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#6: ELES SÃO TODOS BRANCOS Contrariando o mito popular, nem todos os serial killers são brancos. Serial killers existem em todos os gr...

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ÚLTIMAS NOTÍCIAS- 29/10/2016 ATÉ 04/11/2016



- 04/11/2016

Acusações de abuso sexual de crianças contra famoso recitador do Alcorão chocam iranianos
As acusações vieram à tona na semana passada, quando supostas vítimas e suas famílias tomaram a atitude sem precedentes de tornar o caso público.

Elas disseram à BBC que decidiram falar com a imprensa internacional após tentativas frustradas de justiça por meio dos canais oficiais.

Saeed Tousi, de 46 anos, que circula entre a elite religiosa e política do país, é acusado de molestar dez meninos, incluindo ex-alunos, todos de famílias religiosas. Ele nega veementemente as acusações.

Uma das supostas vítimas descreveu para o serviço da BBC para o Irã um dos ataques, que teria ocorrido em uma casa de banho pública quando ele tinha 12 anos.

"Fiquei tão chocado que não consegui entender o que estava acontecendo", contou. "Eu estava com tanto medo de dizer qualquer coisa por causa da vergonha que cairia sobre mim. Mas então eu descobri que havia tantos outros casos entre os alunos e quebrei o silêncio."
Os acusadores afirmam que apresentaram uma denúncia oficial contra Tousi há seis anos, o que levou o recitador aos tribunais, mas o processo foi arquivado.

Segundo Gholam Hossein Mohseni-Ejei, porta-voz do Poder Judiciário, não havia "evidências suficientes" para investigar as acusações de abuso.

Os iranianos não estão acostumados a discutir questões tão sensíveis em público, mas a divulgação das acusações gerou uma enorme repercussão, despertando um caloroso debate nas redes sociais.

"Outra página vergonhosa na história da República Islâmica", escreveu um usuário, chamado Meysam. "As pessoas estão sendo abusadas sob a bandeira da religião... e ninguém vai ser responsabilizado".

"Se as vítimas fossem meninas, (as autoridades) as teriam acusado de estarem vestidas de maneira inadequada e provocativa e argumentariam que o abuso era compreensível", escreveu outro, chamado Somayeh.

"Mas neste caso as vítimas são homens, e o (suposto) agressor era um membro do Conselho Supremo."


Política

O debate sobre caso se tornou altamente politizado. A relação de Tousi com o poder e, em particular com o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, foi levantada tanto por seus aliados quanto opositores.

"Tousi ganhou vários prêmios que foram entregues pelo líder supremo", disse à BBC o advogado Mohammad Mostafaei, ativista iraniano de direitos humanos. "(Ele) tirou proveito dessa relação para evitar a acusação."

O recitador, por sua vez, sugeriu que as acusações contra ele fazem parte de uma campanha para desestabilizar o líder supremo e seus aliados.

Chefe do Poder Judiciário, o aiatolá Sadeq Amoli-Larijani lançou uma ameaça velada aos acusadores de Tousi - os rotulou de "pessoas ingratas" e disse que qualquer um que cooperasse com o que ele chamou de "mídia estrangeira hostil" seria processado.

Já o deputado Ali Motahari saiu em defesa das supostas vítimas.

"Não é natural que as investigações deste caso demorassem tanto", disse ele à imprensa local. "O processo prolongado forçou as vítimas a recorrerem à mídia estrangeira e agora eles estão sendo acusados de ser contra o sistema."
Preocupações

Muitas pessoas que conversaram com o serviço da BBC dedicado ao Irã sobre o caso, tanto em entrevistas como nas redes sociais, demonstraram preocupação em relação à exposição dos acusadores diante da opinião pública.

Os valores conservadores e o tabu em relação às vítimas de abuso sexual no Irã - principalmente do sexo masculino - fazem com que elas corram o risco de serem constrangidas e atacadas.

"Devemos estar cientes que as supostas vítimas podem não sair ilesas após todas essas conversas nas redes sociais", disse o advogado iraniano Abdolsamad Khoramshahi. "Eles não querem continuar a viver nesta sociedade?"

Não está claro se outras medidas serão tomadas pelas autoridades em resposta às manifestações, mas independentemente do desfecho, o caso abriu um importante debate entre os iranianos.

Alguns questionaram - pela primeira vez - o comportamento daqueles que seriam exemplos de conduta moral e espiritual no país.

"Ser religioso não é garantia de moralidade na sociedade", disse Nader, um espectador local da BBC. "Em certos casos, ser religioso oferece proteção contra o comportamento imoral e ilegal."
Fonte: BBC Persian



- 03/11/2016

Brasil registrou em 2015 mais de cinco estupros por hora, mostra anuário 

Mais de cinco pessoas são estupradas por hora no Brasil, mostra o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado hoje (3). O país registrou, em 2015, 45.460 casos de estupro, sendo 24% deles nas capitais e no Distrito Federal.

 Apesar de o número representar uma retração de 4.978 casos em relação ao ano anterior, com queda de 9,9%, o FBSP mostrou que não é possível afirmar que realmente houve redução do número de estupros no Brasil, já que a subnotificação desse tipo de crime é extremamente alta. “O crime de estupro é aquele que apresenta a maior taxa de subnotificação no mundo, então é difícil avaliar se houve de fato uma redução da incidência desse crime no país”, disse a diretora executiva do Fórum, Samira Bueno. 

O levantamento estima que devem ter ocorrido entre 129,9 mil e 454,6 mil estupros no Brasil em 2015. O número mínimo se baseia em estudos internacionais, como o National Crime Victimization Survey (NCVS), que apontam que apenas 35% das vítimas de estupro costumam prestar queixas. O número máximo, de mais de 454 mil estupros, se apoia no estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que, no país, apenas 10% dos casos de estupro chegam ao conhecimento da polícia. 

“Pesquisas de vitimização produzidas no Brasil e no mundo indicam que os principais motivos apontados pelas vítimas para não reportar o crime às instituições policiais são o medo de sofrer represálias e a crença que a polícia não poderia fazer nada ou não se empenharia no caso”, afirma Samira. Considerando somente os boletins de ocorrência registrados, em 2015 ocorreu um estupro a cada 11 minutos e 33 segundos no Brasil, ou seja 5 pessoas por hora. O estado com o maior número de casos foi São Paulo, que responde por 20,4% dos estupros no país, com 9.265 casos. 

O número, no entanto, representa uma redução de 761 casos (7,6%) em relação ao ano anterior, quando foram registrados 10.026 casos. Roraima foi o estado com o menor número de estupros registrados, 180, o que representa 98 casos a menos do que no ano anterior – queda de 35,3%. Roubos A cada 1 minuto e 1 segundo, um veículo foi roubado ou furtado em 2015 no país, totalizando 509.978. Apesar do resultado, houve uma queda de 0,6% na comparação com 2014, sendo 3.045 veículos a menos. Somando os casos de 2014 e 2015, foram roubados ou furtados 1,023 milhão de veículos, segundo os dados do anuário.

 O levantamento mostra ainda, segundo o FBSP, a necessidade de fortalecer a capacidade de investigação da polícia. “O roubo e o furto de veículos, muitas vezes, acabam por financiar organizações criminosas envolvidas com tráfico e outros delitos mais graves”, disse, em nota, o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima. “O que torna fundamental o constante aperfeiçoamento da capacidade investigativa da polícia e o combate a esse tipo de crime”, destacou. 
Fonte: Edição: Graça Adjuto Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil.



- PB registra 4 mortes violentas por dia em 2015, diz Anuário de Segurança
Foram registrados 1.525 crimes deste tipo, sendo 1.469 homicídios dolosos.
João Pessoa tem a 3ª maior taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais.

A Paraíba registrou uma média de 4,17 mortes violentas por dia no ano de 2015, de acordo com dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (3). Segundo o levantamento, 1.525 crimes deste tipo foram registrados no estado ao longo do ano, sendo que 1.469 foram considerados homicídios dolosos. Também foram registrados 30 latrocínios (roubos seguidos de morte) e três lesões corporais seguidas de morte.

Os dados ainda incluem 23 mortos em ações envolvendo a polícia, sendo oito policiais e 15 cidadãos comuns. Mais de 80% destes crimes foi resultado do uso de armas de fogo (1.250 casos). As 634 mortes no trânsito registradas no ano não estão incluídas neste dado.

Menos crimes na capital
Só em João Pessoa foram 470 Crimes Violentos Letais Intencionais, incluindo 462 homicídios dolosos e sete latrocínios. Estes números fazem com que a taxa do crime na cidade tenha sido de 59,4 mortes para cada mil habitantes, a terceira maior entre as capitais brasileiras.

Tanto número absoluto quanto índice são menores que os registros de 2014. Mesmo assim, a cidade subiu do 5º para o 3º lugar na lista, já que as outras cidades conseguiram uma redução maior dos crimes.

O relatório ainda cita que foram registrados 310 crimes contra a liberdade sexual, sendo 290 estupros e 20 tentativas. Foram apreendidas 1.301 armas, sendo que 91,2% destas apreensões foram feitas por forças estaduais de segurança. Também foram roubados ou furtados 3.154 veículos durante o ano.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança, instituição que produz o relatório, a Paraíba está incluída no grupo de estados em que foi verificada uma “menor qualidade das informações”, o que não permite comparar todos os dados com os demais estados brasileiros.


Mais recursos, menos homicídios

O volume de recursos aplicado em segurança na Paraíba cresceu 5,9% entre 2014 e 2015, mesmo período em que a taxa de homicídios caiu 2%. Segundo o Anuário, mais de R$ 911,7 milhões foram investidos no setor ano passado, sendo R$ 6,6 milhões destinados a ações de policiamento e R$ 344,6 mil estratégias de inteligência, setor que viu os investimentos caírem 67,5% de um ano para o outro. O volume total inclui os quase R$ 7,5 milhões destinados à defesa civil.

Violência afeta vida escolar
Estudantes no 9º ano do ensino fundamental de 15,1% das escolas paraibanas relataram que já tiveram aulas suspensas por falta de segurança, sendo que 12,4% citaram a insegurança no caminho entre a casa e a escola. Entre os alunos da rede pública, 15,9% fizeram esta declaração, mas ela também foi feita por 11,4% dos alunos da rede privada. Para levantar estes dados, o Fórum Brasileiro de Segurança usou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Anuário também indica que 6,5% dos estudantes nesta faixa de escolaridade se sentem humilhados por provocações de colegas “na maior parte do tempo ou sempre”. Segundo a pesquisa, a aparência do corpo (17,1%) e do rosto (11,5%) são as motivações mais citadas para estas situações de humilhação, mas cor ou raça (5,2%), religião (3,7%) e orientação sexual (1,4%) também são citados.
Fonte: G1-PB


-02/11/2016

Para 57% dos brasileiros, 'bandido bom é bandido morto', diz Datafolha
Pesquisa foi encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em municípios com menos de 50 mil habitantes, índice sobe para 62%. 

A maioria dos brasileiros (57%) defende a afirmação “bandido bom é bandido morto”. O índice de concordância sobe para 62% em municípios com menos de 50 mil habitantes, segundo levantamento feito pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

Os dados fazem parte do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado 
no dia 3 de novembro. No comparativo com 2015, quando a mesma pesquisa foi feita, a aceitação da frase aumentou. No ano passado, 50% da população se dizia a favor da morte de criminosos. A diferença aumenta ou cai um pouco quando separada por sexo.

 Este ano, entre os homens, 60% concordam e 32% discordam. Já entre as mulheres, 55% concordam % discordam. Separado por idade, quanto mais velho, mais a expressão é aprovada. Na faixa de 16 a 24 anos, 54% concordam. Já para os que têm 60 anos ou mais, 61% estão de acordo. O Datafolha também revela que 64% dos brasileiros acreditam que os policiais são caçados pelos criminosos. A percepção é ainda maior nas regiões Norte (67%), Centro-Oeste (69%) e Sudeste (66%).

 O índice aumenta entre as famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos. Nesse grupo, a concordância é de 72%. A pesquisa ainda aponta relativa satisfação da população com as forças de segurança pública: 52% afirmam que a Polícia Civil faz um bom trabalho esclarecendo crimes e 50%, que a Polícia Militar garante a segurança da população. A maioria dos brasileiros defende a falta de infraestrutura na área: 63% dos brasileiros acreditam que as polícias não têm boas condições de trabalho. A forma como as policiais atuam, entretanto, não é bem avaliada. 

De acordo com o levantamento, 70% da população sente que as polícias cometem excessos de violência no exercício da função. Entre os jovens de 16 a 24 anos de idade, a sensação é ainda mais nítida, sendo que 75% deles acreditam que os policiais abusam. Além disso, 53% dos brasileiros (60% dos jovens de 16 a 24 anos de idade) têm medo de ser vítima de violência por parte da polícia civil e 59% (67% dos jovens de 16 a 24 anos) temem ser agredidos por policiais militares. 
Fonte: G1- SP


- Detento de hospital penal psiquiátrico espera julgamento há 17 anos

Além de transtornos à saúde, a falta de remédios controlados no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, prejudica os julgamentos de detentos da unidade. Como mostrou o RJTV 1ª edição, muitos não podem ser julgados, já que devem estar sãos para enfrentar o tribunal.

 Francisco, que foi preso em 1999, acusado de estupro, e até hoje espera por julgamento, já esteve preso em seis lugares diferentes e desenvolveu problemas mentais, sendo obrigado a tomar remédios. Em 2011, foi transferido para o hospital penal. A mãe de Francisco, que tem 84 anos, é quem compra os medicamentos que o filho usa.

 Ela conta que durante todo esse tempo em que o filho está preso, ninguém conseguiu explicar porque o julgamento ainda não aconteceu. "Ele não foi julgado ainda, acho que eles estão esperando eu morrer para julgar ele de qualquer maneira, é o que eles bem querem", diz a idosa, já sem esperança: "Eu não tenho vida, não estou vivendo, estou vegetando. Vai chegar uma hora em que vou chegar lá [ao hospital] e vou ver meu filho morto". 

O defensor público Marlon Barcellos ficou sabendo da situação de Francisco durante uma vistoria da Defensoria no hospital Roberto Medeiros. "A gente tem um cidadão que está preso desde 1999. Parte desse atraso é devido ao Poder Judiciário e parte à própria lei, que determina que no caso de superveniência de doença mental o processo fique suspenso", explica. 

De acordo com a Defensoria Pública do estado, um preso custa hoje R$ 1.800 mensais aos cofres estaduais. Como Francisco está preso há 17 anos, essa demora no julgamento já custou cerca de R$ 370 mil. Marlon conta que mandou uma carta para a Organização das Nações Unidas (ONU) relatando o que se passa dentro do hospital penal. 

"A gente espera que gere algum tipo de resposta, para que não se repitam casos como o do Francisco", diz o defensor público, acrescentando que a espera do preso não tem data para terminar: "É indefinido, a lei não traz qualquer limite para isso". 
Fonte: G1


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