podval diz que cronologia da Promotoria não bate e, se pudesse, sugeriria visita a prédio

26/03/2010

O advogado Roberto Podval afirmou nesta sexta (26) que a linha do tempo montada pela Promotoria não bate. Segundo ele, tudo foi feito com tempo aproximado. “Se eu pudesse, sugeriria para voltarmos ao prédio, tomarmos o elevador da garagem até o sexto andar, e eu aposto com vocês que o tempo não bate”, disse. Para Podval, o fato de Anna Jatobá ter visto a entrada de um veículo de um morador do prédio na garagem – ele posteriormente confirmou que chegou naquele horário – é a maior prova de que ela não estava no apartamento quando ocorreu o crime.
O advogado Antonio Nardoni, pai de Alexandre, chegou a cogitar a possibilidade de levar os jurados até o local no primeiro dia de julgamento. A maquete levada ao plenário, no entanto, ajudou a aproximar os jurados da realidade.
Podval questionou, durante sua explanação, o trabalho da investigação policial e da perícia. Perguntou, por exemplo, por que não foi feito um exame para verificar a presença de pele sob as unhas do casal – a perícia diz que havia marcas de unhas na nuca da menina. Ele também questionou sobre o sangue encontrado na cadeirinha do carro. Segundo o advogado, houve uma falha, porque a perícia diz que há traços do perfil genético da Isabella, mas não conclui que o sangue é da menina. Ele falou também que, na rede de proteção da janela, foi encontrado um fio de cabelo, que acabou não examinado. (Por Luciana Bonadio)

Defesa não conseguiu reverter vantagem da acusação

26/03/2010

Diante de todos os argumentos e provas apresentados durante os cincos dias do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, a sensação que fica entre os especialistas é a de que, apesar do alto nível do debate e das boas estratégias adotadas, a defesa não conseguiu reverter a vantagem que a acusação tinha por este ser um caso de grande repercussão na mídia e que mobilizou o país contra os réus.
“Acho muito difícil dizer que este julgamento foi justo, por conta da divulgação e da conotação dada pela mídia. Não é um julgamento totalmente sereno, é um julgamento de cartas marcadas. Houve um prejuízo à defesa, porque a divulgação feita foi em favor da condenação”, afirmou a advogada criminalista Heloísa Estellita.
Segundo ela, pelo que foi possível acompanhar pela imprensa, as provas apresentadas não são suficientes para determinar a autoria do crime. “O Ministério Público defende que as provas envolvem o pai e, embora não haja prova, as circunstâncias mostram que a madrasta estaria envolvida no crime. Mas não dá para dizer se foram os dois ou apenas um deles. Ou mesmo se foram eles. Condenar, quando um deles pode ser inocente, é injusto. Estamos condenando um inocente”, defendeu.
A advogada afirmou que a acusação e a defesa adotaram estratégias competentes e que tanto o procurador Francisco Cembranelli quanto o advogado de defesa Roberto Podval “fizeram o que podiam fazer”. Para ela, no entanto, a polícia falhou ao conduzir a investigação.
“Eu concordo com a tese da defesa de que lá no começo, logo que os fatos aconteceram, a polícia fez uma interpretação de que eles eram culpados e buscaram provas da culpa, descartando outra linha de investigação. Com isso, o Podval perdeu uma oportunidade de produzir provas fundamentais para a defesa. Se havia provas, elas estão perdidas”, analisou.
A criminalista explicou que, diante da dúvida, o júri deveria votar pela absolvição. “É preferível soltar um culpado a deixar um inocente preso. Essa é a orientação”, disse.
Mas, para o advogado Frederico Crissiúma de Figueiredo, professor de Direito Processo Penal da PUC-SP, apesar de não ter sido apresentada nenhuma prova cabal, existem provas e indícios, que, pela lei, podem levar a uma condenação.
“No caso de dúvida, o júri tem de absolver. Mas será que a defesa conseguiu incutir essa dúvida? Acho difícil. Por mais que os jurados estejam isolados, este foi um caso muito comentado e eles podem ter sido influenciados, o que dificulta o trabalho da defesa. Mas a falta de uma segunda hipótese plausível é um problema sério. Pela regra, é a acusação que tem que provar, mas ajudaria muito se a defesa tivesse outra versão. Não foram eles? Então o que aconteceu? Falta de uma versão alternativa”, comentou.
Crissiúma ressaltou ainda que a delegada Renata Pontes afirmou em depoimento que outras possibilidades foram investigadas, mas que nada foi encontrado. “Pode até ter havido uma falha, mas se eles forem culpados, não dá para inventar uma segunda versão”, concluiu.
Os dois criminalistas acreditam que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá serão condenados –apesar de Figueiredo apostar que um ou outro jurado vá votar pela inocência do casal e de Estellita defender que a condenação não seja correta.
O casal respondeu pela morte de Isabella Nardoni, 5, que foi jogada em março de 2008 da janela do 6º andar do edifício London, onde eles moravam. O julgamento começou na segunda-feira (22) e será concluído entra a noite de hoje e a madrugada de sábado.
O promotor do caso, Francisco Cembranelli, defende que Isabella foi jogada pelo pai. Antes, teria sido esganada pela madrasta e agredida por ambos. Já a defesa do casal insiste na tese de que havia uma terceira pessoa no prédio.

Advogado de defesa ironiza perita

26/03/2010

O advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, ironizou as falas da perita Rosângela Monteiro, que disse em seu depoimento ser a única capaz de realizar testes com o “blue star” no estado de São Paulo. Ele a chamou de arrogante. “A pessoa mais esperada, ilustre, a mais culta, a única perita do Brasil que tem conhecimento para fazer teste do ‘blue star’”, disse no início da argumentação contra a perícia. Depois de apontar as falhas observadas por ele no trabalho, Podval completou: “Aí eu sou o maluco que fica criticando e questionando a gênia”.
Podval defendeu que o crime deveria ter sido investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O advogado afirmou não saber o que ocorreu no apartamento, mas fez um apelo aos jurados. “Essas pessoas podem ser presas pelo resto da vida por matar um filho, e isso não está certo.” (Por Luciana Bonadio)
Fonte: G1

quinta-feira, 25 de março de 2010

Caso Nardoni: 4° Dia de Julgamento!


Alexandre Nardoni chora três vezes durante júri

25/03/2010

Alexandre Nardoni, acusado de matar a própria filha em 2008, chorou três vezes durante interrogatório realizado na manhã desta quinta-feira (25) no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.
Fonte: G1

Nardoni nega o crime

25/03/2010

Durante depoimento no Fórum de Santana na manhã desta quinta-feira (25), Alexandre Nardoni negou que tenha matado a filha Isabella. Durante o depoimento que começou às 10h45, ele se mostrou seguro na descrição dos detalhes do dia em que Isabella morreu.
Até as 12h, Alexandre havia chorado três vezes. Uma delas foi quando narrou sua ida ao necrotério e avistou o corpo da filha. O réu citou em depoimento as objeções que Ana Carolina Oliveira, mãe da vítima, e a família dela teriam feito ao nascimento de Isabella, já que eles não eram casados. Neste momento, três jurados abaixaram a cabeça e uma jurada se emocionou. (Com informações da TV Globo).

“Perdi tudo de mais valioso que tinha na vida”, diz Nardoni

25/03/2010

Aos soluços e chorando, Alexandre Nardoni afirmou nesta quinta-feira (25) que a morte de sua filha Isabella foi a pior coisa que podia ter acontecido. Em depoimento como réu em júri popular no qual responde pelo assassinato da menina, Nardoni negou o crime. Disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu em março de 2008, que foi alvo de abuso da polícia durante as investigações e que chegou a receber uma proposta para livrar a mulher, Anna Carolina Jatobá, assumindo tudo sozinho como homicídio culposo (aquele em que não há intenção de matar).
“Aquilo ali foi meu pior dia. Ali eu perdi tudo de mais valioso na minha vida. Ali eu perdi o chão. E ninguém estava acreditando no que estava acontecendo”, disse Alexandre, que pediu ao juiz que pudesse falar diretamente aos jurados. O relato era sobre quando recebeu a notícia, já no hospital, de que a filha havia morrido. Chorava de frente ao juiz, como chorou às 10h46 ainda no banco dos réus, quando teve início a sessão e pôde ver sua mãe, Cida, no plenário. Ela levantou, bateu no peito aos prantos, e disse: “Meu filho”. Recebeu em troca lágrimas e saiu. Não voltou mais. É o quarto dia de júri popular do caso, que decide se o casal é culpado ou inocente pela morte da menina, que caiu da janela do 6º andar do prédio onde moravam.
A sessão de hoje teve início por volta de 10h45, com 1h45 de atraso. Logo na abertura, o juiz pediu a compreensão de todos e afirmou que estava “resolvendo problemas administrativos”, justificando a espera. Depois de Alexandre Nardoni será a vez de Anna Carolina Jatobá ser interrogada. A madrasta permaneceu fora da sala durante o depoimento de Alexandre.
Os depoimentos são a aposta da defesa para reverter um júri que, até agora, trouxe provas periciais que apontam para a culpa do casal e argumentos da defesa para tentar desqualificar os resultados dessas perícias. A Promotoria defende que o pai jogou Isabella pela janela. Antes, ela teria sido esganada pela madrasta e agredida por ambos. Já a defesa do casal insiste na tese de que havia uma terceira pessoa no prédio.
Uma confissão pode diminuir pena do casal Nardoni. Essa é uma possibilidade de reação dos réus, que podem ainda ficar em silêncio ou manterem a mesma versão. A confissão é um atenuante na pena em caso de condenação.
No quarto dia de julgamento, Anna Carolina Jatobá está vestida com uma camiseta azul clara, calça jeans e sapatilha preta. Alexandre Nardoni usa camisa verde com listras brancas, calça jeans e tênis preto.

Alexandre diz que foi ameaçado e humilhado em delegacia

25/03/2010

Em um interrogatório que já dura duas horas, o acusado de matar a filha Isabella, Alexandre Nardoni, afirmou nesta quinta-feira (25) que foi ameaçado e humilhado na delegacia em que foi levado logo após a morte da menina.
Aos jurados, Alexandre falou que ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, foram desde a noite de 29 de março de 2008 alvos de preconceito. Ele contou que policiais lhe disseram: “Vamos te moer na pancada”.

Alexandre Nardoni diz que lutou pelo nascimento de Isabella

25/03/2010

Durante o interrogatório realizado nesta quinta-feira (25), no Fórum de Santana (Zona Norte), Alexandre Nardoni disse que lutou muito para que Isabella nascesse. Segundo ele, a avó materna não queria que Ana Carolina Oliveira tivesse a criança. “Eu lutei por ela desde o começo.”
O acusado voltou a contar a versão que apresenta desde o início, a de que deixou Isabella dormindo e foi à garagem buscar os outros filhos. Quando retornou ao apartamento, com o filho Pietro no colo, ajoelhou-se sobre a cama, colocou a cabeça para fora da tela cortada e viu a filha caída no jardim do prédio.
Ele disse que foi tudo normal até a chegada da família ao Edifício London e que os filhos dormiam no carro. Nardoni também negou uma eventual discussão entre ele e Anna Carolina Jatobá no interior do veículo.
O réu chorou muito ao descrever o momento em que a médica do hospital deu a notícia de que a menina havia morrido. “Foi o pior dia da minha vida, eu perdi tudo de mais valioso que eu tinha. Perdi o chão. Não sabia o que estava acontecendo”, afirmou em plenário.
Durante todo o interrogatório, ele repetiu algumas frases, como “eu perdi o chão” e “ela era minha princesinha”.
O réu também reclamou muito da ação da polícia durante a investigação do crime. Ele afirma que foi insultado seguidas vezes na delegacia. Alexandre também disse que, durante o interrogatório realizado em 18 de abril de 2008, o delegado responsável chegou a propor que ele assumisse o homicídio culposo (sem intenção de matar) e tirasse Jatobá do caso. Ele disse ter ficado indignado, porque queria descobrir o que aconteceu e percebeu que “a polícia não queria”.

Nardoni diz que recebeu proposta para assumir morte de Isabella

25/03/2010

Aos soluços e chorando, Alexandre Nardoni afirmou nesta quinta-feira (25) que recebeu uma proposta de acordo para assumir sozinho a morte de sua filha Isabella como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e livrar a mulher, Anna Carolina Jatobá, das acusações. O depoimento acontece como réu em júri popular no qual responde pelo assassinato da menina. Nardoni chorou, negou o crime e disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu em março de 2008.
Nardoni disse que, depois da queda da menina da janela do 6º andar do apartamento e sua morte no hospital, foi obrigado a passar praticamente a madrugada de domingo até segunda de manhã na delegacia, onde ele e Jatobá foram separados em duas salas. “Não desejo nem para o pior inimigo isso que passei e que estou passando hoje.” Segundo Nardoni, delegados jogaram objetos nele. “Aí começou a sessão de xingamentos. Eu só falava que estava ali para ajudar e que eles podiam até me bater, mas teriam que responder por isso. Aí a Renata [Pontes, que relatou o boletim de ocorrência] pediu para algemar. Eles não estavam se conformando com aquilo”, disse.
Mais adiante, questionado pelo promotor Francisco Cembranelli se ele sabia o nome da professora e da pediatra de Isabella, Nardoni começou a relatar mais sobre o que teria acontecido em um interrogatório, que contava inclusive com a presença do promotor. “Eles mostraram a foto da minha filha no necrotério e houve uma proposta de acordo. Ele queria que eu assinasse um homicídio culposo e tirasse a minha esposa do processo. Eu disse que tava querendo descobrir a verdade. O Dr. Calixto [Calil Filho, delegado] explicou qual era a diferença entre homicídio culposo e doloso”, afirmou.
O promotor questionou Nardoni se todos os que ele estava citando haviam participado daquela negociação e perguntou ao juiz o que tinha aquilo a ver com a pergunta que fora feita. “Eu só estou falando o que houve no interrogatório, no dia 18 de abril de 2008”, respondeu Nardoni.

Choro e presença da mãe
“Aquilo ali foi meu pior dia. Ali eu perdi tudo de mais valioso na minha vida. Ali eu perdi o chão. E ninguém estava acreditando no que estava acontecendo”, disse o réu, que pediu ao juiz que pudesse falar diretamente aos jurados.
O relato referia-se ao momento em que recebeu a notícia, já no hospital, de que a filha havia morrido. Chorava de frente ao juiz, como chorou às 10h46 ainda no banco dos réus, quando teve início a sessão e pôde ver sua mãe, Cida, no plenário. Ela levantou, bateu no peito aos prantos, e disse: “Meu filho”. Recebeu em troca lágrimas e saiu. Não voltou mais.
É o quarto dia de júri popular do caso, que decide se o casal é culpado ou inocente pela morte da menina, que caiu da janela do 6º andar do prédio onde moravam.

Defesa tenta desqualificar prova que incrimina Nardoni

25/03/2010

A defesa tentará desqualificar aquela que, até o momento, é a prova mais contundente para incriminar Alexandre Nardoni pela morte de sua filha Isabella, então com 5 anos, jogada do 6º andar do Edíficio London, onde ele morava, em 29 de março de 2008. O julgamento do caso será retomado nesta quinta-feira (25/3) com o interrogatório dos réus.
Em depoimento prestado nesta quarta-feira (24/3), a perita Rosângela Monteiro revelou ao júri um laudo pericial que aponta que as marcas na camiseta que Alexandre usava no dia do crime foram causadas pela rede de proteção da janela de onde Isabella foi atirada.
Com base nesse laudo a perita afirmou categoricamente que Alexandre defenestrou (jogou violentamente) a menina pela janela. Testes realizados em laboratório pelo IC (Instituto de Criminalistíca) apontaram que a única forma de aquele tipo de marca ocorrer é se o indivíduo se debruçar com os dois braços colocados para o lado de fora da rede de proteção, com a força de quem segura um objeto de 25 kg —o peso de Isabella.
Diferenças
Os questionamentos da defesa terão como foco o fato de os peritos não terem reproduzido no laboratório exatamente as mesmas condições existentes no apartamento na hora do crime. O IC construiu uma janela semelhante e utilizou um modelo com o mesmo peso e altura de Alexandre (vestindo uma camiseta de fibra parecida), mas fez o teste sob uma mesa, enquanto o homem que matou Isabella estava ajoelhado sobre um colchão.
A assistente de defesa, Roselle Soglio, questionou a perita se essa diferença não poderia causar uma alteração no resultado do teste, provocando marcas diferentes na camiseta. Defendendo as conclusões do laudo, Rosângela disse que sim, haveria uma alteração, já que o modelo “afundaria” no colchão, mas que a disparidade entre 2 e 3 cm de altura não faria diferença para o resultado do teste.
Soglio rebateu na sequência. “Faz diferença sim, mas isso será provado mais à frente”. Na fase de debates entre acusação e defesa, os advogados deverão utilizar esse argumento para colocar a validade da prova em dúvida.
Acareação
O julgamento entra hoje em fase decisiva. Após o interrogatório do casal Nardoni, o advogado Roberto Podval deve decidir se pedirá a acareação entre os réus e a mãe da menina Isabella, Ana Carolina de Oliveira, que desde segunda-feira (22/3) está em isolamento no Fórum de Santana, onde ocorre o julgamento. Somente durante a sessão será definido quem falará primeiro, Alexandre ou Anna Jatobá.
A possibilidade de colocar frente a frente mãe e réus esteve sob ameaça ontem, quando juiz Maurício Fossen, que preside o júri, chegou a afirmou que negaria o pedido por considerar que não havia “o menor cabimento”.
Entretanto, o magistrado chegou à conclusão que impedir a acareação poderia levar à anulação do julgamento. Assim, se a defesa quiser, a acareação ocorrerá após o depoimento dos réus.
Ontem, o advogado Roberto Podval dispensou todas as testemunhas que faltavam ser ouvidas. Diante da demora nos dois primeiros dias de julgamento, ele temia que um júri longo cansasse os jurados e prejudicasse os réus.

Nardoni diz que avó materna não queria Isabella

25/03/2010

Alexandre Nardoni afirmou nesta quinta-feira (25) que a mãe de Ana Carolina Oliveira, Rosa Oliveira, não queria o nascimento da neta, Isabella. O depoimento aconteceu durante o júri popular no qual ele responde pelo assassinato da menina. Nardoni chorou, negou o crime, disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu, em março de 2008, e que chegou a receber uma proposta de acordo para assumir sozinho um homicídio culposo (quando não há intenção de matar), livrando a mulher, Anna Carolina Jatobá, das acusações.
“Eu briguei para ela nascer, porque a avó materna queria que ela [Ana Oliveira] abortasse. A Ana mesma não aceitava essa imposição da própria mãe”, afirmou Nardoni. Neste momento, o avô José Araújo de Oliveira, sorriu, reprovando o depoimento. Nardoni disse que Isabella era sua “princesinha”. A avó, Rosa Oliveira, não está no plenário, assim como Anna Jatobá, que não acompanha o interrogatório por estar isolada.
Choro e presença da mãe
“Aquilo ali foi meu pior dia. Ali eu perdi tudo de mais valioso na minha vida. Ali eu perdi o chão. E ninguém estava acreditando no que estava acontecendo”, disse Nardoni, que pediu ao juiz que pudesse falar diretamente aos jurados. O relato referia-se ao momento em que recebeu a notícia, já no hospital, de que a filha havia morrido.
Chorava de frente ao juiz, como chorou às 10h46 ainda no banco dos réus, quando teve início a sessão e pôde ver sua mãe, Cida, no plenário. Ela levantou, bateu no peito aos prantos, e disse: “Meu filho”. Recebeu em troca lágrimas e saiu. Não voltou mais.
Este é o quarto dia de júri popular do caso, que decide se o casal é culpado ou inocente pela morte da menina, que caiu da janela do 6º andar do prédio onde moravam.
Abuso da polícia e acordo
Nardoni disse ainda que, depois da queda da menina da janela do 6º andar do apartamento e sua morte no hospital, foi obrigado a passar praticamente a madrugada de domingo até segunda de manhã na delegacia, onde ele e Jatobá foram separados em duas salas. “Não desejo nem para o pior inimigo isso que passei e que estou passando hoje.”
Segundo Nardoni, delegados jogaram objetos nele. “Aí começou a sessão de xingamentos. Eu só falava que estava ali para ajudar e que eles podiam até me bater, mas teriam que responder por isso. Aí a Renata [Pontes, que relatou o boletim de ocorrência] pediu para algemar. Eles não estavam se conformando com aquilo”, disse.
Mais adiante, questionado pelo promotor Francisco Cembranelli se ele sabia o nome da professora e da pediatra de Isabella, Nardoni começou a relatar mais sobre o que teria acontecido em um interrogatório, que contava inclusive com a presença do promotor. “Eles mostraram a foto da minha filha no necrotério e houve uma proposta de acordo. Ele queria que eu assinasse um homicídio culposo e tirasse a minha esposa do processo. Eu disse que tava querendo descobrir a verdade. O Dr. Calixto [Calil Filho, delegado] explicou qual era a diferença entre homicídio culposo e doloso”, disse.
O promotor questionou Nardoni se todos os que ele estava citando haviam participado daquela negociação e perguntou ao juiz o que tinha aquilo a ver com a pergunta que fora feita. “Eu só estou falando o que houve no interrogatório, no dia 18 de abril de 2008”, respondeu o réu.

Nardoni diz que encostou em janela com filho no colo

25/03/2010

Em depoimento, Alexandre Nardoni afirmou nesta quinta-feira (25) que, na tentativa de achar a filha Isabella no dia do crime, em março de 2008, olhou pela janela do apartamento do edifício London. Foi, segundo ele, quando viu menina no jardim do prédio, após ela cair da janela do 6º andar.
O depoimento acontece no júri popular no qual ele responde pelo assassinato da menina. Nardoni chorou, negou o crime, disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu em março de 2008, e que chegou a receber uma proposta de acordo para assumir sozinho um homicídio culposo (quando não há intenção de matar), livrando a mulher, Anna Carolina Jatobá, das acusações.
Segundo a perícia do processo, as marcas encontradas na camiseta de Nardoni são compatíveis com as de quem jogou a menina pela tela de proteção cortada.
Em seu depoimento, que não é acompanhado por Anna Jatobá, Nardoni disse que entrou no apartamento, não viu mais a filha dormindo, foi imediatamente ao quarto dos irmãos, quando viu a tela cortada. Com Pietro, outro filho do casal, no colo, ficou de joelhos na cama e encostou o rosto na tela. “Não dava para passar a cabeça”, disse.
O depoimento contraria o que diz o laudo da perícia técnica. A perita Rosângela Monteiro, do IC (Instituto de Criminalística), afirmou ao júri popular que, desde segunda-feira (22) decide se o casal é culpado ou inocente pelo crime, que as marcas na camiseta de Alexandre são as de alguém que encostou na tela de proteção com um peso de 25 quilos pendente para o lado de fora da janela. Para ela, foi ele quem joguo Isabella.
Choro e família
Ainda no depoimento, Nardoni afirmou que a mãe de Ana Oliveira, Rosa Oliveira, não queria o nascimento da neta, Isabella. “Eu briguei para ela nascer, porque a avó materna queria que ela [Ana Oliveira] abortasse. A Ana mesma não aceitava essa imposição da própria mãe”, afirmou Nardoni. Neste momento, o avô José Araújo de Oliveira, sorriu reprovando o depoimento. Nardoni disse que Isabella era sua “princesinha”.
“Aquilo ali foi meu pior dia. Ali eu perdi tudo de mais valioso na minha vida. Ali eu perdi o chão. E ninguém estava acreditando no que estava acontecendo”, disse Alexandre, que pediu ao juiz que pudesse falar diretamente aos jurados. O relato era sobre quando recebeu a notícia, já no hospital, de que a filha havia morrido. Chorava de frente ao juiz, como chorou às 10h46 ainda no banco dos réus, quando teve início a sessão e pôde ver sua mãe, Cida, no plenário. Ela levantou, bateu no peito aos prantos, e disse: “Meu filho”. Recebeu em troca lágrimas e saiu. Não voltou mais.
Abuso da polícia e acordo
Nardoni disse ainda que, depois da queda da menina da janela do 6º andar do apartamento e sua morte no hospital, foi obrigado a passar praticamente a madrugada de domingo até segunda de manhã na delegacia, onde ele e Jatobá foram separados em duas salas. “Não desejo nem para o pior inimigo isso que passei e que estou passando hoje.”
Segundo o réu, delegados jogaram objetos nele. “Aí começou a sessão de xingamentos. Eu só falava que estava ali para ajudar e que eles podiam até me bater, mas teriam que responder por isso. Aí a Renata [Pontes, que relatou o boletim de ocorrência] pediu para algemar. Eles não estavam se conformando com aquilo”, disse.
Mais adiante, questionado pelo promotor Francisco Cembranelli se ele sabia o nome da professora e da pediatra de Isabella, Nardoni começou a relatar mais sobre o que teria acontecido em um interrogatório, que contava inclusive com a presença do promotor. “Eles mostraram a foto da minha filha no necrotério e houve uma proposta de acordo. Ele queria que eu assinasse um homicídio culposo e tirasse a minha esposa do processo. Eu disse que tava querendo descobrir a verdade. O Dr. Calixto [Calil Filho, delegado] explicou qual era a diferença entre homicídio culposo e doloso”, afirmou.
O promotor questionou Nardoni se todos os que ele estava citando haviam participado daquela negociação e perguntou ao juiz o que tinha aquilo a ver com a pergunta que fora feita. “Eu só estou falando o que houve no interrogatório, no dia 18 de abril de 2008”, respondeu.

Não socorreu Isabella por estar em choque, diz Nardoni

25/03/2010

Perguntado pelo promotor Francisco Cembranelli por que não socorreu Isabella após a menina cair do sexto andar, Alexandre Nardoni disse que ficou em choque. O pai da garota disse que tentava saber se a filha estava viva e depois foi orientado por alguém a não mexer em Isabella.

Nardoni diz não recordar mais de “terceira pessoa”

25/03/2010

Durante seu depoimento no quarto dia de julgamento, Alexandre Nardoni afirmou que não se recorda mais de ter falado em uma terceira pessoa presente em seu apartamento, no Edifício London, no dia em que Isabella foi morta. A defesa do casal chegou a afirmar que uma terceira pessoa tinha entrado no apartamento e jogado a menina pela janela. 

Nardoni nega ‘quebra paus’ frequentes com Jatobá

25/03/2010

Em seu depoimento, na manhã desta quinta-feira, Alexandre Nardoni foi questionado pelo promotor Francisco Cembranelli se ele e Anna Carolina Jatobá literalmente “quebravam o pau”. O pai de Isabella respondeu então que a pergunta teria de ser feita à Jatobá, mas negou que as brigas fossem frequentes. “O que o promotor quer dizer com quebra pau”, indagou, em seguida, Nardoni ao promotor.Cembranelli, por sua vez, afirmou que os vizinhos do casal haviam declarado no inquérito que as brigas eram frequentes.
Sobre o fato de Anna Jatobá ter se ferido em um vidro durante uma discussão, Alexandre disse desconhecer o depoimento da mulher sobre isso. No depoimento, o pai de Isabella afirmou que a mulher havia lhe dito que tinha encostado em um vidro temperado e se cortado. Em seguida, ele disse que ligou para o pai, Antonio Nardoni, e a levou chorando para o hospital. Cembranelli o questionou sobre as pessoas com quem tinha tido desavenças no Edifício London, citando o porteiro, o antenista e o eletricista. “Ela (delegada Renata Pontes) me perguntou com quem discuti e eu fui citando, mas não sei se ela foi atrás deles”, concluiu (por Kleber Tomaz).

Promotor tenta pôr Nardoni em contradição

25/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli se baseou nos depoimentos de Ana Carolina Oliveira e Anna Carolina Jatobá para tentar mostrar que Alexandre Nardoni está mentindo em sua versão dos fatos, e, por algumas vezes, o acusado não conseguiu esclarecer detalhes questionados pela promotoria.
Jatobá teria dito, em seu depoimento, que esperou por dez minutos no carro com os filhos enquanto Alexandre levava Isabella para cima. Ele, por sua vez, afirmou não ter certeza de quanto tempo demorou.
Outra contestação do promotor foi relacionada ao pagamento de pensão a Isabella. Alexandre afirmou que pagava R$ 300, e Cembranelli comprovou que a quantia exata era R$ 315. Mostrou ainda documentos comprovando que muitas vezes o acusado deixou de pagar a pensão ou mesmo pagou quantia menor do que a determinada -e que já teria inclusive sido acionado por Ana Carolina judicialmente por conta disso.
O promotor perguntou, ainda, por que Alexandre não falou com Ana Carolina nem com seus familiares após a morte de Isabella. Ele afirmou apenas que estava muito perturbado.
Após o choro inicial, Alexandre se mostrou sereno e bem orientado por seus advogados. Os jurados pareceram sensibilizados com os momentos de emoção do pai de Isabella e, apesar de visivelmente cansados, seguiram anotando todos os detalhes do que estava sendo dito em plenário.

Nardoni diz que não retirou sangue para exame de DNA

25/03/2010

Ao ser questionado pelo promotor Francisco Cembranelli sobre o assunto na manhã desta quinta-feira, Alexandre Nardoni negou que tivesse retirado sangue no Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame de DNA. O pai de Isabella negou e afirmou que só havia cedido urina para o exame. “Como explicar que o DNA no sangue de Isabella é o mesmo do seu se você não doou (sangue)”, questionou Cembranelli. “Acho que (o DNA obtido) foi pela urina. Não sei explicar, não tinha seringa para retirar sangue. O senhor (Cembranelli) estava presente. Não foi recolhido sangue, só mucosa e urina”, afirmou Alexandre nardoni.
O promotor afirmou então que os advogados anteriores do casal (Rogério Neres e Ricardo Martins) haviam dito que ele havia colaborado com a polícia, inclusive para a retirada de sangue. “Isso você tem de perguntar para os meus advogados anteriores”, respondeu Nardoni.

Ironia de promotor gera discussão com defesa de Nardoni

25/03/2010

Um comentário irônico do promotor Francisco Cembranelli provocou uma discussão com o advogado de defesa do casal, Roberto Podval, obrigando o juiz Maurício Fossem a intervir e até a repreendê-los. O promotor questionou Alexandre Nardoni se ele havia tentado passar a cabeça pelo buraco na tela da janela da qual Isabella foi jogada na noite de 29 de março de 2008. O pai da menina disse que “não dava”. “A sua cabeça tem meio metro, por acaso?”, perguntou de forma irônica, então, o promotor.
A reação tanto do juiz quanto da defesa foi imediata. “O senhor faça a pergunta de forma objetiva, senão vou indeferi-la”, disse o juiz. “Faça o que é a sua obrigação”, afirmou Podval. O juiz então disse que se as partes – acusação e defesa – partissem para xingamento, iria retirar a palavra de ambos e, em seguida, indeferiu a pergunta do promotor. “Pela ironia”, justificou. Em seguida, Nardoni foi questionado se ele teria conhecimento de que o zelador continuaria trabalhando no Edifício London. “Estou preso há dois anos, não tenho essa informação”, declarou Nardoni (por Kleber Tomaz).

Resumo do depoimento de Nardoni

25/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli tentou, em suas perguntas, provar contradições de Alexandre Nardoni em relação ao assassinato da filha, Isabella, que caiu da janela do 6º andar do edifício London, em março de 2008. Nardoni depõe como réu nesta quinta-feira (25), quarto dia de júri popular do caso. A madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, não assiste ao interrogatório. A sessão foi interrompida para almoço e retorna com as perguntas da defesa a Nardoni.
Nardoni chorou, negou o crime, disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu, e que chegou a receber uma proposta de acordo para assumir sozinho um homicídio culposo (quando não há intenção de matar), livrando a mulher, Anna Carolina Jatobá, das acusações.
Cembranelli perguntou a Nardoni se havia pertences de valor no apartamento. Nardoni disse que sim. Depois, afirmou que não se lembrava de ter voltado ao local após a morte para conferir se faltava alguma coisa. O promotor então questionou se Nardoni, quando viu a filha caída, notou se ela estava se mexendo. O réu disse que não. “O senhor não estava lá?”, retrucou o promotor. “Só vi que ela estava caída no chão”, respondeu Nardoni.
Em seguida, Cembranelli perguntou o por que de Nardoni não ter chamado uma ambulância imediatamente. Nardoni demorou para responder e chegou a dizer que se tratava de uma situação “embaraçosa”.
Sobre as afirmações de que ele teria sido maltratado por policiais, o promotor quis saber porque Nardoni não tinha dito nada sobre o abuso ao seu advogado. “Eu não me recordo, só me lembro que comentei com o meu pai.”
Durante os questionamentos da Promotoria, o advogado do réu, Roberto Podval, interrompia pedindo que Cembranelli apontasse em quais folhas do processo estava o assunto questionado. Os dois chegaram a discutir, e o juiz Maurício Fossen interferiu.
Por fim, Cembranelli perguntou se Nardoni traía Ana Oliveira com Jatobá, porque o primeiro encontro do casal aconteceu quando Isabella tinha 11 meses, antes da separação. “Não traí”, disse o réu.
Em seguida, perguntou se Nardoni, que não usava óculos, tinha problemas de visão: “Eu sempre usei óculos, o senhor não acompanha a minha vida”, retrucou o acusado. “Então, qual o seu problema de visão?”, questionou o promotor. A resposta demorou: “Ah, é, eu não enxergo de longe”. O juiz então pediu o fim das perguntas irônicas. A sessão foi interrompida para almoço.

Marcas em camiseta
No interrogatório, Nardoni, afirmou que, na tentativa de achar a filha Isabella no dia do crime, entrou no apartamento, não viu mais a filha dormindo, foi imediatamente ao quarto dos irmãos quando viu a tela cortada. Com Pietro, outro filho do casal no colo, ficou de joelhos na cama e encostou o rosto na tela. “Não dava para passar a cabeça”, disse.
O depoimento contraria o que diz o laudo da perícia técnica. A perita Rosângela Monteiro, do IC (Instituto de Criminalística), afirmou ao júri popular que as marcas na camiseta de Nardoni são as de alguém que encostou na tela de proteção com um peso de 25 quilos pendente para o lado de fora da janela. Para ela, foi ele quem jogou Isabella.


Choro e família
Ainda no depoimento, Nardoni afirmou que a mãe de Ana Oliveira, Rosa Oliveira, não queria o nascimento da neta, Isabella. “Eu briguei para ela nascer, porque a avó materna queria que ela [Ana Oliveira] abortasse. A Ana mesma não aceitava essa imposição da própria mãe”, afirmou. Neste momento, o avô José Araújo de Oliveira, sorriu, reprovando o depoimento. Nardoni ainda disse que Isabella era sua “princesinha”.
“Aquilo ali foi meu pior dia. Ali eu perdi tudo de mais valioso na minha vida. Ali eu perdi o chão. E ninguém estava acreditando no que estava acontecendo”, disse Nardoni, que pediu ao juiz que pudesse falar diretamente aos jurados. O relato referia-se ao momento em que ele recebeu a notícia, já no hospital, de que a filha havia morrido.
Nardoni chorava, de frente ao juiz, quando pode ver sua mãe, Cida, no plenário. Ela levantou, bateu no peito aos prantos, e disse: “Meu filho”. Então, saiu e não voltou mais.

Abuso da polícia e acordo
Nardoni disse ainda que, depois da queda e da morte de Isabella, foi obrigado a passar a madrugada de domingo até segunda de manhã na delegacia, onde ele e Jatobá foram separados em duas salas. “Não desejo nem para o pior inimigo isso que passei e que estou passando hoje.”
Segundo o réu, delegados jogaram objetos nele. “Aí começou a sessão de xingamentos. Eu só falava que estava ali para ajudar e que eles podiam até me bater, mas teriam que responder por isso. Aí a Renata [Pontes, que relatou o boletim de ocorrência] pediu para algemar. Eles [os policia] não estavam se conformando com aquilo”, disse.
Mais adiante, questionado pelo promotor Francisco Cembranelli se ele sabia o nome da professora e da pediatra de Isabella, Nardoni desconversou e começou a falar sobre o que teria acontecido em um interrogatório, que, segundo ele, contava inclusive com a presença do promotor.
“Eles mostraram a foto da minha filha no necrotério e houve uma proposta de acordo. Ele queria que eu assinasse um homicídio culposo e tirasse a minha esposa do processo. Eu disse que tava querendo descobrir a verdade. O doutor Calixto [Calil Filho, delegado] explicou qual era a diferença entre homicídio culposo e doloso”, afirmou.
O promotor questionou Nardoni se todos os que ele estava citando haviam participado daquela negociação e perguntou ao juiz o que tinha aquilo a ver com a pergunta que fora feita. “Eu só estou falando o que houve no interrogatório, no dia 18 de abril de 2008”, respondeu.


O que ainda deve acontecer
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são réus por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (entenda as acusações). O julgamento teve início nesta segunda-feira (22), quando o casal se encontrou pela primeira vez desde maio de 2008, e deve durar até o final desta semana.
O casal é julgado por quatro mulheres e três homens, sorteados no primeiro dia de sessão. Destes, cinco nunca participaram de um júri.
Em seguida, foram tomados os depoimentos das testemunhas. Os réus são os últimos a serem ouvidos. Depois, ocorrem os debates, quando defesa e acusação apresentam seus argumentos. São duas horas e meia para cada (por se tratarem de dois réus), o que deve ocupar toda a sessão de sexta-feira (24). Se o Ministério Público pedir réplica, de duas horas, a defesa tem direito à tréplica, também de duas horas.
Ao final, o júri se reúne em uma sala secreta para responder a quesitos formulados pelo juiz. Eles decidirão se o casal cometeu o crime, se pode ser considerado culpado pela atitude, e se há agravantes ou atenuantes, como ser réu primário. De posse do veredicto, se houver condenação, o juiz dosa a pena com base no Código Penal. Se houver absolvição, os Nardoni deixam o tribunal livres. A sentença deve sair ainda na noite de sexta.

Primeiros dias de julgamento
No primeiro dia do júri, prestou depoimento Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella. Ela chorou por pelo menos três vezes, provocou o choro de ambos os réus e relatou o amor de Alexandre pela filha e o ciúme que a madrasta teria da relação do marido com a menina e com sua ex-mulher.
O segundo dia de júri foi marcado pelas fotos do corpo de Isabella no IML (Instituto Médico Legal), que chocaram muitos dos presentes. Um dos peritos convocados disse que alguém tentou calar os gritos de Isabella, que morreu de asfixia, fruto de uma esganadura, e da queda do prédio. Pouco antes, ela teria sido atirada com força ao chão, segundo a perícia.
Já o terceiro dia de julgamento finalizou a fase das oitivas das testemunhas, com a desistência da defesa em ouvir os depoimentos que havia convocado. Pela acusação, a perita Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística, afirmou que marcas na camiseta de Alexandre Nardoni são compatíveis com as de alguém que atirou Isabella pela janela do apartamento. Irônica, ela provocou a reação indignada do réu.

Nardoni diz não ter chamado ambulância por situação “embaraçosa”

25/03/2010

O promotor Francisco Cembranelli afirmou hoje (25) que o choro de Alexandre Nardoni não tem lágrimas e tentou, com suas perguntas, provar contradições em relação ao depoimento do pai sobre a morte da filha, Isabella, que caiu da janela do 6º andar do edifício London, em março de 2008. Alexandre depõe como réu nesta quinta-feira, quarto dia de júri popular do caso. A madrasta da menina não assiste ao interrogatório. A sessão foi interrompida para almoço e retorna com as perguntas da defesa a Alexandre.
Durante depoimente, Nardoni chorou, negou o crime, disse que teve desentendimentos no edifício London, onde tudo aconteceu em março de 2008, e que chegou a receber uma proposta de acordo para assumir sozinho um homicídio culposo (sem intenção de matar), livrando a mulher, Ana Carolina Jatobá, das acusações.
Cembranelli questionou Alexandre se havia pertences de valor no apartamento. Alexandre disse que sim. Depois, disse que não se lembrava de ter voltado ao local após a morte para conferir se faltava alguma coisa. Depois questionou se Alexandre, quando viu a filha caída, percebeu se ela estava se mexendo. O réu disse que não. “O senhor não estava lá?”, retrucou o promotor. “Só vi que ela estava caída no chão”, respondeu Nardoni.
Em seguida, o promotor perguntou porque ele não chamou a ambulância imediatamente. Alexandre demorou para responder e chegou a dizer que se tratava de uma situação “embaraçosa”. Já sobre a possibilidade de ter sido maltratado por policiais, o promotor quis saber por que Alexandre não tinha falado sobre o abuso com seu advogado. “Eu não me recordo, só me lembro que comentei com o meu pai.”
Durante os questionamentos da Promotoria, o advogado do réu, Roberto Podval, interrompia pedindo que ele apontasse em quais folhas do processo estava o assunto perguntado. Os dois chegaram a discutir, e o juiz Maurício Fossen interferiu.
Por fim, Cembranelli perguntou se Alexandre traía Ana Oliveira com Jatobá, porque o primeiro encontro do casal aconteceu quando Isabella já tinha 11 meses. “Não traí”, disse Alexandre. Em seguida, o promotor perguntou se Nardoni, que não usava óculos, tinha problemas de visão: “Eu sempre usei óculos, o senhor não acompanha a minha vida”, retrucou o acusado. “Então, qual o seu problema de visão?” A resposta demorou a sair: “Ah, é, eu não enxergo de longe”. Maurício Fossen pediu o fim das perguntas irônicas. Em seguida, a sessão foi interrompida para almoço.

Juiz repreende irmã de Alexandre durante julgamento

25/03/2010

O juiz Maurício Fossen, que preside o julgamento do casal Nardoni, repreendeu a irmã de Alexandre, Cristiane Nardoni, após a jovem se comunicar com o acusado de matar Isabella. Logo após o juiz decretar recesso para o almoço, às 13h34, Cristiane se levantou e falou alto, em direção ao irmão: “Força, Alê”. Fossen, então, afirmou: “Vou repetir que não quero manifestação da plateia nem dos parentes.” O júri foi retomado apenas às 15h15.

Nardoni: pensam que minha mulher está nervosa porque ela fala alto

25/03/2010

Perguntado pelo juiz Maurício Fossen como era o seu relacionamento com Anna Jatobá,  Alexandre Nardoni disse que era normal e que os dois tinham brigas normais de casal. “Por exemplo, eu queria jogar futebol e ela não queria que eu fosse”, afirmou. E emendou: “A Jatobá fala muito alto. Então, às vezes, as pessoas pensam que ela está gritando, está nervosa.”

‘Filminho é totalmente mentiroso’, disse Nardoni

25/03/2010

Alexandre Nardoni afirmou, durante interrogatório na tarde desta quinta-feira (25), que a animação feita com base em informações do Instituto de Criminalística (IC) com a conclusão dos peritos é um “filminho completamente mentiroso”. “Não sei de onde criaram essas histórias”, disse. A animação foi reproduzida aos jurados a pedido da defesa, para que Alexandre comentasse alguns pontos.
Ele negou, por exemplo, ter jogado Isabella no chão após chegar ao apartamento. Nardoni também disse que carregava a filha com a mão esquerda, com as pernas caídas para baixo – na simulação, ele entra com a menina apoiada nos dois braços. Ele também afirmou que não poderia ter ficado em pé sobre a cama porque bateria a cabeça no teto. Em alguns momentos, o réu levantou para mostrar alguns detalhes do prédio na maquete, como a entrada de serviço do edifício. “Eu sempre falei a verdade”, afirmou ele em uma das respostas.