Para algumas pessoas, a única maneira de explicar os assassinatos em série é dizer que os serial killers são "loucos". Alguns serial killers alegam "inocência por razões de insanidade" como defesa, mas eles são todos "loucos" ou até mesmo mentalmente doentes? Segundo o Código Americano, uma defesa de insanidade significa que "no momento da execução dos atos que constituem o crime, o réu, como resultado de grave doença ou deficiência mental, não era capaz de avaliar com precisão a natureza e qualidade ou ilegalidade de seus atos. Doenças ou deficiências mentais não constituem defesa em outras circunstâncias [fonte: U.S. Code].
São Insanos?
Os assassinos são loucos? Não por normas legais. "A incidência de psicose entre os assassinos não é maior do que a incidência de psicose na população total", disse o psiquiatra Donald Lunde. A definição legal de insanidade é com base nas regras de McNaghten do século 19: Será que o infrator entende a diferença entre o certo e o errado? Se ele foge ou faz qualquer tentativa de esconder o crime, o agressor não é louco, porque suas ações mostram que ele entendia que o que ele estava fazendo era errado. Contudo, uma pessoa em sã consciência iria comer crianças e escrever cartas aos pais, contando sobre a boa refeição que o seu filho proporcionou? No caso de Albert Fish, o júri o "louco, mas ele merecia morrer de qualquer jeito." Apenas alguns, incluindo o estúpido Ed Gein e o sádico Peter Sutcliffe tiveram sucesso ao alegar insanidade.
Sempre à procura de manipular, os assassinos em série irão fazer de tudo para convencer as autoridades de sua insanidade. Ao Ser declarado "legalmente insano", o corredor da morte é evitado, e se o criminoso convencer seus guardiões de que ele está totalmente recuperado, existe a esperança de ser libertado.
"Acid Bath Murderer" John Haigh bebia sua própria urina na frente de um júri para convencê-los de sua insanidade, mas só serviu para repeli-los mais. William Hickman foi estúpido o suficiente para colocar por escrito a sua intenção de convencer o júri de que ele é louco: "Eu pretendo rir, e gritar, antes do fim do julgamento ...." (Ele conclui esta carta a um colega preso com "PS Você sabe e eu sei que eu não sou louco no entanto."
Alter Ego
Uma das tentativas mais previsíveis para transferir a culpa é criando um lado mal obscuro, ou alter ego. Algumas dessas criações são nomeadas como os verdadeiros culpados dos crimes. Enquanto estava sob custódia HH Holmes inventou "Edward Hatch," que ele dizia ser o mentor sombrio por trás do assassinato dos jovens filhos de Pietzel. O "Lipstick Killer" William Heirens criou George Murman. John Gacy baseou seu alter ego, "Jack Hanley," em um policial real com o mesmo nome. Jack de Gacy foi difícil, no controle, e detestava a homossexualidade. Quando Gacy bebia demais, a mão punitiva de Jack assumia o controle. Um dos alter egos mais notório é o "Estrangulador de Hillside" de Kenneth Bianchi "Steve Walker." Steve saiu durante as sessões hipnóticas como um cara agressivoo oposto do "gentil" Ken. Hipnotizadores inteligentes foram capazes de desmascará- lo. (Mais tarde, foi revelado que Bianchi tinha visto o filme "Sybil", dois dias antes da sua avaliação psiquiátrica.)
Fabricar um alter ego é uma maneira conveniente para fixar a culpa em outro, mesmo que esse outro esteja dentro de si. É uma variação psicológica de "o diabo me fez fazer isso." Mas alter egos diabólicos são geralmente construções desajeitadas. Na melhor das hipóteses, uma legítima personalidade dividida poderia ficar em uma instituição para doentes mentais, em vez de corredor da morte. Mas os casos autênticos são excepcionalmente raros.
Esquizofrenia
A maioria dos esquizofrênicos resiste aos comandos agressivos das alucinações auditivas, de acordo com Dr. Meloy. Santa Cruz, na década de 1970 teve um renascimento de assassinos psicopatas. Claro que Edmund Kemper não foi o mais articulado deles, e sim seus colegas esquizofrênicos, que são exemplos assustadores da serial killers verdadeiramente doentes
Herbert Mullin ouviu a voz de seu pai, em sua cabeça, ordenando: "Por que você não vai me dar nada? Vai matar alguém, se mexa!" Ao matar pessoas, Mullin estava convencido de que estava prevenindo terremotos e maremotos. Diferentemente da maioria dos assassinos em série, ele não estava buscando um certo tipo de vítima. Suas 13 vítimas "sacrificiais" incluiu uma família, um padre, um homem sem-teto e alguns campistas infelizes.
Após sua prisão, todos concordaram que Mullin era um esquizofrênico paranoico, mas foi considerado "legalmente são." Ao contrário de muitos assassinos que tentam convencer as autoridades de que eles são loucos, Mullin tentou provar sua sanidade, afirmando que ele foi vítima de uma conspiração enorme. Ele declarou ser "um bom cidadão americano que foi levado a cometer os crimes. Sei que mereço a minha liberdade."
Em uma auto descrita "missão divina" John Linley Frazier, abateu uma rica de família Santa Cruz, em 1970, porque ele acreditava que tinha sido escolhido para conter ele chamou de um "acidente de ácido"; mas mais tarde os testes revelaram Frazier como uma aguda esquizofrênico paranoico. No entanto, Frazier foi declarado legalmente são e condenado à prisão perpétua.
O "Filho de Sam" - David Berkowitz fez tentativas bem elaboradas para parecer esquizofrênico. "Não há dúvida em minha mente de que um demônio vive em mim desde o meu nascimento", ele delirou. "Eu quero minha alma de volta!" , escreveu ele. "Eu tenho o direito de ser humano." Mais tarde, ele realizou uma conferência de imprensa, anunciando que a sua história de demônios tinha sido uma invenção.
Basicamente, um serial killer que se declara "inocente por razões de insanidade" deve provar que não sabia diferenciar o certo do errado no momento em que matou, mas pode ser difícil provar que ele realmente não entendia que seus atos resultariam na morte das vítimas. Apenas dois serial killers obtiveram sucesso ao alegar insanidade. John Douglas, que foi chefe por muito tempo da Unidade de Apoio Investigativo do FBI, acredita que os serial killers "compreendem bem o que significa a morte, e têm o poder de matar" [fonte: JohnDouglas.com].
Alguns serial killers foram diagnosticados por psicólogos e psiquiatras como psicopatas. O termo oficial, definido pelo Manual de Diagnóstico e Padrão de Distúrbios Mentais quarta edição (DSM-IV), é distúrbio de personalidade antissocial (APD). Segundo o DSM-IV, uma pessoa com APD segue um padrão de "desprezo e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos de idade". Este padrão inclui sete fatores (dos quais três devem ser atendidos para o diagnóstico), tais como "fracasso em se adaptar às normas sociais", "irritabilidade e agressividade" e "falta de remorso" [fonte: Vronsky]. Psicopatas não são loucos - eles distinguem, sim, o certo do errado. Mas este diagnóstico pode explicar seu comportamento durante os ciclos de assassinatos
Psicopatas?
Trançando racionalizações
"Eu sou o filho da puta mais sangue-frio que você já conheceu", disse Ted Bundy. "Eu só gostava de matar, eu queria matar." A principal característica do psicopata é a incapacidade de reconhecer os outros como dignos de compaixão. As vítimas são desumanizadas, achatadas em objetos sem valor na mente do assassino. John Gacy, nunca mostrava um pingo de remorso, chamando suas vítimas de "pequenos gays e punks inúteis", enquanto o "Estripador de Yorkshire" Peter Sutcliffe impetuosamente declarou que ele queria "limpar as ruas" do lixo humano.
No século 19, a psicopatia era considerada como "insanidade moral". Hoje é vulgarmente conhecida como "desordem de personalidade antissocial" ou "sociopatia". Especialistas atuais acreditam que sociopatas são uma fusão infeliz de desastres interpessoais, biológicos e socioculturais.
Psicopatas / sociopatas são diagnosticados pelo seu propósito e comportamento antissocial irracional, a falta de consciência, e vacuidade emocional. Eles são caçadores de emoção, literalmente destemidos. Punição raramente funciona, porque eles são impulsivos por natureza e não temem as conseqüências. Incapazes de ter relacionamentos significativos, eles vêem os outros como forragem para manipulação e exploração. De acordo com um levantamento feito através de resultados obtidos por testes psicológicos (DSM IIIR) entre 3-5% dos homens são sociopatas; e menos do que 1% da população feminina são sociopatas.
Os psicopatas costumam fazer negócios bem sucedidos ou serem líderes mundiais. Nem todos os psicopatas são motivados a matar. Mas quando se é fácil de desvalorizar os outros, e você teve uma vida de injustiças e rejeição, o assassinato pode parecer uma escolha natural.
Alguns psiquiatras dizem que são os fatores ambientais que criam um sociopata:
Estudos mostram que 60% dos indivíduos psicopatas tinham perdido um dos pais;
Quando Crianças são privados de amor ou carinho; pais são separados ou ausentes;
Disciplina inconsistente: se o pai é severo a mãe é "mole", criança aprende a odiar a autoridade e manipular a mãe;
Pais hipócritas que depreciam a criança no âmbito familiar e apresentam publicamente a imagem de uma "família feliz".
Dentro da mente psicopata
A maioria dos psicopatas acabam na prisão, em vez de hospitais psiquiátricos.
Segundo o Dr. J. Reid Meloy, autor de O Mentes Psicopatas: Origens, Dinamicas e Tratamento, o psicopata só é capaz de relações sadomasoquistas com base no poder, não no apego. Psicopatas se identificam com o modelo agressivo, como um pai abusivo; e atacam os mais fracos e vulneráveis, projetando-o para os outros. Como assassino múltiplo Dennis Nilsen disse, "Eu só estava me matando, mas sempre foi o espectador que morreu."
Dr. Meloy escreve que no desenvolvimento da primeira infância, há uma divisão no psicopata infantil: o "eu maleável " que é vulnerável, e o "eu inflexível", que é o invasivo, e age punindo o exterior (experiências negligentes ou dolorosas). A criança passa a esperar que todas as experiências vindas de fora serão dolorosas, e assim se volta para dentro. Na tentativa de proteger-se de um ambiente hostil, a criança desenvolve uma "armadura do caráter", desconfiando de tudo, e recusando-se a permitir que qualquer coisa "entre". A criança se recusa a identificar-se com os pais, e em vez disso vê o pai como um estranho malévolo.
Logo, a criança não tem empatia por ninguém. O muro foi construído para durar. "A natureza humana é um incômodo, e me enche de desgosto. De vez em quando é preciso desabafar, por assim dizer", disse o "Acid Bath Murderer" John Haigh.
No desenvolvimento normal, os laços da criança com a mãe são para nutrir de amor. Mas, para o psicopata, a mãe é vista como uma "predadora agressiva ou uma estranha passiva." No caso de psicopatas violentos, incluindo assassinos em série, os laços da criança são através de sadomasoquismo ou agressão. Segundo Meloy, "Este indivíduo perversamente e agressivamente faz para os outros como um predador, o que a qualquer momento pode ser feito para ele."
A Vítima através dos olhos do Psicopata
Quando eles estão perseguindo a vítima, os psicopatas conscientemente não sentem raiva ", mas a violência mostra esse efeito de maneira dissociada." Muitos assassinos parecem entrar em transe durante suas fases predatórias. O psicopata procura vítimas idealizadas com o intuito de envergonhá-las, humilhá-las, e destruí-las. "'Eu preciso ter' termina com 'Não valia a pena ter", diz Meloy. Por degradar a vítima, o psicopata está tentando destruir o inimigo hostil dentro de sua própria mente. No julgamento de Gacy, o psiquiatra forense Richard Rappaport disse que "ele está tão convencido de que existem essas qualidades nesta outra pessoa, ele está completamente fora de contato com a realidade ... e ele tem que se livrar deles e salvar a si mesmo ... ele tem que matá-los. "
A vítima é vista como um objeto simbólico. Bundy descreveu em terceira pessoa: "Desde que essa garota na frente dele não representasse uma pessoa, mas de novo a imagem, ou algo desejável, a última coisa que esperaria que ele fizesse seria personalizar essa pessoa .. .. Ele estava tagarelando, lisonjeiro e divertido, como se fosse visto através de uma tela de cinema ". E, mais tarde,acrescentou "Eles não seriam necessariamente os estereótipos. Mas seriam fac-símiles razoáveis para as mulheres, como uma classe. Uma classe não das mulheres, por si só, mas uma classe que tem sido formada através da mitologia das mulheres e como elas são utilizadas como objetos. " Se Bundy soubesse qualquer coisa muito pessoal sobre a vítima, ele arruinaria a ilusão.
Guerreiros iludidos
Em um estado maníaco, o psicopata não tem medo e pensa que ele é onipotente, por vezes encarnando o mal, como já vimos em "Night Stalker", de Richard Ramirez. Eles estão completamente fora de contato com a realidade. Um psicopata, enquanto está sob custódia, se veste como um guerreiro índio usando suas próprias fezes como pintura de guerra. Muitos serial killers se identificam com o mito do guerreiro. Em Calavaras County, o torturador Leonard Lake era fascinado por cavaleiros medievais, e em uma nota cinematográfica mais moderna, muitos assassinos em série, incluindo Gacy e Kemper, adoravam John Wayne, o arquétipo americano do guerreiro solitário.
Locutores suaves
Psicopatas conhecem os conceitos de certo e errado da sociedade, e se comportam como se eles sinceramente acreditassem nestes valores. "Há indivíduos que são tão psicologicamente perturbados que na minha opinião, não devem ser feitas tentativas para tratá-los", diz Meloy. Muitos psicopatas vão ler livros de psicologia, e se tornar hábeis em imitar outras doenças mentais mais "simpáticas", como a esquizofrenia. Eles vão usar todos os meios possíveis para manipular seus avaliadores. Indivíduos não psicopatas legitimamente ouvem vozes em suas cabeças? Segundo Meloy, "a maioria dos indivíduos funcionalmente psicóticos não experimentam alucinações de comando, e aqueles que o fazem geralmente resistem a elas com sucesso."
John Gacy tinha "uma fala mansa que encobria seus desejos mais obscuros que o ajudava a se livrar de qualquer delito. Ele tem um alto grau de inteligência social ou a consciência de qual é a melhor maneira de se comportar, a fim de influenciar as pessoas", disse Eugene Gauron, que avaliou Gacy antes das mortes começarem. Ainda assim, ele foi liberado. Talvez o caso mais dramático dos médicos foi a avaliação de Ed Kemper. Dois psiquiatras entrevistaram ele e concordaram que ele era não era mais perigoso. Durante todo o tempo, Kemper tinha a cabeça de uma de suas vítimas no porta-malas de seu carro, estacionado em frente ao escritório dos médicos. Bundy encantou os seus carcereiros, apenas para escapar quando se tornaram mais flexíveis com os horários dele.
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